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Ana, uma mulher que marcou a história de Deus

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Os livros de I e II Samuel registram um importante período da história de Israel. É crucial conhecermos um pouco o contexto desse livro. O povo já tinha passado pelo cativeiro de quarenta anos no Egito (Êxodo). Moisés, o maior líder de Israel, os havia tirado do Egito e Josué havia dado continuidade, levando-os para Canaã (Números). Entretanto, não demorou muito para na terra prometida abandonarem a Deus e viverem uma vida cíclica de pecado, disciplina, arrependimento e libertação. Essa história se repetiu durante quatrocentos anos (Juízes). Os juízes, líderes levantados por Deus para libertá-los da escravidão, e o sacerdócio estavam completamente decadentes.

É dentro desse contexto que ocorre a história de Ana. Nos livros de Samuel vemos a transição da era dos juízes para a era dos reis, e é exatamente Samuel que faz essa transição. Apresentamos esse contexto, inicialmente, para evidenciar a importância de Ana, esposa de Elcana e mãe de Samuel.

Há determinadas circunstâncias que favorecem determinadas orações

Vejamos essa narrativa: “Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana […] Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos; Ana, porém, não os tinha” (I Samuel 1:1-2). Conforme a orientação do Senhor, em sua lei, todo homem deveria subir a Jerusalém três vezes ao ano para oferecer sacrifício, e Elcana que além de tudo, era levita, cumpria isso criteriosamente. “No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, dava ele porções deste a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas. A Ana, porém, dava porção dupla, porque ele a amava, ainda mesmo que o Senhor a houvesse deixado estéril. A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre. E assim o fazia ele de ano em ano; e, todas as vezes que Ana subia à Casa o Senhor, a outra a irritava, pelo que chorava e não comia” (vs.4-7).

O amor de Elcana por Ana despertou um forte ciúme em Penina. Esta sabia exatamente o que fazer para se vingar de Ana; bastava enfatizar o fato de ser fértil, ao contrário de Ana. Com certeza, dentro das investidas de Penina, ela lembrava Ana constantemente de que embora, fosse mais amada, não podia dar filhos a Elcana. É possível que dissesse: “Eu sou menos amada, sim, mas, por favor, conte quantos filhos eu já gerei e depois enumere os filhos que você foi capaz de gerar. Ana, você vive debaixo da vergonha e nada pode fazer. Tenho pena de você.”

Naquela época não gerar filhos era muito vexatório: “vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve ciúmes de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morrerei. […] Lembrou-se Deus de Raquel, ouvi-a e a fez fecunda. Ela concebeu, deu à luz um filho e disse: Deus me tirou o meu vexame” (Gênesis 30:1, 22-23). Para muitas mulheres era preferível morrer a viver e não conceber. Vergonha e desprezo era o que Ana estava sentido por não ter filhos.

Foi nessas circunstâncias que “levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor; e chorou abundantemente. E fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Samuel 1:10-11). Ana se demorou tanto em oração e expressava seus sentimentos com tanta veemência que o sacerdote Eli chegou a imaginar que ela estivesse embriagada: até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho! Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito […] pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora” (vs. 14-16). Ao ouvir essas palavras, Eli a despediu dizendo que podia ir em paz e fez votos de que Deus concedesse a sua petição. Ana seguiu seu caminho, comeu e seu semblante já não era triste (vs. 17-18).

Antes de Ana voltar para casa com Elcana, seu marido, de madrugada adoraram perante o Senhor e voltando coabitaram. “[…] Lembrando-se dela o Senhor ela concebeu e, passado o devido tempo, teve um filho, a quem chamou Samuel, pois dizia: Do Senhor o pedi” (vs. 19-20). Ó irmã, você sabia que a melhor maneira de ser lembrada pelo Senhor é pela oração? Ore ao Senhor Jesus sempre que tiver necessidades; ore como Ana, com veemência, com encargo, com desespero, ainda que para alguns possa parecer que está embriagada. Todas as vezes que tiver assuntos, problemas e demandas em seu coração que lhe roube a paz e a alegria e introduzam a aflição e a ansiedade, ore ao Senhor Jesus.

 

Aguarde publicação da parte-2

 

Extraído: Jornal Árvore da Vida

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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