Adultos - Betel
Apocalipse: a revelação de Jesus Cristo
EDIÇÃO: 117 – 2º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 02 – 10 de abril de 2022
TEXTO ÁUREO
“E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último.” Apocalipse 1.17
VERDADE APLICADA
Não podemos, como Igreja, ignorar ou desprezar a relevância da mensagem do Apocalipse, pois breve Jesus voltará.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Apocalipse 1
3. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
4. João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;
5. E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados.
6. E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Mt 5.14
Os discípulos de Cristo são a luz do mundo.
Terça-feira – Jo 8.12
Jesus é a luz do mundo.
Quarta-feira – Jo 15.5
Sem Jesus não podemos fazer nada.
Quinta-feira – I Tm 2.1-2
Devemos fazer orações por todos os homens.
Sexta-feira – Hb 10.37
Falta pouco tempo para a volta de Cristo.
Sábado – I Jo 2.18
Já é a última hora.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que a revelação do Apocalipse começa com uma visão de Cristo glorificado. Ao mesmo tempo que conforta João, mostra a importância do papel da Igreja neste mundo.
I. A REVELAÇÃO DO APOCALIPSE
A mensagem do Apocalipse foi um grande consolo para os cristãos daquele tempo, em face das perseguições e sofrimentos vividos sob o império romano. Hoje, nós também precisamos buscar em sua mensagem, edificação, força e esperança, lembrando que nossa realização e esperança estão em Cristo, que muito breve voltará para buscar a Sua Igreja.
1. A autoria do livro. O primeiro verso responde detalhadamente sobre a autoria e destino do livro do Apocalipse: Revelação de Jesus Cristo (Jesus Cristo é o centro do livro), a qual Deus lhe deu (origem divina), para mostrar aos seus servos (destino do livro) as coisas que brevemente devem acontecer (caráter profético do livro); e pelo seu anjo as enviou (mensageiro divino), e as notificou a João seu servo (escritor humano) (Ap 1.1). Vejam que o apóstolo João está na ponta final da revelação. Deste fato podemos tirar a lição de que não cabe orgulho e vaidade, quando se entende que o verdadeiro autor é Jesus. Sem Jesus não podemos fazer nada (Jo 15.5).
2. A tríplice bem-aventurança. A Bíblia não é um livro de teoria sobre felicidade e bem-estar. Não é um livro de autoajuda, é o único livro no mundo cujo autor sempre está presente toda vez que se lê. É o manual prático de bem-aventurança e vida plena. Encontramos logo no início do Apocalipse três bem-aventuranças: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas.” (Ap 1.3). Esta passagem deixa claro que não basta memorizar textos e ser um bom ouvinte. É preciso obedecer a Palavra de Deus, para desfrutarmos das bênçãos do Senhor para o Seu povo.
3. A brevidade do tempo. Quando Daniel recebe de Deus as revelações concernentes ao futuro de Israel e do mundo, Deus disse a ele: “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até o fim do tempo” (Dn 12.4). Porém, cerca de 600 anos depois, no tempo do Novo Testamento, Deus diz para nós que “é já a última hora” (I Jo 2.18); o escritor aos Hebreus afirma que falta apenas “um poucochinho de tempo” para a volta de Cristo (Hb 10.37) e no Apocalipse somos avisados por Cristo, que o tempo está próximo (Ap 1.3b). A pergunta que nos vem à mente é: Se no tempo do Novo Testamento era a última hora, o que diremos agora, há mais de dois mil anos? Enquanto Daniel fecha o livro, João vê Jesus-abrir o livro. O aviso é claro: “É tempo de arrependimento e consagração a Deus”.
II. A VISÃO DA IGREJA
Em sua mensagem final e profética, Jesus demonstra Seu cuidado e zelo com a Sua Igreja, trazendo admoestações e mostrando qual é a verdadeira identidade e posição do Seu Corpo, enquanto não chega a hora do arrebatamento. Veja que o amor de Cristo por Sua Igreja é tão grande que o apóstolo Paulo, ao admoestar a Igreja de Éfeso, exorta que o marido ame a esposa, tendo como padrão: “como Cristo amou a Igreja” (Ef 5.25).
1. As sete igrejas da Ásia. Temos aqui nosso primeiro contato com as sete igrejas da Ásia, cuja localização é a atual Turquia. Na próxima lição nos deteremos e falaremos sobre elas. Mas aqui vemos dois pontos importantes: logo no início do livro João traz uma saudação do Deus Triuno às sete Igrejas (Ap 1.4); Pai, Filho e Espírito Santo dão à Igreja graça e paz, dois elementos fundamentais e insubstituíveis para a vida da Igreja. A menção à Trindade falando com as sete igrejas demonstra a total atenção e apoio de Deus a Igreja. Elas são, também, as primeiras a receber a revelação do Apocalipse. Jesus manda que João escreva num livro a mensagem apocalíptica e envie às sete igrejas. (Ap 1.11). Isto denota a importância que tem a Igreja, na presente dispensação, o dever do cristão em conhecer o livro do Apocalipse e aumenta nossa responsabilidade, para com o mundo perdido.
