A imprudência do rei Uzias

Uzias, um dos maiores reis de Judá, reinou durante 52 anos, de 756 a 808 A.C. (A. R. Bukland). O seu reino for­taleceu-se grandemente, sendo marcado por aconteci­mentos importantes, entre os quais a campanha movida contra os edomitas, a sujeição dos filisteus e certos grupos arábicos, a construção de poderosos engenhos a fim de proteger Jerusalém e a invenção de dois tipos de armas para arremesso de grandes pedras e dardos.

Esse rei foi engrandecido diante de outros povos, sua fama correu de cidade em cidade, seu reino consolidou-se, porque buscava a Deus e pedia a Sua orientação.

Depois de tantos acontecimentos marcantes; um espí­rito cruel e impiedoso invadiu-lhe o coração. Exaltou-se. E quando o homem se encontra possuído desse espírito, é capaz de tudo.

Foi exatamente o que aconteceu com Uzias. Deus o havia chamado para governar, e não para as atividades sacerdotais. Mas ele se imaginou poderoso e capaz de realizar os serviços dos sacerdotes, talvez por achar bonito aquele cerimonial. Um dia, entrou no templo e, com o incensário na mão, preparou-se para queimar o incenso, quando surgiu Azarias com os demais companheiros, que lhe disseram: “A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este mister”. O rei, em vez de humi­lhar-se, ficou indignado com os sacerdotes. A falta já estava cometida a, por isso, ficou leproso. Abandonou ime­diatamente o seu palácio e passou a viver fora da cidade até o dia da sua morte.

Desta dura lição concluímos que nos dias atuais ainda existem alguns “Uzias”. Julgam poder fazer tudo na igre­ja, sozinhos. Na casa de Deus há trabalho para todos. Uns são chamados para ministrar a Palavra, outros para cui­dar do tesouro (não para serem donos), alguns para coo­perar nas diversas áreas da Igreja. Assim, todos poderão trabalhar, pois Deus chama e coloca cada um no seu devi­do lugar.

Postado por: Pb. Ademilson Braga