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Adultos - Betel

Amós – É tempo de buscar ao Senhor de todo o coração

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 184 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 04 – 23 de julho de 2023

TEXTO ÁUREO

“Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me, e vivei.” Amós 5.4

VERDADE APLICADA

Como discípulos de Cristo somos chamados a um viver coerente com a fé e os valores bíblicos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Amós 7

7- Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo, e tinha um prumo na sua mão.
8- E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.
9- Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.
14- E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros.
15- Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – II Cr 7.14
Um chamado ao arrependimento.
Terça-feira – SI 7.17
Louvar ao Senhor segundo a sua justiça.
Quarta-feira – SI 9.8
O Senhor julgará o mundo com justiça
Quinta-feira – SI 15.1-2
O verdadeiro cidadão dos céus.
Sexta-feira – SI 51.1-4
Davi confessa o seu pecado e súplica perdão.
Sábado – Jo 1.9
Cristo é fiel e justo para nos perdoar

INTRODUÇÃO

Amós denunciou a injustiça e a corrupção e, por isso, precisou enfrentar tudo que se opunha à sua mensagem profética. Sua vida nos mostra que realizar a vontade de Deus não isenta ninguém de enfrentar obstáculos.

I – O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA AMÓS

O livro de Amós revela um cenário onde a religiosidade era intensa. No entanto, o povo estava distante da presença de Deus. Era uma vida espiritual de aparências. Embora continuassem a praticar os rituais exigidos pela lei e, em alguns casos, se excedessem na observância da lei, os corações estavam afastados do Senhor.
1. Sobre o profeta Amós. Amós era um homem de Deus, que trabalhava no campo com gado e com a agricultura, em uma pequena cidade no interior da Judéia chamada Tecoa (Am 1.1; 7.14-15). Seu nome significa “carregado”, no sentido de carregar peso. O profeta não era membro de uma família sacerdotal, como os profetas Jeremias e Ezequiel, ou um profeta palaciano, como os profetas Isaías e Daniel. No entanto, Amós foi um servo de Deus humilde, corajoso e obediente. Ele, corajosamente, entregava o recado de Deus aos poderosos do povo, cumprindo as ordens do Senhor.
2. A rejeição sofrida por Amós. Diante daquele cenário de intensa religiosidade, injustiça, corrupção e opressão, o profeta Amós enfrentou forte oposição quando transmitiu a mensagem de Deus. Um sacerdote de Betel, chamado Amazias, tentou expulsar Amós do país quando ouviu as palavras que confrontavam o povo e seus pecados. Amazias se utilizou de falsos subterfúgios para calar e intimidar o profeta:
a) recorreu ao rei Jeroboão, mentindo para obter a aprovação do rei e sucesso em seus intentos contra Amós (Am 7.10);
b) usou o povo contra Amós (Am 7.11);
c) desdenhou sobre a origem do profeta, usando-a como argumento para desacreditar sua mensagem (Am 7.12);
d) com a autoridade que possuía, tentou se proteger citando o santuário do rei e não o templo do Senhor (Am 7.13).
3. A resposta do profeta Amós. Embora não faltassem esforços do sacerdote Amazias para impedir que Amós continuasse com sua mensagem da parte de Deus, o profeta se manteve fiel ao cumprimento de sua missão e argumentou em sua defesa:
a) Amós era oriundo do campo, não pertencia a elite religiosa ou civil do seu povo: “Eu não era profeta, nem filho de profeta” (Am 7.14);
b) Amós tinha consciência de que a única autorização necessária para cumprir seu ministério era o chamado de Deus (Am 7.15);
c) O profeta não se escondeu, não se calou ou mesmo se intimidou diante das ameaças sofridas pelo sacerdote, alguém que supostamente, deveria apoiá-lo (Am 7.16-17).

