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E.B.D

A santificação e a Palavra de Deus

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 107 – 1º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 04 – 22 de janeiro de 2023

TEXTO PRINCIPAL

 “Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da Lei, rasgou as suas vestes.” (II Rs 22.11)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – II Rs 22.1-6
Josias faz uma reforma
Terça-feira – Tg 1.23
Seja Cumpridor da Palavra
Quarta-feira – II Rs 22.10-11
Leitura do livro da Lei e arrependimento
Quinta-feira – II Rs 23.2
Todo o povo ouve a leitura da Palavra
Sexta-feira – II Rs 23.25
Josias, uma conversão genuína
Sábado – I Co 5.7
Retire o fermento velho

TEXTO BÍBLICO

II Reis 22.3-8:11

3 Sucedeu, pois, que, no ano décimo oitavo do rei Josias, o rei mandou o escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à Casa do SENHOR, dizendo: 4 Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que tome o dinheiro que se trouxe à Casa do SENHOR, o qual os guardas do umbral da porta ajuntaram do povo,
5 E que o deem na mão dos que têm o cargo da obra e estão encarregados da Casa do SENHOR; para que o deem àqueles que fazem a obra que há na Casa do SENHOR, para repararem as fendas da casa.
6 Aos carpinteiros, e aos edificadores, e aos pedreiros: e para comprar madeira e pedras lavradas, para repararem a casa.
7 Porém com eles se não fez conta do dinheiro que se lhes entregara nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade.
8 Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da Lei na Casa do SENHOR. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu.
11 Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da Lei, rasgou as suas vestes.

II Reis 23.2-3,21,22,25

2 E o rei subiu à Casa do SENHOR, e com ele todos os homens de Judá, e todos os moradores de Jerusalém, e os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se achou na Casa do SENHOR.
3 E o rei se pôs em pé junto à coluna e fez o concerto perante o SENHOR, para andarem com o SENHOR, e guardarem os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com todo o coração e com toda a alma, confirmando as palavras deste concerto, que estavam escritas naquele livro: e todo o povo esteve por este concerto.
21 E o rei deu ordem a todo 0 povo, dizendo: Celebrai a Páscoa ao SENHOR, vosso Deus, como está escrito no livro do concerto.
22 Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco dos reis de Judá.
25 E antes dele não houve rei semelhante, que se convertesse ao SENHOR com todo o seu coração, e com toda a sua alma, e com todas as suas forças, conforme toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro tal.

INTRODUÇÃO

Não podemos estudar a respeito da santidade sem considerar a Palavra de Deus, pois é por intermédio dela que conhecemos a revelação progressiva de Deus, sua vontade e plano de salvação para a humanidade. Jesus afirmou que é por meio da sua Palavra que somos santificados (Jo 17.5). Para demonstrar a importância e o impacto que as Escrituras Sagradas têm na vida do crente, vamos estudar, nesta lição, sobre dois grandes avivamentos do povo de Israel registrados no Antigo Testamento, em especial, o avivamento liderado por Josias, rei de Judá.