2. Reino e sacerdócio. O propósito divino com Israel era que, após sua libertação do Egito, Seu povo se tornasse um reino sacerdotal, uma nação santa, separada de toda a idolatria e pecado e que fosse luz para as nações (Êx 19.4-6). Mas, após a consumação da obra redentora de Cristo na cruz, Sua ascensão e a descida do Espírito Santo, a Igreja é identificada com os termos: “sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (I Pe 2.9), constituída de judeus e gentios salvos (Ef 2.12- 20). Quando somos chamados de “reis e sacerdotes” (Ap 1.6), aponta ainda para o poder e a responsabilidade de interceder pelo mundo (I Tm 2.1-3; Jo 20.22-23) e desfazer as obras do diabo (Lc 10.19; Mc 16.17).
3. Sete castiçais de ouro. Encontramos a Igreja de Cristo como sete castiçais de ouro (Ap 1.12). O ouro é metal por excelência e aponta para a glória e majestade de Cristo, que dá à Igreja capacitação para manifestar o poder de Deus e ganhar vidas com a pregação do Evangelho. Em seu ministério terreno, Jesus afirmou ser a luz do mundo (Jo 8.12) e deu esta mesma missão à Sua Igreja. Para um mundo que jaz no maligno (I Jo 5.19) e que vive um verdadeiro apagão moral e espiritual, “em trevas” (Jo 1.5). Devemos cumprir nossa tarefa de ser luz (Mt 5.14). Que responsabilidade! Portanto, a Igreja não pode se esconder ou omitir no cumprimento da insubstituível missão de, como luz, guiar a humanidade a Cristo.
III. VISÃO DE DEUS.
João, na ilha de Patmos, tem uma visão do Deus Triuno e em destaque vê o Cristo glorificado. Esta visão deve ter sido um grande consolo para o apóstolo neste tempo de exílio. Devemos também, manter nossos olhos em Cristo, autor e consumador de nossa fé (Hb 12.2), e perseverar independente das adversidades ou problemas da vida.
1. A Trindade santa. No livro do Gênesis, que mostra o início de todas as coisas, encontramos vislumbres da Trindade, em expressões como: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26); “Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); e “desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro” (Gn 11.7). No livro da consumação de todas as coisas, o Apocalipse, vemos a Trindade envolvida na revelação à Igreja: O Pai: “Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir” (Ap 1.4) apontando assim para a sua eternidade. O Espírito Santo: “e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono” (Ap 1.4) fala da perfeita e plena manifestação e operação do Espírito (Is 11.2). Jesus Cristo: “fiel testemunha”, fala de Cristo como profeta; “o primogênito dos mortos”, que aponta para a morte e ressurreição de Cristo, tornando-o sacerdote de nossa salvação (Hb 7.24-25); “o príncipe dos reis da terra”, fala de Cristo como o rei proeminente, rei dos reis que governa o destino dos homens (Ap 1.5), “num alto e sublime trono” (Is 6.1).
2. Jesus, o Filho do Homem. João vê “um semelhante ao Filho do homem” (Ap 1.13). Esta expressão tem vários significados ao longo da Bíblia: No Antigo Testamento: Fala do homem de forma geral (Sl 8.4); mostra o profeta humano recebendo do Deus Todo-Poderoso Sua mensagem para Seu povo e várias nações (Ez 2.1; 16.2; 25.2; 27.2; 28.21); fala do Messias prometido (Dn 7.13-14). No Novo Testamento esta expressão ocorre oitenta e quatro vezes, todas relacionadas à pessoa de Cristo. Fala da perfeita humanidade de Cristo e se tornou um título messiânico. Neste tempo presente só Jesus é o “Filho do Homem”. Ele é aquele que, sendo Deus, se identificou com a humanidade como seu Salvador. O título aponta para Seu sofrimento e morte (Mc 8.31; Lc 9.58), Seu ministério terreno (Mc 2.10,28) e Sua volta gloriosa (Mt 24.27, 37, 39).
3. A visão de Cristo glorificado. Na visão de João, vemos as características de Cristo: “vestido até os pés de um vestido comprido” (Ap 1.13) – fala do sacerdócio de Cristo (Hb 4.14; 9.11; 10.21; 8.1-2; 7.21-28); “cingido pelo peito com um cinto de ouro” (Ap 1.13) – aponta para a justiça de Cristo (Sl 132.9); “sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve” (Ap 1.14) – mostra a sua honra e eternidade (Dn 7.9; Pv 16.31); “seus olhos, como chama de fogo” (Ap 1.14) – fala de Sua onisciência, Ele é aquele que conhece e esquadrinha o coração do homem; “seus pés semelhantes ao latão reluzente (Ap 1.15) – aponta para a Sua onipotência, Seu poder de subjugar os seus inimigos (I Co 15.25); “sua voz, como a voz de muitas águas (Ap 1.15) – fala da autoridade e poder de Sua palavra (Ez 43.2; Ap 14.2).
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição sobre a relevância de estarmos atentos à mensagem de Cristo à Sua Igreja, à revelação sobre o Deus Uno e Trino e o que fez por nós e quem somos para Deus.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel