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Adultos - Betel

A justiça moral e ética do reino de Deus

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 133 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 05 – 31 de julho de 2022

TEXTO ÁUREO

“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Romanos 10.4

VERDADE APLICADA

O que distingue o autêntico discípulo de Cristo é um viver que expressa, em todas as suas dimensões, a mudança interior operada pelo Espírito Santo e a Palavra de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mateus 5

17- Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18- Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19- Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
20- Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Dt 6
O fim da lei é a obediência.
Terça-feira – Sl 65
Louvor a Deus pelas bênçãos recebidas.
Quarta-feira – Jr 9.23-26
É tempo de conhecer o Senhor.
Quinta-feira – Os 10.12-15
É tempo de buscar o Senhor.
Sexta-feira – Mt 5.17-20
O cumprimento da lei e dos profetas.
Sábado – Rm 14.13-23
A liberdade e a caridade.

INTRODUÇÃO

Qual é a justiça que Deus aceita? Qual é a relação dos ensinamentos de Jesus com a lei? Jesus responde a essas perguntas com afirmações categóricas ao confrontar a interpretação legalista e externa dos fariseus.

I – ENTENDENDO OS PRECEITOS DA LEI

Além de estabelecer um novo período na interpretação da lei em Israel, Jesus afirmou que a lei é tão importante que nem sequer o menor detalhe escrito deixará de se cumprir (Mt 5.17-18).

  1. O que é uma lei e para que ela serve? Lei é um sistema de regras, que são criadas e executadas por meio de instituições sociais ou governamentais para regular comportamentos. As leis foram criadas para organizar a sociedade e por consequência a civilização, estabelecendo o que cada indivíduo poderia ou não fazer. Eram as leis que determinavam o que era certo e o que era errado (Rm 3.20b). Em suma, as leis tentam prevenir ou reprimir certos comportamentos por meio de punição, para que haja equilíbrio. Infelizmente, lei alguma pode mudar o coração humano, mesmo com a ameaça de punição, porque o problema da natureza humana não pode ser resolvido por padrões externos. Por isso, Cristo apresentou uma nova forma de vida, onde tudo começa no interior do coração humano (Jr 31.33; Mc 7.21).
  2. O caráter fundamental da lei divina. A lei sempre foi o espelho que protegeu os homens para que não fossem consumidos pela glória de Deus. Devido à natureza pecaminosa do ser humano, este ficou impedido de ter acesso à presença de Deus devido à Sua santidade (Is 59.2; Rm 3.23). Foi mediante a revelação da lei que a humanidade teve um conhecimento mais ampliado acerca da santidade de Deus (Lv 19.2; 20.7). Nisto entendemos que o pecado não é pecado apenas porque prejudica a sociedade ou um de seus membros, ou alguém que o comete. Pecado é pecado porque não se identifica com a santidade de Deus, e tudo aquilo que não tem vínculo com a santidade de Deus é pecado.
  3. As exigências da lei. A lei continha uma absoluta exigência, de modo que se alguém guardasse toda a lei, mas violasse um mínimo ponto, pela lei era culpado e deveria ser sentenciado (Tg 2.10). O Dr. Pentecost comentou: “Ninguém por si mesmo poderia alcançar a santidade de Deus, nem andar nos preceitos divinos de modo que se tornasse aceitável a Deus”. Os escribas conheciam perfeitamente as exigências divinas tocantes à conduta dos justos, todavia, admitiam não poder atingir esse padrão. Daí criaram um sistema que, em essência, burlava as exigências da lei, possibilitando aos homens atingir um conjunto de padrões substitutivos, nos quais declaravam que se alguém vivesse segundo a interpretação que eles davam à lei, seria aceitável a Deus. Mas eram fardos pesados que nem eles mesmos carregavam (Mt 15.7-9; 23.1-5).

II – OS ESCRIBAS E A LEI

Na época de Jesus, o que constituía a verdadeira religião e o verdadeiro serviço a Deus para o judeu ortodoxo era a lei dos escribas.

