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Adultos - CPAD

A verdadeira adoração

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 678 – 2º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 03 – 20 de abril de 2025

TEXTO ÁUREO

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24)

VERDADE PRÁTICA

Adorar significa viver em total rendição a Deus, entregando-nos plenamente a Ele.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – II Co 9.12; Fp 2.7,30
A singularidade da adoração autêntica
Terça-feira – Nm 25.1,2; Sl 24.3,4
Diferenciando a adoração das práticas profanas
Quarta-feira – II Rs 17.25,28
A adoração está relacionada ao temor de Deus
Quinta-feira – Jo 15.1-8
A adoração envolve uma relação com Cristo e a Igreja
Sexta-feira – Hb 13.15; Rm 12.1; I Pe 2.5
O sentido da adoração no Novo Testamento
Sábado – Jo 4.23,24
O ensinamento de Jesus sobre a adoração

LEITURA BÍBLICA

João 4.5-7,9,10,19-24

5- Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
6- E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
7- Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
9-Disse-lhe, pois, a mulher na: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
10- Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e que é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
19- Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20- Nossos pais adoraram este monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21- Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22- Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23- Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24- Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

INTRODUÇÃO

O ser humano sente uma necessidade intrínseca de Deus. Com a leitura da passagem de João 4, essa carência espiritual torna-se evidente. Neste contexto, também se revela a importância de uma autêntica adoração que surge de uma experiência profunda com Jesus Cristo. Por este motivo, a adoração cristã é o tema central desta lição. A partir do diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, podemos extrair ensinamentos valiosos sobre a adoração.

I – O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES

1- A necessidade de passar em Samaria. Em João 4.4 é informado que “era-lhe necessário passar por Samaria”. O Senhor deixava a Ideia em direção à Galiléia e, para tal, teria de atravessar por Samaria. Apesar de evitar entrar nessa cidade devido à tensão racial entre judeus e samaritanos, havia uma missão ainda mais urgente: o encontro com a mulher samaritana em Sicar, junto à “fonte de Jacó”(vv.6,7). Durante essa conversa, Jesus abordou o assunto sobre o local adequado para adorar a Deus: seria em Samaria ou em Jerusalém? Nesse diálogo, nosso Senhor ensinou duas importantes lições.
2- A necessidade do ser humano. O encontro entre Jesus e a mulher samaritana não foi um simples acaso. Ele encontrava-se sentado à beira da fonte de Jacó, na hora sexta, durante o calor do meio-dia. A mulher samaritana dirigiu-se à fonte para recolher água, momento em que se cruzou com Jesus e ouviu um pedido do amado Mestre: ‘Dá-me de beber” (v.7). Em resposta ao pedido de Jesus, ela iniciou uma conversa com o divino Mestre, até que Este lhe propôs uma água que se tornará nela uma “fonte de água a jorrar para a vida eterna” (v.14). O que nosso Senhor ofereceu à mulher samaritana era “um tipo de água” capaz de transformar toda a sua existência. Aqui encontramos a primeira valiosa lição: toda pessoa necessita de Deus e, por isso, devemos aproveitar cada oportunidade para partilhar essa “água da vida”.
3- O lugar de adoração a Deus. Dando seguimento à conversa com Jesus, a mulher samaritana questiona-O sobre onde deveria ocorrer a verdadeira adoração, se em Jerusalém ou no Monte Gerizim. Neste diálogo, a samaritana procura entender o local apropriado para adorar a Deus. Em resposta à sua indagação, Nosso Senhor revela uma nova forma de culto. Esta adoração não seria exclusiva dos judeus nem dos samaritanos. Na realidade, o verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (vv.23,24). Aqui encontramos uma segunda lição valiosa: o autêntico culto de adoração a Deus, que satisfaz as necessidades humanas, não se limita a um lugar específico, mas reside no mais profundo do ser humano, em “espírito e em verdade”.

