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Adolescente - CPAD

A primeira viagem missionária

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 81 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 04 – 24 de julho de 2022

TEXTO BÍBLICO

Atos 13.1-3; 14.21-28

DESTAQUE

“Então eles jejuaram, e oraram, e puseram as mãos sobre Barnabé e Saulo. E os enviaram na sua missão.” Atos 13.3

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Is 6.8
Quarta-feira – Jn 1.1,2
Terça-feira – Am 7.14,15
Quinta-feira – Mc 3.13-19
Sexta-feira – At 13.46-49
Sábado – At 14.23

I. O CHAMADO MISSIONÁRIO

Como estudamos anteriormente, a igreja de Jerusalém se dispersou quando Estêvão foi apedrejado (At 8.1,4; 11.19-21). Assim, os irmãos da Judéia fugiram por causa da perseguição e se espalharam por diversas regiões. O que parecia ruim, na verdade, transformou-se em bênção, pois os que fugiram falaram sobre Jesus nos lugares onde se estabeleceram. Em algumas cidades, esses irmãos evangelizaram somente judeus; em outras, pregaram também a não judeus, os também chamados gregos (algumas vezes na Bíblia, a palavra “grego” refere-se a não judeu). Vimos também que Paulo e Barnabé ensinavam na Antioquia da Síria (At 11.25,26). A igreja ali era generosa.

Ouvindo que havia fome em Jerusalém e na Judeia, por meio de Paulo e Barnabé, enviaram dinheiro para ajudar aos irmãos daquela região (At 11.29, 30). Certo dia, enquanto os profetas e mestres oravam, o Espírito Santo falou com a igreja. Ele ordenou que Barnabé e Paulo fossem enviados como missionários para outros lugares (At 13.2). Assim, eles seguiram a orientação divina. A liderança da igreja orou, jejuou e impôs as mãos sobre eles para que partissem. E, assim, Paulo partiu com Barnabé e João Marcos para sua primeira viagem missionária (At 13.5), que durou aproximadamente dois anos. A partir dessa passagem bíblica, o Apóstolo passa a ser chamado apenas por Paulo, a versão romana do seu nome, e não mais por Saulo (At 13.9).

II. AS VIAGENS NA ÉPOCA DE PAULO

Nesta época, uma viagem poderia ser feita por terra ou pelo mar. Viajar era perigoso. Por questão de segurança, os comerciantes viajavam em caravanas — grupos de pessoas com camelos e jumentos. Era comum as pessoas viajarem a pé. Em média, uma caravana percorria 30 km por dia, caminhando 3 km por hora. A cavalo, a média era de 120 km por dia. Alguns tinham mula ou jumento para carregar as bagagens; outros possuíam carruagem, como por exemplo, o eunuco etíope (At 8.26-31). Algumas viagens duravam dias. Então, onde os viajantes paravam para dormir? Os romanos não só construíram estradas, mas também hospedarias.

O objetivo era que os oficiais (do exército ou do Estado) tivessem condições de viajar com certa estabilidade. Porém, as pessoas comuns, que não eram militares ou oficiais do governo, também poderiam aproveitar o serviço. O mais comum, no entanto, era se hospedar nas casas das pessoas. Vemos que os cristãos eram incentivados a receber os viajantes: “Não deixem de receber bem aqueles que vêm à casa de vocês; pois alguns que foram hospitaleiros receberam anjos, sem saber” (Hb 13.2). As dificuldades de percurso não desanimaram Paulo e seus companheiros. Conscientes de que enfrentariam desafios durante a viagem, confiaram no Senhor. Sabiam que Deus estava com eles e guardaria o caminho por onde passassem.

III. A ROTA DA PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA

Partindo de Antioquia da Síria, a rota foi a seguinte: Paulo e Barnabé foram para Selêucia e de lá pegaram um barco até a ilha de Chipre (At 13.4), passando pelas cidades de Salamina e Pafos. De Chipre, continuaram para Perge da Panfília (At 13.13) até Antioquia da Pisídia (At 13.14). A parada seguinte foi em Icônio (At 14.1), de onde foram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia (At 14.6). Dali, fizeram o caminho de volta pelos mesmos lugares até regressarem ao ponto de partida, Antioquia da Síria. Se olharmos em um mapa, veremos que hoje esses lugares estão na Turquia. Por onde passavam, Paulo e seus companheiros usaram a estratégia de pregar o Evangelho na sinagoga da cidade.

A sinagoga era o lugar onde os judeus se reuniam aos sábados para ouvir sobre as Escrituras, orar e cantar. Quando o Apóstolo falava de Jesus, a mensagem do Evangelho impactava a audiência. Além disso, milagres e sinais aconteciam. Os ensinos de Paulo tiveram impacto para além do território das sinagogas. De modo que, não demorou muito para que os não judeus também se interessassem pela mensagem trazida pelos viajantes. Era o Espírito Santo trabalhando nos corações e levando os pecadores ao arrependimento. Assim, aumentava o número de cristãos e novas igrejas foram surgindo.

Ao final dessa primeira viagem, ao visitar as igrejas por onde tinham passado, Paulo e Barnabé seguiram o modelo que a igreja de Antioquia havia estabelecido. Eles escolheram a liderança local, oraram e jejuaram com esses líderes para que o Senhor os protegesse e eles cuidassem com amor e sabedoria da igreja (At 14.23). Esse vínculo do Apóstolo com a igreja que o enviou revela obediência e compromisso com a igreja e com Deus.

CONCLUSÃO

O relato de Atos dos Apóstolos conta que a liderança da igreja em Antioquia estava servindo a Deus quando o Espírito Santo revelou que era o momento de enviar Paulo e Barnabé para o trabalho missionário. Os dois partiram com a bênção dos seus líderes para realizar a tarefa de pregar o Evangelho de Jesus. Ao final da viagem, voltaram à Antioquia para contar sobre o que Deus fez em cada cidade (At 14.27). Aprendemos com Paulo e Barnabé a importância de obedecer aos líderes e prestar conta da atividade ministerial. Que Deus continue despertando a chama missionária em sua Igreja nos dias atuais!

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

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