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Adultos - Betel

A relevância do discernimento

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 139 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 11 – 11 de setembro de 2022

TEXTO ÁUREO

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” Tiago 1.5

VERDADE APLICADA

Precisamos da constante ajuda do Espírito Santo para agirmos e nos relacionarmos com discernimento e equilíbrio.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mateus 7

1- Não julgueis, para que não sejais julgados
2- Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós
3- E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
4- Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
5- Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – I Sm 16.7
O Senhor vê o coração do homem.
Terça-feira – Mt 13.13-14
O coração do povo está endurecido.
Quarta-feira – I Co 2.14-15
O homem natural e as coisas do Espírito
Quinta-feira – Gl 6.1
Encaminhar com espírito de mansidão.
Sexta-feira – Tg 5.19-20
Acerca da conversão de pecadores.
Sábado – II Pe 2.22
O perigo dos falsos mestres.

INTRODUÇÃO

Jesus segue desenvolvendo o tema da natureza da vida do Reino para Seus discípulos. E agora passa a alertá-los sobre as tentações que podem surgir em seus relacionamentos pessoais (Mt 7.1-2). 

I – DISCERNINDO ENTRE O CERTO E O ERRADO

Comumente, as mesmas características que nos aborrecem nos outros são a que temos. Jesus nos ensina que devemos examinar nossas motivações e nossa conduta em vez de julgar o próximo (Mt 7.1).

  1. Não julgueis. Jesus dedicou um espaço considerável para condenar os líderes religiosos por sua hipocrisia, que os levava a uma aparência externa de justiça para serem elogiados pelas pessoas (Mt 6.1-18). Agora, reconhece que Seus discípulos também podem cair na mesma hipocrisia (Mt 7.1-5). Em seguida, adiciona uma palavra de advertência sobre o extremo oposto de não discernir (Mt 7.6). A ordem de Jesus de não julgar os outros pode ser a mais amplamente citada de suas declarações. Muitas pessoas usam esse versículo na tentativa de silenciar seus críticos, interpretando que Jesus queria dizer: “Você não tem o direito de me dizer que estou errado”. A questão aqui é saber como lidar com o julgamento, quais os critérios e em que medida se deve usá-los.
  2. Quem julga será julgado. A exigência de Jesus aqui é que Seus discípulos não sejam inclinados a julgar e a censurar (Rm 14.10-13; Tg 4.11-12). A firmeza do compromisso dos discípulos com o Reino de Deus e a justiça exigida deles não os autoriza a adotar uma atitude julgadora. Os que “julgam” assim serão “julgados” não pelos homens (o que traria pouca consequência), mas por Deus (o que se adequa ao tom solene do discurso). O discípulo que toma sobre si a tarefa de julgar o que o outro faz usurpa o lugar de Deus (Rm 14.10) e, por isso, tem de responder a Ele. John Stott nos diz que “a ordem para não julgar não é uma exigência para ser cego, mas, antes, um pedido para ser generoso. Jesus não nos pede que deixemos de ser homens (suspendendo nosso poder de crítica que ajuda a nos distinguir dos animais), mas que renunciemos a presunçosa ambição de ser Deus (arvorando-nos em juiz)”.
  3. O autocontrole no julgamento. O texto indica que a prática que Jesus proíbe era habitual e se realizava entre os judeus (Mt 7.3-4; Jo 8.15). Aparentemente, algumas pessoas têm uma necessidade psicológica de descobrir e divulgar defeitos em outras pessoas. Ninguém pode evitar formar uma opinião sobre outras pessoas e práticas. Desde a infância, aprendemos a importância de distinguir entre o bom e o mau, o belo e o feio, certo e errado. Ser capaz de analisar criticamente um objeto, ou seja, distinguir objetivamente entre os elementos, virtudes, características, é uma capacidade necessária na vida. Enfim, é preciso ter humildade para entender que nosso julgamento sobre s pessoas é apenas uma opinião, a expressão da qual podemos e devemos controlar (Sl 34.13; Tg 3.10).

II –  DISCERNINDO A NATUREZA DAS COISAS

Jesus nos ensina que o homem só pode ver o exterior, e, portanto, não pode entender o que está na mente e no coração de outrem (I Sm 16.7b).