II – O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO

1- A adoração. Ao afirmar que ofereceria a “água viva” aos que têm sede, Jesus referia-se a uma vivência espiritual que se daria no interior de cada indivíduo: “a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14). Assim, à luz das suas palavras neste capítulo, a verdadeira adoração a Deus não está mais ligada a um local específico, como Jerusalém ou Samaria. A presença de Deus já não se restringe a uma determinada geografia, mas está presente em todos os lugares onde existam adoradores sinceros. Mais do que uma adoração formal e ritualística, a autêntica adoração possui essencialmente um caráter espiritual: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).
2- Jesus é a verdadeira adoração. Ao questionar Jesus sobre o local da adoração (Jo 4.20,21), a mulher samaritana teve uma revelação que lhe permitiu entender os ensinamentos de Jesus sobre a verdadeira adoração. O Senhor Jesus é, por si só, a base para essa adoração genuína (Jo 4.21). É pertinente ilustrar esta verdade ao lembrarmos do Calvário e do sepulcro vazio, onde, após sua morte, a obra realizada se tornou a razão fundamental para a adoração de todos os cristãos. Embora os locais físicos do Calvário e do sepulcro vazio possam não ter grande significado por si mesmos, a lembrança da obra realizada nesses lugares ultrapassa qualquer noção geográfica. O impacto dessa obra abrange todos, não importando o lugar de onde se encontrem. Sempre que participamos da Ceia do Senhor, essa memória permanece viva em nós, independentemente da nossa localização (I Co 11.23-25; 15.3,4).

III – A ADORAÇÃO BÍBLICA

1- O conceito bíblico de adoração. Na língua hebraica, existe uma expressão chamada hishtaha wa, que transmite a ideia de “manifestar um temor reverente, admiração e respeito característicos da adoração”. Já na língua grega, duas palavras são utilizadas para definir a adoração: latreia e proskuneo. A palavra latreia refere-se à submissão de quem serve outrem. Por sua vez, proskuneo significa “adorar” ou “ato de adoração”. No diálogo com a mulher samaritana, Jesus utilizou o termo proskuneô (Jo 4.20-26). Em Português, a palavra “adoração” implica “atribuir mérito ou valor” a alguém. Em suma, adorar a Deus significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.
2- Adoração como ato de rendição a Deus. O conceito fundamental da palavra “adorar” (prosku neo) no Novo Testamento remete originalmente à noção de “beijar”, associado a um ato de se dobrar os joelhos ou prostrar-se com a testa no solo, ou sobre os pés da pessoa a quem se está submisso. O episódio da mulher pecadora ilustra bem esse significado (Lc 7.37,38) e nos ensina a reconhecer a própria inferioridade e, é também, a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.
3- Adoração como ato de serviço a Deus. O serviço a Deus está profundamente associado à adoração. Esse é um ato espontâneo que demonstra o nosso reconhecimento da soberania de Deus sobre tudo. Assim, o serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1), de tal forma que não podemos servir a dois senhores, mas somente a um (Mt 6.24). Trata-se de uma entrega completa a Deus através da nossa existência.
4- Uma experiência interior de adoração. Sentimos uma necessidade profunda de adorar a Deus, conforme é lembrado no Salmo 42: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sl 42.2). A gloriosa presença do Deus Todo-Poderoso satisfaz todas as carências da pessoa. Assim, a verdadeira adoração envolve uma postura interior que permite ao crente estabelecer um vínculo profundo com Jesus Cristo, reconhecendo-O como Senhor e Salvador das nossas vidas.

CONCLUSÃO

Neste estudo, focamos nos ensinamentos práticos de Jesus acerca da adoração e, por consequência, discutimos a doutrina da Adoração Cristã. O capítulo 4 do Evangelho de João revela duas lições valiosas. A primeira é que todo ser humano possui uma necessidade a satisfazer: a necessidade de Deus. A segunda é que, em Jesus, a verdadeira adoração surge como um movimento que se inicia no interior. Tudo isso resulta de uma experiência viva com Jesus Cristo.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

 

 

 

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