Adolescente - CPAD
Alegrias e felicidades
EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 06 – 1º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 06 – 07 de fevereiro de 2021
TEXTO BÍBLICO
Filipenses 4:4-13
4 – Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!
5 – Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor.
6 – Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
7 – E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.
8 – Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.
9 – Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês.
10 – Alegro-me grandemente no Senhor, porque finalmente vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato, vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo.
11 – Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância.
12 – Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade.
13 – Tudo posso naquele que me fortalece.
DESTAQUE
“Tenham sempre alegria, unidos no Senhor! Repito: Tenham alegria!” (Fp 4.4)
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda-feira – SI 16.11
Terça-feira – SI 51.8,15
Quarta-feira – Lc 2.10
Quinta-feira – I Pe 4.13
Sexta-feira – Sl 31.7
Sábado – Fp 1.25
Domingo – Mt 5.12
O QUE É ALEGRIA?
De acordo com alguns manuais de Ética Cristã, alegria “é a emoção prazerosa resultante da satisfação da sede insaciável do homem por uma vida mais plena”. Essa definição se confirma na prática quando observamos em todas as partes do mundo, entre religiosos e ateus, das mais variadas idades, o empenho de homens e mulheres na incansável busca da tão almejada alegria plena.
Em sua legítima busca pela alegria, o ser humano tem sido distraído pelas ilusões momentâneas dos prazeres sexuais, da aquisição de riquezas, do glamour oferecido pela fama, do sucesso profissional, do consumismo e da sensação de autossuficiência ocasionada pela aquisição do poder. Entretanto, em sua velhice, o sábio Salomão entendeu o caráter transitório da alegria terrena fundamentada meramente no prazer: não passa de vaidade (Ec 2.1-12).
Ao estudarmos a Bíblia Sagrada, percebemos que a alegria está por todo lugar fazendo parte da história de vida do povo de Deus (Dt 12.6,12; Fp 4.4; I Pe 4.13). Ela é experimentada quando o ser humano se aproxima do Eterno (Sl 16.11) e recebe o seu perdão (SI 51.8-15) ou encontra o seu amor (Sl 31.7). O próprio Evangelho é uma mensagem de grande alegria (Lc 2.10).
Só em filipenses o tema “alegria” aparece dezesseis vezes (1.4,18,25; 2.2,28; 3.1; 4.1,4,11). 0 conteúdo da alegria bíblica não está no entretenimento que distrai, mas no relacionamento com o Deus que se revelou em Cristo Jesus para nos salvar e possibilitar a restauração da comunhão que no Jardim do Éden, por intermédio da queda, foi afetada. Por isso, o mundo não pode nos conceder ou remover essa alegria, pois esta vem exclusivamente de Deus.
SUSTENTADO PELA ALEGRIA
As suas mãos são torcidas e os seus pés são inúteis. Ele não consegue tomar banho sozinho. Ele não consegue comer sozinho, nem escovar os dentes, nem pentear o cabelo, nem vestir a sua roupa debaixo. As suas camisas são fechadas por tiras de velcro. A sua fala se arrasta como em uma fita cassete já muito usada. Robert sofre de paralisia cerebral.
A doença impede que ele possa dirigir um automóvel, andar de bicicleta e sair para um passeio. Mas não o impediu de concluir o colégio nem de frequentar as aulas da Universidade Cristã Abilene, onde obteve um título universitário em Latim. A doença não impediu que ele lecionasse em um ginásio em Sr. Louis nem de ir para o outro lado do oceano em cinco viagens missionárias.
E a doença de Robert não o impediu de ser um missionário em Portugal. Ele se mudou para Lisboa, sozinho, em 1972. Ali, ele alugou um quarto de hotel e começou a estudar português. Conheceu um dono de restaurante que poderia lhe dar comida depois da hora do rush e um professor que poderia lhe ensinar o idioma.
Depois, ele passou a ir diariamente a um parque onde distribuía folhetos que falam de Cristo. Em um período de seis anos, ele conduziu setenta pessoas ao Senhor, uma das quais tornou-se a sua esposa, Rosa.
Recentemente ouvi Robert em uma palestra. Eu vi outros homens carregando-o na sua cadeira de rodas até a plataforma. Observei quando eles colocaram uma Bíblia no colo dele. Eu vi os seus dedos rígidos e o seu esforço para abrir as páginas. E vi as pessoas na plateia enxugando as lágrimas de admiração. Robert poderia ter pedido consolo ou piedade, mas ele fez exatamente o oposto.
Ele levantou a sua mão curvada ao ar e anunciou: “Tenho tudo o que preciso para ser alegre”. As suas camisas são fechadas com velcro, mas a sua vida é sustentada pela alegria, (LUCADO, Max. Experimentando o coração de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 151,52).
“TENHAM SEMPRE ALEGRIA, UNIDOS NO SENHOR”!