  1. Os escribas e suas funções. Para os hebreus, o escriba era o copista das Sagradas Escrituras e, mais tarde, intérprete da lei. O trabalho dos escribas era considerado muito amplo e importante, e eles eram vistos como professores. Posteriormente, quase todas as nações começaram a ter escribas e esse trabalho tornou-se essencial tanto econômica quanto religiosamente (Ed 7.1-6; Ne 8.1-8; Lc 5.17).
  2. A diferença entre o escriba e o fariseu. Os escribas e fariseus quase sempre são mencionados um ao lado do outro, mas embora os escribas pertencessem ao grupo dos fariseus, eles não eram os mesmos (Mt 5.20; 12.38; Mc 7.1; Lc 5.21; 11.53). As principais diferenças entre escribas e fariseus são as seguintes: os escribas se encarregavam de redigir documentos importantes, os fariseus se encarregavam de representar a nação; os escribas eram intelectuais encarregados dos serviços de secretaria, os fariseus conheciam as leis e se encarregavam da instrução oral. Os escribas registravam e mantinham contas financeiras, os fariseus cuidavam dos negócios. Os escribas davam mais importância ao culto e à intelectualidade, os fariseus eram ligados à religião e suas doutrinas.
  3. Os escribas e a interpretação da lei. William Barclay informa que os escribas já estavam em evidência desde o retorno do cativeiro babilônico (Ed 7.6, 11, 21; Ne 8.1-8). Eles, durante muitas gerações, transmitiram a lei de maneira oral, e esta foi conservada de geração a geração de escribas. Para o judeu ortodoxo dos tempos de Jesus, a obediência a Deus envolvia a observância de milhares de regras e estatutos legalistas; consideravam literalmente essas meticulosas disposições como questões de vida ou morte, que tinham a ver com seu destino eterno. Eles acreditavam que o que não estava claro na lei, deveria estar implícito, e, por um procedimento lógico de dedução, criaram milhares de regras, estatutos e regulamentos, essa era a lei dos escribas (Mt 5.20).

III – JESUS CRISTO E O CUMPRIMENTO DA LEI

A fé cristã era, nos primeiros anos da igreja, percebida como uma nova religião, que buscava derrubar a lei ancestral dos judeus. Mas Jesus, de maneira intrigante, afirmou que não veio para ab-rogar a lei, e, sim, para cumpri-la (Mt 5.170.

  1. Jesus não veio anular a lei. Em vez de eliminar o que Deus havia revelado sobre Sua vontade para Seu povo nas Escrituras Hebraicas, o propósito de Jesus para seu ministério terreno é resumido na fórmula: “eu vim para cumpri-los” (Mt 5.17). A ideia de “cumprimento” vai além da obediência (ou seja, guardar a lei), embora a inclua. Indica que Jesus não só cumpre certas funções antecipadas, mas também que sua interpretação das Escrituras completa e esclarece o propósito de Deus por meio da lei. Tudo o que o Antigo Testamento pretendia comunicar da parte de Deus sobre a vontade, as esperanças e o futuro para a humanidade, encontra o seu significado mais completo em Jesus (Rm 10.40.
  2. Jesus afirmou que toda a Escritura se cumprirá. Jesus afirma que: “Enquanto o céu e a terra existirem, nem um jota, nem um til passará da lei até que tudo seja cumprido”. Ou seja, embora a criação inteira pudesse deixar de existir, o que Deus disse nas Escrituras é muito mais permanente do que isso. Em seguida, exorta Seus ouvintes a não violarem o mandamento, nem mesmo o menor, seja por ignorância ou egoísmo, interpretando mal ou manipulando o significado de um texto vinculativo e ensinando outros a fazerem o mesmo. Este seria chamado menor no reino, enquanto o que “cumpre e ensina” será chamado grande (Mt 5.18-19).
  3. A justiça do reino. Os escribas e fariseus eram considerados os mais piedosos de todos os partidos político-religiosos devido ao seu rigoroso estudo e ensino da lei (Lc 18.9-14) Eram as pessoas mais importantes na sociedade judaica e, portanto, Jesus estava dizendo que a nossa justiça deve exceder a deles. Qual o tipo de justiça que o Senhor requer de Seus servos? A que vem do coração, não de atos exteriores. Nenhum homem pode entrar no reino de Deus por conta própria (Sl 49.7-80. A grande bênção da graça divina é que através do Espírito Santo, o Senhor coloca Sua lei em nosso coração (Jr 31.33). Somente aquele que experimenta o novo nascimento pelo Espírito Santo tem condições de cumprir tal ordenança (Mt 5.20).

CONCLUSÃO

Cristo cumpriu o que nenhum outro homem poderia cumprir. NEle fomos justificados, não por obras, mas por Seus méritos. Aquilo que era impossível ao homem, agora se tornou possível na pessoa de Cristo (Hb 10.14-18).

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

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