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Amor, A Virtude Suprema

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INTRODUÇÃO
Após ensinar sobre o desem­penho dos dons espirituais, Paulo termina o capítulo 12 da Primeira Epístola aos Coríntios afirmando que lhes mostraria um “caminho ainda mais excelente”, o caminho do amor (1 Co 12.31 b). Nesta lição estudaremos a respeito deste relevante tema.

I. A EXCELÊNCIA DO AMOR CRISTÃO
O amor cristão é im­prescindível.
A Bíblia assevera­-nos que sem amor nada tem im­portância, peso e expressividade uma vez que todas as coisas se anulam pela ausência dele. Daí, a Palavra de Deus prevenir: ”Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade” (1 Co 16.14). Não ape­nas por amor, mas com amor. De que adianta ao crente ser dotado de todos os dons espirituais e até demonstrar auto-sacrifício, se ele não pratica o amor de Deus em sua vida cotidiana? Sem o genuíno amor de Deus operando em nos­sos corações, os mais destacados dons tornam-se ineficazes.
A natureza do amor cristão.
Enquanto os dons es­pirituais são aqui temporários, segundo os desígnios de Deus, o amor deve ser constante na vida do crente. Esse amor, que tanto revela a natureza de Deus (1 Jo 4.7-12) predominará na glória. Os dons são repartidos entre todos os membros do corpo de Cristo, mas o amor não é dividido, e sim, distribuído para todos de igual modo. Portanto, quem não ama não é verdadeiro cristão (l Jo 4.8; Rm 5.5,8).

II. CARACTERÍSTICAS DO AMOR DE DEUS NO CRENTE
É sofredor. Ele faz com que uma pessoa suporte danos pessoais causados por alguém, sem ressen­timento ou retaliação. Quem ama com esse amor (w. 4-7), caminha uma segunda milha com quem o feriu, oferece a outra face, suporta os insultos ete. (Mt 5.39-41).
É benigno.
O amor de Deus em nós vence o mal com o bem. “Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem” (Lc 6.27). José tinha desse amor para com seus irmãos que lhe fizeram tanto mal (Gn 50.15-21).
Não é invejoso.
Quem ama tendo o amor de Deus, nunca age por ciúmes, não alimenta má vontade, malícia ou mau humor. Há crentes que acalentam rivalidades ou coisas insignificantes em relação aos irmãos na fé.
Não é
leviano. Não julga ou procede precipitadamente. Quem ama com o amor do Espírito (Cl 1.8) nunca ostenta suas próprias virtudes, chamando atenção para si, mas sempre procura fazer o pos­sível por seu semelhante e atribui toda glória a Cristo.
Não é soberbo.
O amor não é orgulhoso, arrogante, presun­çoso, exibido, extravagante. Quem ama não busca a própria honra e ad­miração; não trata os outros como inferiores (Mt 20.26-28), nem faz alarde da sua “humildade”.
Não é indecente.
O amor nunca se porta com indecência, desonra, despudor, imoralidade. O crente jamais pode ser vulgar, descortês ou cínico. O amor nunca envergonha, fere ou humilha o ou­tro, mas busca o bem-estar de todo o corpo de Cristo.
Não é interesseiro.
O amor não busca seus próprios interesses. Ele não é cobiçoso, egoísta, avarento, e que só pensa em si mesmo.
Não se
irrita. O amor não se enfurece a despeito das circunstâncias. O crente se man­tém sob controle em sua posição, mesmo quando tudo parece dar errado.
Não suspeita mal.
Há crentes que guardam ressentimen­tos, e vivem sempre desconfiados, imaginando que alguém vai fazer­ lhe mal. O amor sempre perdoa e não guarda rancor (CI 3.13).
Não se regozija com a
injustiça. Há pessoas que quando algo de ruim acontece com seu semelhante, ele diz: “Bem feito!” O amor não folga com o mal, ou infortúnio dos outros.
Regozija-se com a ver­dade.
O amor de Deus está sempre do lado da verdade, mesmo quando ela lhe trás algum “aparente” conforto ou prejuízo.
Tudo sofre, crê, espera, suporta.
O amor sempre defende, confia, tolera e persevera. O amor é obediente, fiel e esperançoso.

III. O ALCANCE DO AMOR CRISTÃO
O amor de Deus para com os homens. A Bíblia afirma que Deus nos amou sem reservas, com amor sacrificial: “Porque Deus amou o mundo de tal manei­ra que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O verbo amar aqui está intrinsecamente ligado ao verbo dar.
O amor do homem para
com Deus. Por que devemos amar a Deus?
“Amar a Deus” é um man­damento “… se diligentemente I obedecerdes a meus mandamentos  que hoje vos ordeno, de amar ao Senhor  vosso Deus” (…) “Amarás, pois, I o Senhor, teu Deus” (Dt 6.5; 11.1).
Deus requer nosso amor exclusivo: “Não terás outros deuses diante de0 mim” (Êx 20.3). Não podemos servir: a Deus com o coração dividido. De. que modo, então, devemos amar a Deus?
b) Amar a Deus com toda es­sência do ser(Dt 6.5).
c) Amar a Deus com amor retributivo (1 Jo 4.19; Jo 3.16).
d) Quem ama a Deus guarda os seus mandamentos
Jo 15.1O;  1 Jo 5.3).
e) Quem ama a Deus ama seu irmão (1 Jo 4.20,21).
O amor do homem para com o próximo.
O nosso amor ao próximo é um mandamento divino através de toda a Bíblia (Lv 19.18; Rm 13.8,9). Sempre devemos ter a obrigação de amar os nossos semelhantes. Todavia, “quem é o meu próximo?” Esta pergunta foi feita a Jesus por um doutor da lei (Lc 10.29). Jesus lhe respondeu (Lc 10.29-35). O Mestre fez com que aquele homem refletisse sobre a história e respondesse para si mesmo a sua indagação. “Qual, pois destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?” Ver os vv. 36,37.
O amor, portanto, é a virtude ou predicado supremo do crente, mas isso não significa que ele substitui os dons. Ele é o “caminho mais excelente” para o exercício dos dons.

CONCLUSÃO
O amor não é um dom espiri­tual, mas a principal virtude de um cristão. A essência do amor, segun­do a Palavra de Deus é a entrega sacrificial de nós mesmos, a favor de algo ou de alguém que necessite do nosso amor. Cristo é o exemplo supremo do amor. Ele “amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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