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Adultos - Betel

A relevância e importância da doutrina pentecostal para manter a Igreja viva

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 240 – 3º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 08 – 25 de agosto de 2024

TEXTO ÁUREO

“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.” Atos 2.4

VERDADE APLICADA

Cada membro do Corpo de Cristo necessita buscar sempre ser cheio do Espírito Santo, para cumprir a missão que o Senhor nos entregou e um viver que agrada a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Atos 2

1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Jl 2.28-32
A promessa da efusão do Espírito Santo.
Terça-feira – At 2.1-13
A descida do Espírito Santo.
Quarta-feira – I Co 12.1-11
A diversidade dos dons espirituais.
Quinta-feira – I Co 14.1
É preciso buscar com zelo os dons espirituais.
Sexta-feira – Ef 5.18
É preciso encher-se do Espírito Santo.
Sábado – I Ts 5.19
Não extingais o Espírito.

INTRODUÇÃO

Veremos nessa lição alguns aspectos que compõem os fundamentos da Teologia Pentecostal Clássica: a crença na atualidade do batismo com o Espírito Santo, dos dons espirituais, perseverança no caminho da santificação e fervor no serviço cristão, enquanto aguardamos a volta de Jesus Cristo (I Ts 1.9-10; Tt 2.13).

I – O PENTECOSTES BÍBLICO

Desde o Antigo Testamento é possível atestamos que o derramamento do Espírito Santo é um aspecto do plano divino para o Seu povo (Is 44.3; 59.19-21; Jl 2.28- 29). Cristo fala sobre o batismo no Espírito Santo como sendo “a promessa do Pai” (At 1.4). O cumprimento se deu no dia de Pentecostes (At 2.1). Desde então, a Igreja tem vivido de forma abundante a experiência pentecostal.

1. O Espírito prometido. A Bíblia registra várias promessas do próprio Deus quanto ao envio do Espírito Santo (Zc 12.10; Jl 2.28-32). Deus é aquele que fala e cumpre (Hb 6.18; At 1.2). O derramamento do Espírito Santo, descrito em Atos 2, não significa que Ele somente passou a agir a partir daquele dia. É nítido no Antigo Testamento não somente a promessa do derramamento do Espírito Santo, mas também Sua presença e ação desde a criação e ao longo dos acontecimentos antes da chegada do Messias (Gn 1.2; Êx 31.3; Ez 2.2). Portanto, podemos afirmar que a promessa se referia a outras ações do Espírito Santo, além de serem mais intensas e abrangentes. O apóstolo Paulo fala do “ministério do Espírito” como sendo de maior glória em relação ao passado (II Co 3.8).
2. O Espirito derramado. O dia histórico do Pentecostes foi o primeiro evento do derramamento do Espírito, também conhecido como a primeira evidência do batismo no Espírito Santo (At 2.1) e o cumprimento das profecias e da promessa de Jesus, recebida do Pai (At 2.16, 33). O Senhor Jesus, antes da ascensão, ordenou aos Seus discípulos que ficassem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder para pregar o “arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações” (Lc 24.47-49; At 2.1). O próprio Senhor informou que a promessa seria cumprida “não muito depois” (At 1.5). Assim, quando Lucas informa que o derramamento se deu no dia de Pentecostes (At 2.1), então os discípulos não precisaram esperar muito. Vemos em Atos que a Igreja inicia com oração, perseverança, unidade e revestimento de poder (At 1.14; 2.1-4), pois os discípulos estavam firmados na Palavra do Senhor.
3. O resultado do derramamento do Espírito. Quando lemos sobre resultado, precisamos estar atentos para não nos determos apenas ao falar em outras línguas. Pois, biblicamente, o derramamento do Espírito não resulta somente ao que acontece em um determinado momento, mas, como lemos nos registros de Lucas e nas epístolas, acarreta outras consequências, além do falar em outras línguas. Maior dinamismo, ousadia e intrepidez no anúncio da Palavra de Deus, edificação espiritual na vida do discípulo de Cristo, maior dedicação a oração e intercessão, poder no combate contra as forças do mal, capacitação para ajudarmos uns aos outros no Corpo de Cristo.

II – A IDENTIDADE PENTECOSTAL DA IGREJA

Precisamos manter a identidade pentecostal da Igreja de acordo com o padrão bíblico. O nosso foco neste tópico será trabalhar sobre o batismo no Espírito Santo, dons espirituais e atualidade dos dons.