II – A ESSÊNCIA DA MENSAGEM

O livro de Amós pode ser dividido nos seguintes temas: nos capítulos 1 e 2, o profeta prega para o povo de Deus, especialmente o reino do Norte, Israel. Já nos capítulos de 3 a 6, as mensagens de Amós são proferidas diretamente para Israel e seus líderes. Nos últimos capítulos, de 7 a 9, Amós relata suas visões a respeito do juízo de Deus, o Dia do Senhor.
1. A justiça de Deus. Entre o povo de Deus, a sensibilidade e o amor ao próximo eram coisas tão        distantes que pessoas honestas eram vendidas como escravos, caso não pudessem pagar suas dívidas. O pecado estava tão enraizado e normatizado que os pais e os filhos se relacionavam sexualmente com a mesma mulher, profanando a santidade e o nome de Deus. Nesse estilo de vida tão contrário aos ensinamentos de Deus, era comum comer comidas oferecidas aos ídolos; a injustiça imperava entre a liderança religiosa que se escondia atrás de uma falsa moralidade e uma espiritualidade vazia, oferecendo cultos que não agradavam mais ao Senhor (Am 2.6-8; 4.5; 5.12, 21-22).
2. Deus exige retidão e justiça do Seu povo. Retidão é a conduta correta, especialmente nos lugares onde a justiça deve alcançar todas as pessoas independente de sua classe social: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” (Am 5.24). Não existe retidão onde não há justiça e a justiça sem a retidão não passa de um engano. A falta de retidão era sentida nas três esferas da vida pública no tempo do profeta Amós: nos tribunais, nas classes sociais mais favorecidas e no culto a Deus. Cabe ao povo de Deus ser exemplo de retidão e justiça, amar a Deus e o próximo de forma prática e não apenas com discursos evasivos e vazios, especialmente os menos favorecidos, isto é, os menos amados na prática.
3. A necessidade do verdadeiro arrependimento. Amós devia visitar os lugares onde estavam os templos para os outros deuses, Betel e Gilgal. Sua missão era profetizar contra a idolatria com as estátuas, que o rei Roboão tinha feito. Era preciso trazer à memória do povo as palavras que Deus tinha dito a Moisés, quando Josué renovou a Aliança no Monte Ebal (Js 8.32), O povo estava mergulhado na idolatria e Deus alertou sobre as sérias consequências para esse tipo de atitude (Dt 30.15-20). Então, o profeta Amós age como mediador suplicando a misericórdia de Deus. O profeta não justifica ou compactua com o erro de seus compatriotas, ele sabe que a ira do Senhor é pertinente. O povo pecou e por causa disso Amós pede perdão (Am 7.2).

III – AMÓS PARA HOJE

O fato de Amós interceder pelo povo não o tomou complacente com o pecado. Tampouco o fato de a injustiça permear todas as camadas da sociedade de sua época, especialmente os mais vulneráveis, o fez calar mediante os pecados que cometiam contra Deus. Amós não deixou de cumprir seu ministério e anunciar o iminente juízo de Deus como forma de disciplinar o povo de Israel.
1. Privilégios e responsabilidades. O fato de Israel ser o povo escolhido trazia-lhes a falsa segurança de que estavam isentos do julgamento de Deus. O profeta Amós, porém, os confrontou com tal pensamento (Am 3.2), para que entendessem que tal privilégio imputava-lhes grandes responsabilidades. O amor de Deus também se manifesta em julgamento e disciplina sobre aqueles que insistem em viver à margem dos Seus preceitos, principalmente dos que já experimentaram uma vida de devoção e comunhão com Ele. O escritor J. A. Motyer afirmou: “O destaque particular de Amós é o seguinte: quanto mais perto de Deus se encontra, mais próximo o juízo e mais certo o julgamento. Por causa do privilégio de serem salvos, mais será exigido daqueles que mais receberam; quanto maior a luz, maior o risco”.
2. A inutilidade do formalismo religioso. A mensagem de Amós é muito clara: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” (Am 5.24). Isso significa que o formalismo religioso e o cerimonialismo nada representam diante de Deus se não estiverem acompanhados de atitudes que demonstrem o amor e o cuidado de Deus pelos homens. A indiferença da Igreja mediante as mazelas que acompanham aqueles que se encontram em situação de desamparo e abandono depõe contra ela, ainda que tenha excelentes e elaboradas programações. O ativismo do calendário não pode e não deve substituir o socorro aos aflitos e desvalidos onde quer que estejam.
3. Uma mensagem de esperança. Em Amós encontram-se muitas palavras sobre sofrimento, destruição e morte, e poucas palavras sobre otimismo e esperança. Mas isso não invalida a mensagem final sobre a esperança de um futuro melhor (Am 9 .11-15). Devido aos pecados dos povos, Deus mandaria Seu fogo destruidor e outros castigos com o juízo divino. Mas, no final da mensagem, o profeta reforça a graça, a misericórdia e o amor de Deus, ao se referir à oportunidade que todas as pessoas, de todas as nações, receberiam a mensagem de salvação, por meio do descendente de Davi, Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

A missão de cada crente é proclamar a mensagem de Deus no lugar que Ele mesmo designar. Todos devem pregar a mensagem de arrependimento e salvação atendendo ao chamado do Senhor. Amos inspira a cada crente com sua ousadia, comprometimento e fé naquele que o enviou.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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