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A nossa aliança com Deus
Hoje, em nosso país e mundo afora, temos muitas denominações evangélicas. São igrejas maravilhosas, são nossos irmãos, mas com nomes e doutrinas diferentes. Algumas igrejas levantam questões doutrinárias e começam a dividir o corpo de Cristo por doutrinas de homens.
Já conheci uma igreja em que ninguém podia usar a cor preta. No início da fé cristã, não existiam questões como ver televisão, jogar bola… O que existia era a doutrina da circuncisão e incircuncisão. As pessoas eram divididas entre circuncisos e incircuncisos. Mas Paulo disse, em 1 Coríntios, capítulo 7, verso 19: “A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar as ordenanças de Deus”. Ela, contudo, era uma condição necessária na nacionalidade judaica. Toda criança de sexo masculino devia ser circuncidada no oitavo dia de seu nascimento. Nenhum estrangeiro podia comer o cordeiro na celebração da Páscoa, a não ser que todos os varões de sua família fossem circuncidados, tornando-se, portanto, realmente judeu (Êx 12.48).
Na igreja primitiva, levantou-se a questão quanto à obrigação da circuncisão dos gentios que se convertiam ao Cristianismo, dando causa a grandes inquietações. Mas, em Jerusalém, os apóstolos e os presbíteros decidiram que os gentios estavam inteiramente livres de toda obrigação a respeito de qualquer rito judaico (At 15.22-29). Todavia, o Cristianismo apoderou-se do significado espiritual da circuncisão.
No Antigo Testamento, aplicava-se a qualificação de “incircunciso” aos lábios, ouvidos e coração (Êx 6.12; Jr 6.10; Lv 26.41). Declara-se, no Novo Testamento, que a verdadeira circuncisão é a “do coração, no espírito, não segundo a letra” (Rm 2.29). São os cristãos que, pela sua fé, constituem a circuncisão no sentido espiritual. Então, querido, não é uma questão de doutrina, mas o que importa é obedecer a Deus. Quando Jesus derramou seu sangue ali na cruz do Calvário, Ele, pela graça, pelo sacrifício de dar a sua própria vida por nós, justificou toda a humanidade. E, por conta disso, hoje, pela fé em Jesus, somos circuncidados no coração, no espírito – temos assim, por meio de Jesus, a aliança com Deus. A nossa fé não é uma religião. A nossa fé é um relacionamento com o Senhor. Não adianta seguir as doutrinas e viver a vida de maneira errada. A palavra diz que o que importa é guardar as ordenanças de Deus. E uma das ordenanças do Senhor é: amar a Deus de todo o coração, de todas as suas forças, com todo o teu entendimento e amará o teu próximo como a ti mesmo. Isso é fé, isso é aliança.
Extraído
Postado por: Pb. Ademilson Braga