I – TODO AVIVAMENTO É PRECEDIDO PELO ENSINO DA PALAVRA

1- Os dois avivamentos mais significativos de Israel antes do exílio. Os dois avivamentos mais significativos de Israel antes do exílio foram protagonizados pelos reis Ezequias (716-687 a.C.) e Josias (639-609 a.C.). Ezequias inicia a reforma, abrindo e reparando as portas do Templo e conduzindo o povo ao retorno à Palavra e à busca pela santificação (II Cr 29.1-3). Ele estabeleceu o culto ao Senhor e purificou o Templo (II Rs 18.3-6; II Cr 29.1-31,1). O rei Josias também promoveu uma reforma espiritual com base na descoberta de um manuscrito antigo no Templo de Jerusalém. Com o retorno do estudo das Escrituras, o povo se converte novamente à prática do monoteísmo, à centralização do culto e à adoração em Jerusalém, bem como à celebração da Páscoa de forma inovadora, com a participação das 12 tribos (II Rs 23,21,22). A característica principal dos dois avivamentos foi o retorno à Palavra de Deus.
2- A transformação realizada por meio do confronto com a Palavra. Josias reinou 31 anos em Jerusalém (II Rs 22.1). Enquanto esteve sob o controle da Assíria teve dificuldades para fazer qualquer reforma religiosa, pois lhe era imposta a obrigação de adorar a deuses pagãos. Após a morte de Assurbanipal, rei da Assíria, ocorrida aproximadamente em 632 a.C., Josias aproveitou o momento para implantar mudanças em seu reino. Josias iniciou as mudanças com a reforma das estruturas físicas do Templo (II Rs 22.3-6). Durante a reforma, o livro da Lei é encontrado pelo sumo sacerdote Hilquias e chega às mãos do rei, A leitura das Escrituras passa a ser um marco na vida de Josias, que percebeu o quanto ele e o povo estavam distantes da vontade de Deus. O rei passa a ser outra pessoa a partir do confronto com a Palavra.
3- A leitura compromissada da Palavra produz arrependimento. O rei, ao ouvir a Palavra que foi lida por Safã, seu escrivão, imediatamente rasgou suas vestes, como sinal de contrição e arrependimento (II Rs 22.10,11). O rei estava triste por sua situação e a do povo diante de Deus. Então, Josias pede ao sumo sacerdote para consultar ao Senhor. Assim, ele fica sabendo que Jerusalém seria destruída. Deus reconhece a atitude sincera do rei, mas não tira as consequências que cairia sobre Judá; entretanto Ele adia o acontecimento (II Rs 22.18-20). A Bíblia é como um espelho, ela mostra a realidade de cada pessoa diante de Deus. Quando alguém busca ler e obedecer à Palavra com reverência, ela provoca mudanças. Josias tinha dado 0 primeiro passo: o reconhecimento da situação real em que se encontrava o povo diante de Deus. 

II – OS RESULTADOS DO RETORNO À PALAVRA DE DEUS

1- A purificação do Templo. O rei já havia experimentado o poder purificador da Palavra e agora ele desejava que o povo também experimentasse desse poder. Para isso, ordenou que todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se juntassem a ele no Templo e convocou todo o povo para ouvir a leitura do Livro da Lei (II Rs 23.2). Então, Josias e o povo, após ouvirem atentamente a leitura do Livro da Lei encontrado no Templo, fizeram um novo pacto com o Todo-Poderoso. Na sequência o rei já começou a reforma com a limpeza e a queima de todo material de idolatria que estava no Templo. Ali, havia utensílios que foram feitos para a adoração a Baal e um bosque para todo o exército dos céus (II Rs 23.4-6). Também retirou e queimou, da Casa do Senhor, o ídolo do bosque (II Rs 23.6). O rei também ordenou que fossem derrubadas as casas dos prostitutos cultuais que estavam na Casa do Senhor (II Rs 23.7). Tudo foi retirado pelo rei Josias.
2- A eliminação dos elementos que promoviam a idolatria em todo território nacional. A reforma de Josias, inclusive com a ação pessoal dele, se estendeu por todo o território de Jerusalém, inclusive algumas tribos do Reino Norte. Ele também restituiu o culto ao Senhor e centralizou a adoração em Jerusalém, segundo normativas da Lei. Josias tirou todas as casas dos altos, lugares onde se cultuavam divindades pagãs. A grande maioria dos lugares altos ficavam à sombra de alguma árvore para configurar como local sagrado (I Rs 14.23; II Rs 16.4; 1710). Por fim, Josias destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos (II Rs 23.5). O retorno à Palavra de Deus transformou a vida do rei e do povo. Assim, foi possível uma mudança radical em relação à idolatria, que estava relacionada também a questões morais e éticas, que eram propagadas e incentivadas pelas práticas das religiões pagãs.
3- O restabelecimento do culto a Deus. A remoção de tudo que estivesse ligado à idolatria era apenas um dos aspectos da reforma que precisava ser realizada. Na sequência, ocorreu o restabelecimento do culto a Deus, com base nos preceitos prescritos no livro encontrado, incluindo toda a estrutura prevista para adoração no Templo. Josias restituiu o ofício dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores e dos guardas do Templo, conforme previsto no livro da Lei encontrado. Outro aspecto importante do culto foi a recolocação da Arca da Aliança no seu lugar específico do Templo, o “Santo dos Santos”. Com as mudanças realizadas, tudo estava preparado para ser oferecido um culto exclusivo (santo) para Deus. O que poderia impedir um culto verdadeiro seria somente a situação individual de cada pessoa que iria prestá-lo. Evidente que nem todas as pessoas tiveram uma mudança sincera e verdadeira. Porém, todas tiveram a oportunidade de mudar.