1. O batismo no Espírito Santo. Já vimos no tópico anterior que as Escrituras revelam e registram a diversidade de ações do Espírito Santo em diversos momentos ao longo do tempo. Este subtópico está enfatizando mais uma ação do Espírito Santo: o revestimento de poder visando capacitação dos discípulos de Cristo para serviço e testemunho. Assim, é uma ação do Espírito distinta de outras operadas pelo mesmo Espírito: regeneração, santificação, batismo no Corpo de Cristo (I Co 12.12-13). O Credo da CONAMAD, publicado mensalmente no Jornal O Semeador, afirma que cremos: “No batismo bíblico com o Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a Sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7): Trata-se de uma experiência própria da Nova Aliança, pois Jesus Cristo é o batizador (Jo 1.33).
Como pentecostais, sustentamos que o falar em línguas como evidência do batismo no Espírito Santo está solidamente fundamentado nas Escrituras, particularmente em Atos 2:4, onde se relata: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os capacitava:’ Esta prática é corroborada por três incidentes no Novo Testamento, marcando a recepção do Espírito Santo. Primeiramente, no Pentecostes, os apóstolos recebem o Espírito e falam em línguas. A seguir, na residência do centurião Cornélio, o Espírito Santo desce sobre todos os presentes, levando-os a falar em línguas, evidenciando que este dom também se estende aos gentios. Finalmente, em Éfeso, após a imposição das mãos de Paulo, alguns discípulos são batizados no Espírito Santo, manifestando-se através do falar em línguas e profecias. Estes relatos destacam a fala em línguas como um sinal claro e acessível do batismo no Espírito, oferecido a todos os fiéis.
2. Os dons espirituais. Os dons espirituais são dotações e capacitações sobrenaturais que o Senhor Jesus, por intermédio do Espírito Santo, outorga à Sua Igreja, visando a expansão universal da Sua obra e a edificação dos santos. Há diversos dons mencionados em diferentes textos do Novo Testamento. Encontramos uma relação dos dons em I Coríntios 12. É possível dividi-los em três grupos:

1) Os dons de expressão verbal: dom de variedade de línguas (I Co 12.10), dom de interpretação de línguas (I Co 12.10; 14.13, 27) e dom de profecia (I Co 12.10; 14.3);

2) Os dons de saber: o dom da palavra da sabedoria (I Co 12.8), o dom da palavra da ciência (I Co 12.8) e o dom de discernir os espíritos (I Co 12.10);

3) Os dons de poder: dom da fé (I Co 12.9); os dons de curar (I Co 12.9); dom de operação de maravilhas (I Co 12.10).

3. A atualidade dos dons espirituais. Ainda há os que acreditam que as manifestações dos dons espirituais, principalmente os relacionados em I Coríntios 12, cessaram após a conclusão do cânon do Novo Testamento e do fim da era apostólica. Contudo, não há base bíblica para a defesa desta linha de pensamento. Afinal, a Igreja, enquanto estiver nesta terra, continua precisando de edificação, exortação, consolação, curas, revestimento de poder para pregar o Evangelho. O apóstolo Pedro, logo após o derramamento do Espírito Santo, afirmou: “a promessa diz respeito a vós (…): a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39). Ora, Deus continua chamando ao arrependimento, à conversão e concedendo revestimento de poder. Além de não encontrarmos nas Escrituras apoio para o cessacionismo, ainda temos o testemunho da história da Igreja que registra os muitos avivamentos ao longo dos anos.

III – MANTENDO A CHAMA PENTECOSTAL

Refletir sobre manter a chama pentecostal é continuamente ocupar nossa mente sobre a relevância de sermos perseverantes no cultivo de diversos aspectos que resultam da ação do Espírito Santo na Igreja após o Pentecoste. Neste tópico será ressaltado o viver em santidade, o andar em Espírito e o foco no cumprimento da missão da Igreja.

1. Viver em santidade. O Pr. Paulo Leivas Macalão, por ocasião do cinquentenário de fundação do Ministério de Madureira (1979), afirmou que enquanto o mundo “evolui” para o pecado, a Igreja deve evoluir para a santidade. A razão para o crescimento da Igreja neste século (o então século XX) está na ação do Espírito Santo e na vida de santidade. Não pode haver uma coisa sem a outra. Santificação é um das doutrinas que compõem o fundamento teológico das AD no seu nascedouro. Portanto, não apenas revestimento de poder, mas, também, santificação para um viver ético que resulta em ser luz e sal em um mundo corrompido e perverso (Ef 1.3-4; Fp 2.15; I Pe 1.2, 15-16).
2. Viver no Espírito. Viver no Espírito é o maior desafio para o crente. A natureza carnal herdada de nossos primeiros pais faz com que busquemos as coisas que não agradam a Deus. Quando as pessoas aceitam a Cristo como Salvador, tornam-se novas criaturas pelo processo salvífico da redenção (Jo 3.3; II Co 5.17). Entretanto, elas precisam viver no Espírito para ter um relacionamento espiritual e perseverante com Deus. Portanto, para viver no Espírito é preciso ter o Espírito Santo dentro de si (Jo 14.17); ser guiado pelo Espírito (Rm 8.14); ser cheio do Santo Espírito (Ef 5.18).
3. Viver em ação. São inúmeros os textos bíblicos que apontam para uma vida de serviço por parte do povo de Deus, como resultado da ação transformadora do Senhor na vida das pessoas. Fomos libertados pelo Senhor para sermos dEle e O servirmos (Lc 1.74). Mulheres que foram curadas e libertadas, seguiam a Cristo e O serviam (Lc 8.2-3). Paulo diz que os membros da Igreja em Tessalônica se converteram a Deus “para servir ao Deus vivo e verdadeiro” (I Ts 1.9). Importante destacarmos neste tópico que o serviço a Deus também é demonstrado enquanto servimos aos nossos irmãos em Cristo (Hb 6.10). Todos os nascidos de novo são vocacionados para uma vida de serviço, para edificação da Igreja e a glória de Deus (Ef 4.1, 16).

CONCLUSÃO

Precisamos manter essa chama pentecostal, nossa identidade construída ao longo dos anos; devemos primar pela ortodoxia e ortopraxia bíblica, não permitindo que os modismos baseados em experiências pessoais sejam colocados acima dos princípios das Sagradas Escrituras.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

 

 

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