Por mais estranha que pareça a frase citada acima, ela não foi escrita por alguém que estava fazendo a viagem turística dos seus sonhos. A frase é fruto de um homem maduro, que embora esteja injustamente encarcerado, aprendeu a confiar e a descansar em Deus em meio às circunstâncias que o convidaram a questioná-lo. Embora não tivesse as rédeas da situação, Paulo cria no controle de Deus.
O apóstolo é uma prova de que embora a alegria possa ser ofuscada momentaneamente pelas frequentes aflições do tempo presente (Jo 16.20-22), ela será constantemente renovada pelo Espírito Santo que habita em nós e por intermédio da esperança eterna (Rm 8.22-30).
Escrevendo aos filipenses, o apóstolo nos ensina algumas valiosas lições sobre a verdadeira alegria desfrutada pelo povo de Deus:
a) Ela não é circunstancial.
Paulo está preso, porém escrevendo e desfrutando da alegria interior. A soma dos problemas do lado de fora do corpo não foi capaz de subtrair a alegria de dentro do seu coração.
b) Ela não é opcional.
O apóstolo dos gentios exorta aos irmãos a se manterem alegres. Afinal de contas, eles têm o Evangelho, o Reino e o Espírito Santo que nos oferecem alegria gratuita, plena e verdadeira.
c) Ela não é humana.
O apóstolo diz: ‘’alegrem-se no Senhor”. A nossa alegria não nasce a partir das circunstâncias favoráveis nem tão pouco do coração enganoso do homem, mas de Jesus Cristo — aquele que morreu, ressuscitou e está assentado à direita de Deus Pai e que em breve voltará para tomar a sua “noiva” para si eternamente.
d) Ela não é descartável.
A alegria não é algo que se desfaz como um copo de plástico. Ela é uma joia preciosa dada por Deus aos homens e que precisa ser preservada e desfrutada diariamente em todos os momentos da vida. Ela não acaba quando chega o sofrimento, pelo contrário, é em meio aos sofrimentos, e sob a graça de Deus, que a nossa alegria é renovada.
Unidos a Cristo triunfaremos em alegria diante das maiores tristezas que a vida possa nos apresentar. Nele, somos mais do que vencedores (Rm 8.31-39), pois “essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento” (II Co 4.17).
“POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE QUE ME FORTALECE”
Paulo é um servo de Deus exemplar. Sua vida inspira fidelidade a Deus, cuidado ao próximo e contentamento com a vida. Após ordenar aos irmãos que se alegrarem no Senhor (4.4), destacar o papel da oração como um antídoto à preocupação (4.6) e a falar sobre a paz de Deus que guarda o coração e a mente daqueles que entregam confiantemente suas inquietações ao Senhor em oração (4.7), o apóstolo Paulo revela o porquê de ele poder todas as coisas em Cristo (4.10-23):
a) Ninguém nasce sabendo tudo sobre o contentamento (v.11). Paulo aprendeu o segredo de viver contente. Como é bom ter humildade para aprender. infelizmente, muitas jovens que estão iniciando a vida não têm paciência e humildade para ouvir experiências e aprender lições com os mais velhos. E com isso acabam aprendendo as coisas da forma mais difícil e dolorosa. Porém, o apóstolo nos ensina que na vida é preciso estar disponível ao aprendizado. Ele diz que aprendeu a viver contente; significa estar satisfeito com o que tem, seja pouco ou muito (Pv 30.7-9; Mt 6.11).
b) As circunstâncias geram vítimas ou vencedores (v.12). Paulo não foi vítima das circunstâncias, pelo contrário, ele andou sobre as circunstâncias. Aprendeu a viver contente em todos os lugares e em qualquer situação. Transitava com naturalidade entre a escassez e a abundância. Apesar de ter razões suficientes para reclamar ou se vitimar, escolheu acreditar na providência, no poder e na promessa de Deus. O apóstolo não permitiu que as circunstâncias externas determinassem suas atitudes internas. Ao invés de fracassar, escolheu triunfar sobre as circunstâncias.
c) Contentamento nasce da comunhão com Deus (v.13). O contentamento de Paulo não foi resultado de sua autodisciplina, conhecimento intelectual, dons e talentos pessoais, experiência ministerial ou força física. Ele é categórico ao dizer que a fonte de seu contentamento e força foi Jesus Cristo. Que preciosa lição o apóstolo nos ensina! Era o poder de Cristo nele que o habilitam a viver contente em todas as situações. Jesus disse que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5).
Assim como Paulo, cada um de nós deve aprender a valiosa lição do contentamento para que possamos triunfar sobre as circunstâncias sendo fortalecidos pela comunhão em Jesus Cristo, para um dia dizermos com plena certeza; “Posso todas as coisas naquele que me fortalece!”.
Você tem contentamento em Cristo?
O ser humano peregrina incansavelmente em busca da experiência da vida plena, da felicidade, da alegria verdadeira. Experiência que só pode ser vivida por meio do relacionamento sincero com Jesus Cristo.
O cristão, em meio às adversidades da vida, é capaz de desfrutar da verdadeira alegria, uma vez que ela não é circunstancial, opcional, humana ou descartável.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD