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A Nossa Eterna Salvação

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INTRODUÇÃO
A salvação é o resultado do grandioso propósito da San­tíssima Trindade de resgatar a humanidade perdida. Deus, o Pai, arquitetou a salvação; o Filho a consumou quando veio ao mundo, morreu, ressuscitou, retornou aos céus; e o Espírito Santo a aplica no pecador contrito que, pela fé, aceita a obra redentora de Jesus efetuada no Calvário. A salvação não é primeiramente a prática de uma religião, mas um relacionamento real e vital com o Senhor Jesus Cristo (Jo 15.1-8).

I. DEUS, O PROVEDOR DA SALVAÇÃO
O apóstolo João, com muita certeza e entusiasmo, destacou o grande amor de Deus por nós ao nos tornar seus filhos, e, assim, participantes de uma tão grande salva­ção (3.1; Hb 2.3). Deus não somente concedeu-nos o perdão dos nossos pecados, mas manifestou seu amor graciosamente; enchendo-nos a alma de paz, convicção e consolo. Por sua imensa compaixão, substi­tuiu nossa miséria, vazio e incerte­zas por júbilo, amor e esperança (Ef 1.3-6; 1 Pe 1.18-20).
A salvação na eternidade passada. No Éden, quando o pri­meiro casal pecou, imediatamente escondeu-se de Deus, pois o peca­do afasta o homem de seu Criador (Gn 3.8b). Todavia, Deus, por seu amor indizível, busca o pecador a fim de restaurá-lo e livrá-lo da servidão do pecado (Gn 3.8,9,21 ).
Lá no Éden, o Se­nhor proferiu uma sen­tença acerca da serpente dizendo que sua cabeça seria esmagada. Esta foi a primeira promessa de redenção da humanidade (Gn 3.15). A Bíblia nos garante que na eternidade Deus em Cristo nos abençoou com todas as bênçãos espirituais e elegeu-nos, predestinando-nos para filhos de adoção (Ef 1.3-5). Assim, pela providência de Deus, hoje somos seus filhos, salvos e herdeiros da coroa da vida (Ap 2.10; 2Tm 4.7,8). Esse poder de filiação é tão expressivo que nos tira da dimensão terrena para a celestial (Jo 1.12,13; CI 3.1-3).
A salvação hoje. O após­tolo João, em sua primeira epístola, usa a expressão “filhos de Deus” para identificar os crentes como criancinhas, nascidas de novo (1Jo 2.1 ,12,28). A referida expressão está relacionada à comunhão e à convivência da criança com seus pais. Através da regeneração, Deus colocou em nós uma nova natureza (Jo 3.5,6), sem a qual não teríamos nos tornado novas criaturas (2 Co 5.17). Essa nova natureza, oriunda de Deus, habilita-nos a um novo estilo de vida, que nos conduz à boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Esta divina natureza é completamente estranha aos que não conhecem a Cristo. É por isso que o mundo nos aborrece (1 Co 2.15,16; 1 Pe 4.3,4).
O fato é que estamos de pas­sagem neste mundo. Aqui, somos estrangeiros e forasteiros (Hb 11.13; 2 Pe 2.11). Quando Cristo voltar, estaremos para sempre com Ele (Jr 31.3; Rm 5.8).

II. JESUS, O AUTOR DA SALVAÇÃO (HB 5.9).
Ao falarmos da missão salvífica de Jesus, devemos realçar seu nascimento, porque, sem o seu sacrifício, como propiciação pelos nossos pecados, jamais teríamos o poder de sermos feitos filhos de Deus (1 Jo 2.2; 1 Pe 2.24).
Em decorrência do pecado, a humanidade ficou sob o domínio de Satanás. Só Cristo poderia mudar essa situação, e de fato o fez: resgatou-nos das garras do Diabo, pagando um alto preço por nossa redenção (1 Pe 3.18). “Sabendo que não foi com coi­sas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pe 1.18,19). Cristo nos resgatou com seu precioso sangue: “Sem derramamento de sangue não há remissão de pe­cados (Hb 9.22; Mc 10.45; 1 Co 6.20; 1 Tm 2.6).
Resgatados da prisão do pecado. Uma vez resgatado por Jesus, o crente precisa crescer e desenvolver-se na vida cristã. A Bíblia afirma que “se alguém está em Cristo, nova criatura é” (2 Co 5.17). Portanto, não existe meio termo. Ou a pessoa está em Cristo ou está sem Cristo. Está salva ou perdida. Permanecer salvo, do lado humano, depende da nossa disposição de seguir a Cristo até o fim (Hb 3.14; 1 Co 1.8; Mt 10.27). A salvação não é somente um ato, mas também um processo que requer exercício e vigilância (1Co 10.12). É a nossa união com Cristo que nos mantém salvos (Jo 15.4,10). E essa união não consiste numa simples relação afetiva com Jesus, mas numa inserção integral no Ser divino (Jo 15.5).
O Espírito Santo é o mantenedor da salvação. É o Espírito Santo que aplica a salvação à nossa vida. Ele é o guardião que ajuda o crente a alcançar a estatura completa de Cristo (Ef 4.13; 2 Co 3.18; 2 Tm 4.18).
a) O Espírito Santo convence. Ele convence plenamente o ho­mem das realidades espirituais do Evangelho, especialmente no que diz respeito ao pecado, à justiça e ao juízo divino ( Jo 16.8-11). Ele re­gistra nitidamente essas verdades na mente do homem fazendo-o entendê-las e reconhecer que elas são vitais para a sua vida aqui e no além. É o Espírito de Deus que faz o crente entender a Palavra lida e ouvida, para que ele cresça e se fortaleça (2 Tm 3.16,17).
b) O Espírito Santo habita no crente. Ele habita permanentemente na pessoa que, arrependida dos seus pecados, pela fé aceitou a Cristo e nasceu de novo (Jo 14.16,17; 1 Pe 1.23). É a presen­ça do Espírito Santo atuando em nós que nos dá a certeza de que pertencemos a Deus (1 Jo 4.13; 3.24; 1 Co 3.16).
c) O Espírito Consolador. É o Espírito Santo que confirma no íntimo do crente que, em Cristo, somos filhos de Deus, dando se­gurança espiritual aos nascidos de novo (Rm 8.15,16).
d) O Espírito Santo promove crescimento e fortalecimento espiritual. Ele produz em nós o seu fruto (GI 5.22,23). A Bíblia, na Epístola aos Romanos, trata das bênçãos do Espírito na vida do crente fiel (Rm 8.4-13). É im­possível ao crente viver a vida que agrada a Deus sem o auxílio do Espírito Santo. A recíproca é ver­dadeira: se somos filhos de Deus pela conversão, e o seu Espírito habita em nós, devemos viver em santidade e justiça (Lc 1.75). A santificação é um processo inicia­do e levado a efeito pelo Espírito Santo durante toda a nossa vida. (2 Co 7.1; 6.1-3).

CONCLUSÃO
Vemos nesta lição a Trinda­de empenhada na salvação do homem, unida em prol do relacionamento íntimo do homem com Deus. A responsabilidade do homem é aceitar, sem restrições, o amor de Deus e o sacrifício vicário de Cristo, permitindo, incondicionalmente, que o Espírito trabalhe em sua vida.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

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