III – O RETORNO À ADORAÇÃO POR MEIO DA PÁSCOA

1- A festa da Páscoa centralizada em Jerusalém (II Rs 23.21-25). Nos tempos de Josias, antes da reforma, a Páscoa não era mais celebrada. Ele vai participar de sua primeira Páscoa somente no décimo oitavo ano de seu reinado. A Páscoa é a mais importante festa judaica. Ela é a celebração da libertação dos hebreus do Egito. Tem um significado importante para os israelitas e seu relacionamento com Yahweh como Deus único (Êx 12). A centralização da Páscoa em Jerusalém (II Rs 23.21-23) foi um dos pontos centrais da reforma de Josias. A celebração da festa se transformou em um evento nacional. A centralização exigiu a formação de toda uma estrutura. A celebração acontecia em 14 do mês de Abib conforme a orientação do Senhor em Deuteronômio 16.1.
2- A maior Páscoa de todos os tempos. O próprio texto bíblico afirma que a “Páscoa de Josias” foi a maior desde os dias dos juízes (II Rs 23.22). Na celebração foram oferecidos vários sacrifícios ao Senhor. Foi uma grande festa que durou sete dias. Realmente deve ter sido algo inesquecível para os judeus. A leitura do livro da Lei, encontrado no Templo durante a reforma, aguçou a fé de Josias e de grande parte do povo. Assim, mudanças significativas foram realizadas com intuito de retornar à fé e à adoração ao Senhor. A Palavra de Deus tem o poder de confrontar as pessoas e de relevar suas falhas, com vistas à sua restauração, santidade e comunhão com Deus.
3- Paulo usa a figura da Páscoa para exortar à pureza cristã (I Co 5.6,7). Ao escrever aos coríntios, Paulo usa a metáfora do fermento, elemento que era proibido na preparação da Páscoa, para exortar os crentes sobre as impurezas que haviam adentrado na igreja e para incentivar a busca da pureza. Na Bíblia, o fermento é tido como um símbolo do que é mau e prejudicial. Da mesma forma que durante a celebração da Páscoa era lançado fora todo tipo de fermento (Êx 12.15), assim também a Igreja deveria se purificar, retirando de seu meio tudo que pertence ao “velho homem” (Ef 4.22-24). Na atualidade, a Páscoa tem um novo sentido para os cristãos. Paulo apresenta Cristo como o verdadeiro Cordeiro Pascal que foi crucificado por nós (I Co 5.7). O sangue de Cristo, aspergido na cruz, é a causa da libertação espiritual dos que creem. O cristão deve celebrar a santificação, a salvação e a liberdade em Cristo e praticar a pureza cristã por meio da santificação (I Pe 1.15). 

CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos que os dois avivamentos mais significativos de Israel foram protagonizados pelos reis Ezequias e Josias, ambos precedidos pelo ensino da Palavra. Josias primeiro foi transformado pelo efeito do confronto com a Palavra para depois conduzir os líderes e o povo ao confronto com a mesma Palavra e o resultado foi uma busca nacional por uma vida de santidade.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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