  1. O argueiro e a trave. John Sttot nos diz que a “trave” descrita por Jesus se refere a um pedaço comprido de madeira lavrada que se usava na estrutura de um prédio. Quem estivesse atrás dessa madeira não poderia ver; nem determinar precisamente a verdadeira natureza das coisas. O “argueiro” era uma lasquinha ou um pequeno cisco. Tanto o homem que estivesse atrás de uma trave, quanto o que tinha um cisco estavam impedidos de ver corretamente. Jesus estava dizendo que se uma pessoa não consegue ver corretamente, como pode de alguma maneira fazer juízo? (Mt 7.3-4). Jesus não diz que é errado ajudar um irmão a tirar um cisco do olho, errado é uma pessoa com uma “viga” no olho oferecer ajuda. Isso é hipocrisia (Mt 7.5).
  2. Vencendo a hipocrisia. A hipocrisia consiste em duas coisas: o hipócrita não reconhece o seu próprio pecado, que é maior que o pecado alheio; depois, finge justiça ou interesse espiritual, ordenando que os outros endireitem suas vidas. Fingir interesse espiritual era a característica mais notável dos fariseus (Mt 7.5). Para esclarecer a questão, Jesus escolhe o olho como ilustração, pois é uma das partes mais sensíveis do corpo humano. Chega a ser ridícula a atitude de um homem com uma trave no olho tentando remover um cisco do olho de outro. Os fariseus viam os pecados dos outros, mas não conseguiam enxergar as próprias transgressões. Jesus usou o olho como ilustração para nos ensinar a ter uma perspectiva espiritual da vida (Mt 6.22-23).
  3. O perigo de não ter discernimento. Jesus aborda um problema no extremo oposto do julgamento hipócrita: a ingênua aceitação das pessoas sem discernir suas verdadeiras origens. Embora os crentes estejam impedidos julgar os outros a partir de motivações erradas e sem critérios bíblicos (Mt 7.1-5), Jesus preveniu contra uma completa falta de discernimento em relação às atitudes das pessoas para com o Evangelho. O Senhor exige discernimento adequado do bem e do mal (Mt 7.6, 15-23), porque, em seu cotidiano, os discípulos de Jesus terão que fazer constantes avaliações. A verdade não deve ser imposta aos rebeldes que a rejeitam e as coisas santas não devem ser dadas aos que buscam os defeitos dos outros. Jesus insiste sobre a necessidade de sabermos classificar as coisas.

III – DISCERNINDO ENTRE O DIGNO E O INDIGNO

Nesse último ponto, Jesus se vale de figuras de linguagem para ensinar a Seus discípulos que as coisas santas não podem ser dadas para aqueles que não querem, ou que não tenham capacidade para apreciar os valores espirituais (Mt 7.6)

  1. Os cães. Herbert Lockyer nos diz que o Senhor se refere aqui a cães selvagens e rosnadores, que se voltam e mordem a mão daqueles que os alimentam. Os cães do Oriente são mais selvagens e vivem mais em matilhas do que os nossos cães domesticados, alimentam-se de carniça e lixo e são mais sanguinários do que os do Ocidente. Era a esses que Jesus tinha em mente quando os usou em referência aos que, de forma selvagem, odeiam a verdade. Jesus quer que Seus discípulos sejam inteiramente inofensivos em seu relacionamento com outros, mas ao mesmo tempo que reconheçam que nem todos estão sempre em condições de serem abordados para ouvirem e conhecerem o Evangelho (Mt 7.6b).
  2. Os porcos. Essa analogia foi usada por Cristo para mostrar como as pessoas reagem quando estão vivendo em rebelião aberta contra Deus; pessoas rebeldes, que teimosamente rejeitam Sua verdade e fecham suas mentes e corações ao conhecimento espiritual (II Pe 2.22). Isso não significa que devemos nos abster de ensinar o Evangelho para aqueles que são párias da sociedade. O próprio Jesus comia com pecadores e publicanos e os ensinava (Mt 9.10). A ideia aqui é que é inútil continuarmos pregando a verdade àqueles que a recusam. Assim como um porco não conseguiria entender nem apreciar a grande beleza e valor das pérolas, esses tais jamais poderiam entender o valor e a grandeza das verdades divinas (I Co 2.14).
  3. As pérolas. As “pérolas”, consideradas as mais preciosas de todas as joias (Mt 13.45-46; I Tm 2.9), passaram a simbolizar a preciosidade da verdade. É fácil imaginarmos o desapontamento e consequente ira dos porcos ao descobrir que o que pensavam ser comida eram apenas pérolas. Essa é uma imagem muito cabível para os que são impuros, selvagens e incapazes de apreciar as joias inestimáveis da fé cristã! São esses, diz Cristo, a quem não temos o direito de entregar o tesouro das nossas pérolas. Após ouvirem a Palavra, se tornam piores do que eram antes (Sl 14.1; Pv 26.4). “O sagrado” e “pérolas” são termos que se referem a verdades espirituais de grande valor.

CONCLUSÃO

Quando ajustamos nossa visão de acordo com os ditames da Palavra de Deus, os erros podem ser corrigidos, a forma de vida mudada e os tesouros repartidos àqueles que são confiáveis e dignos (Mt 7.6).

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

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