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Adultos - Betel

Ageu – Um chamado para despertar da inércia

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 191 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 11 – 10 de setembro de 2023

TEXTO ÁUREO

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos vossos caminhos.” Ageu 1.7

VERDADE APLICADA

O discípulo de Cristo precisa estar sempre revendo suas prioridades, se estão de acordo com a Palavra de Deus

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ageu 1

1- No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
2- Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada.
3- Veio, pois, a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:
4- É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Ag 1
Exortação para reedificar o templo.
Terça-feira – Ag 2.1-9
A glória do segundo templo.
Quarta-feira – Ag 2.8
“Minha é a prata, e meu é o ouro”
Quinta-feira – Ag 2.10-19
Repreensão e promessa de bênção.
Sexta-feira – Ag 2.22
A destruição dos inimigos.
Sábado – Ag 2.23
A elevação de Zorobabel.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos como Deus, por meio do profeta, repreende, desafia e anima o Seu povo. As palavras proféticas mostram uma estreita relação entre a obediência e a bênção de Deus.

I – O CENÁRIO DO PROFETA AGEU

O nome Ageu significa “festivo” ou “Minha festa de gratidão”. Ageu foi a primeira voz profética a ser ouvida depois do exílio babilônico. Ele foi contemporâneo de Zacarias e, também, de um famoso pensador chinês, chamado Confúcio, que revolucionou o modo de pensar no extremo Oriente, na mesma época em que Ageu e Zacarias motivavam o povo judeu a reconstruir o Templo de Deus (Ed 5.1-2; 6.14), obra que já estava em andamento há 15 anos.

1- Conhecendo um pouco mais o profeta. Nada se sabe sobre o profeta Ageu ou seus antecedentes. Provavelmente ele nasceu na Babilônia e foi um dos que retornou do cativeiro junto com Zorobabel, segundo o decreto de Ciro. Ele profetizou durante o período da reconstrução do templo, de acordo com o registro de Esdras e foi o primeiro chamado a profetizar depois que os judeus retornaram para Jerusalém após o exílio da Babilônia. Ageu começou a profetizar dezesseis anos depois da volta do primeiro grupo.
2- A mensagem do profeta. A profecia de Ageu é uma exortação a começar sem demora a reconstrução do Templo, pois não poderia continuar em ruínas por muito tempo, mas deveria ser restaurado para a glória de Deus (Ag 1.8). A ordem vinha da parte de Deus: “Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e eu serei glorificado, diz o Senhor.” (Ag 1.8). Essa ordem não podia ser ignorada sem que trouxesse sérios resultados para todos: a seca, a perda das colheitas e a pobreza, que seriam os indicativos da ira divina (Ag 1.9-11), Por outro lado, Deus abençoaria e traria uma rápida e perene salvação ao seu povo, se, mediante o esforço coletivo, o Templo fosse reconstruído (Ag 1.8; 2.6-9, 20-23).
3- Convocação à reconstrução do Templo. A reconstrução do Templo teve o seu início assim que os primeiros deportados para a Babilônia começaram a chegar em Jerusalém. Depois de preparados os alicerces do Templo em 536 a.C., a forte oposição à obra retardou em muito a sua edificação, o que veio a acontecer dezesseis anos depois. Nesse intervalo de tempo, o novo rei, Dario, subiu ao trono da Pérsia e tinha boa vontade para com os judeus. Sob a pregação de Ageu e Zacarias, a obra foi reiniciada dentro de vinte e quatro dias e a obra do Templo acabada em quatro anos.

II – A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO

Ageu pontuou em sua mensagem que o povo deveria construir a Casa de Deus e, embora eles estivessem desanimados, o Senhor os encorajou através do profeta dizendo que se agradaria do Templo e nele seria glorificado (Ag 2.9), pois o Senhor busca mais a fidelidade do Seu povo do que o sucesso conquistado (Ag 2.4-5; I C o 4.2; 15.58).

1- O povo obedece a ordem de Deus. O recomeço da obra foi por volta de três semanas após a ordem de Deus. Aquele povo que havia voltado do cativeiro na Babilônia era um povo diferente daquele que havia morado ali antes da destruição de Jerusalém. As muitas experiências amargas em terra estrangeira fizeram com que desejassem o regresso à terra natal. No entanto, estavam preocupados em garantir primeiro o sustento, deixando a construção da Casa do Senhor para depois, mas Deus os repreende através das palavras de Ageu (Ag 1.5). A aceitação da palavra do profeta e a obediência foi unânime começando por sua liderança (Ag 1.12).
2- O novo Templo. Depois que o povo foi exortado a considerar os seus caminhos e a construir o Templo de Deus, o Senhor assegurou que se agradaria dele e nele seria glorificado (Ag 2.9). No período de vinte e sete dias o alicerce, que tinha sido o início da primeira restauração, foi desobstruído e o povo trabalhou bastante para que começassem a aparecer os primeiros contornos e a configuração geral do edifício. No entanto, a simplicidade deste segundo Templo, comparada à majestosa obra de Salomão, trouxe tristeza aos idosos que tinham presenciado a grandeza do primeiro Templo (Ed 3.12), É preciso ter em mente que o Templo significava a presença de Deus entre o povo de Israel. E, mesmo o segundo Templo não possuindo a riqueza como o que Salomão construiu, a glória do segundo seria maior do que a do primeiro, pois essa é uma referência espiritual – algo incorruptível. “
3- Deus promete abençoar o povo. A história do povo era de escassez, mas seu futuro seria de bênçãos. O povo atentou para as palavras de Deus, por meio do profeta e recomeçaram a obra do Templo, obedecendo a ordem de Deus. Por isso, o Senhor os convidou a observarem com cuidado o que aconteceria nos meses seguintes, porque Sua Palavra se cumpriria, dando-lhes bênçãos que tanto desejavam e precisavam em seus campos, com o sinal de renovo e graça [Ag 2.18-19].

III – AGEU PARA HOJE

Ageu encontrou um povo desanimado para a reconstrução de uma obra que já havia começado a ser feita há alguns anos após a volta do exílio babilônico. Mas o povo se intimidou com a oposição dos inimigos, principalmente dos samaritanos. A obra do Templo precisava ser concluída, mas, além de desanimados, intimidados e sem recursos, o povo estava com suas prioridades focadas em suas vidas particulares. Estavam preocupados em reerguer suas casas, enquanto a casa do Senhor estava abandonada. A palavra de Ageu foi um encorajamento para pôr fim àquele estado de letargia espiritual.

1- Prioridades erradas. O cenário era de abandono da casa do Senhor, enquanto os mais ricos construíam suas casas. Um claro caso de prioridades erradas. Como já dito anteriormente, o Templo era o centro religioso da vida do povo; ele significava a presença de Deus entre o povo de Israel. Sem o Templo a vida religiosa do povo estava subordinada a um lugar de menor importância. Nunca é demais ressaltar que o fato de falar sobre prioridades não exime a responsabilidade e o esforço pessoal de cada um na construção de sua estabilidade financeira. Não se deve confundir a prioridade do Reino com a negligência humana.
2- A importância do encorajamento mútuo. Quando Ageu se depara com o desânimo do povo, ele exerce um papel muito importante de encorajamento: “Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor, e esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e esforçai-vos, todo o povo da terra, diz o Senhor, e trabalhai; porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ag 2.4). O povo estava apático por causa da singeleza do segundo Templo, além de problemas. No entanto, as palavras proféticas são de que a glória do segundo templo, ainda que mais singelo em sua construção, seria maior do que a do primeiro templo, construído por Salomão.
3- Promessas valiosas de Deus. Deus fez uma promessa a Zorobabel, dizendo que o faria como um anel de selar (Ag 2.21-23), O anel de selo continha o nome do rei e era isso que validava os documentos daquela época. O anel de selar, portanto, representava a autoridade do rei. Zorobabel, governador de Judá e descendente de Davi, seria o anel de selar de Deus – seu representante oficial na terra. Essa profecia ultrapassa Zorobabel, remetendo para o Messias que haveria de vir.

CONCLUSÃO

O profeta Ageu usa a histórica para celebrar a glória suprema do templo messiânico definitivo que ainda estava por vir e incentiva as pessoas com a promessa de paz, prosperidade, governo divino e bênçãos ainda maiores durante o milênio. Dado a nossa limitação, nem sempre conseguimos enxergar a grandeza dessas bênçãos porque ficamos focados apenas nas bênçãos materiais.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

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