Artigos
A Importância da Segunda Vinda de Cristo
“Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada à trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares.”
A Segunda Vinda de Cristo é mencionada na Bíblia oito vezes mais do que a primeira, ou seja, o seu nascimento virginal. Encontramos 300 referências a respeito no Novo Testamento, das quais 50 estão nas cartas paulinas. Capítulos inteiros – Mateus, 24, Marcos 13 e Lucas 21 – são dedicados ao assunto. Paulo escreveu duas epístolas aos crentes de Tessalônica para explicar-Ihes esta gloriosa esperança da Igreja. Evidentemente, esses irmãos se tinham esquecido do ensino do apóstolo acerca da ressurreição dos mortos, do rapto da Igreja e da revelação de Jesus Cristo. Estavam entristecidos sobre os irmãos falecidos, como se estes jamais ressuscitassem, provavelmente influenciados pela antiga opinião filosófica grega de que somente a alma seria ressuscitada, excluindo-se o corpo físico. Nessa época, aqueles cristãos passavam também por grandes perseguições e, em razão disso, eles se equivocaram pensando que a Grande Tribulação já tivesse começado. A fim de corrigir tais distorções, Paulo escreveu-lhes as duas epístolas. Vejamos seus assuntos.
Inicialmente, meditemos sobre a ressurreição dos mortos. A igreja tessalonicense chegou à falsa conclusão de que, apenas, os que estivessem vivos por ocasião da vinda de Cristo seriam arrebata
dos. Então, Paulo lhes esclareceu: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem (ou seja, os falecidos em Cristo), para que não vos entristeçais, como os demais (isto é, os pagãos), que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará trazer com ele”, I Ts 4.13,14. Continuando, ele informa que os vivos não precederão os ressuscitados no arrebatamento. Pelo contrário, diz Paulo: “…os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares…” I Ts 4.16,17.
Isto significa que todos os salvos, estejam vivos ou mortos, se encontrarão com Jesus nos ares, uma vez que foram redimidos por seu precioso sangue.
O arrebatamento é, também, ensinado na Bíblia com a mesma objetividade. Será um evento repentino, secreto ao mundo, que ocorrerá em questão de segundos. Paulo mesmo afirmou: “…todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos…” I Co 15.51,52. Os cristãos que estiverem “corruptíveis” (mortos) na sepultura, de um momento para o outro, tornar-se-ão incorruptíveis. Aqueles que estiverem em estado mortal, isto é, vivos mas sujeitos à morte, tornar-se-ão imortais. Seja qual o grupo em que nos encontrarmos nessa hora, todos seremos arrebatados à presença de Cristo, nas regiões celestiais, e revestidos de corpos glorificados. “Assim estaremos sempre com o Senhor”, I Ts 4.17.
Na segunda epístola aos tessalonicenses, cap. 2.1, o apóstolo rogou “pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele”. Essa última expressão define muito bem o que será o arrebatamento da Igreja. Seremos “reunidos” na presença de Cristo em algum ponto, “nos ares”, reservado por Deus para esse glorioso acontecimento, no qual os incontáveis milhões de salvos de todos os tempos tomarão parte.
Talvez alguém pergunte a respeito da época em que ocorrerá o arrebatamento. Jesus afirmou que ninguém sabe o dia nem a hora em que há de voltar, Mt 24.36.
Paulo disse que a segunda Vinda de Cristo seria inesperada, como a visita de um ladrão. Há tempos atrás, de madrugada, um assaltante arrombou nossa residência. Foi uma surpresa desagradável verificarmos que diversos objetos de valor tinham desaparecido! O arrebatamento será também de surpresa para o mundo, mas não para os “filhos da luz”, os salvos do Senhor, I Ts 5.5. Paulo exorta-nos, dizendo: “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”, v.6. Na mesma passagem o apóstolo adverte: “…quando disserem: Há paz: e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo algum escaparão”, I Ts 5.3. Em outras palavras, quando o mundo estiver sendo levado a crer que não haverá mais perigo de guerra, é justamente nessa hora em que Jesus virá! Isto já está ocorrendo! Existe um vislumbre de uma falsa paz no horizonte do mundo! O retorno de Cristo se pode dar a qualquer momento. Os estudiosos estão convencidos de que as profecias referentes aos fatos anteriores ao arrebatamento já se cumpriram e que o próximo evento no calendário divino será a vinda de Cristo.
A aparição do Anticristo e, posteriormente, a revelação de Cristo em glória também se encontram dentro do contexto da escatologia. Paulo, na segunda carta aos irmãos de Tessalônica, exortou-os, dizendo: “…não vos moveis facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, que por palavras, quer por epístola, como enviada de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto”, II Ts 2.2. A versão revisada traduz mais corretamente a última parte do versículo: “supondo tenha chegado o dia do Senhor”. Paulo avisa que o “dia do Senhor”, isto é, a Grande Tribulação, descrita no livro de Daniel, em Mateus 24 e no Apocalipse, não virá enquanto a Igreja estiver na terra e o “homem da iniqüidade”, ou seja, o Anticristo, não for revelado. Ele informa ainda que a presença da Igreja aqui impede a revelação do Anticristo. O espírito de anarquia e violência cresce cada vez mais e só chegará ao seu ponto máximo nos dias do líder mundial. Mas a maldade não ficará impune. A ira de Deus tomará a forma de horríveis pragas jamais conhecidas entre os homens. Então, no final desse período, Cristo se revelará do céu como o “Leão da tribo de Judá” e fará guerra contra o Anticristo, “a quem desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”, II Ts 2.8. Logo depois, o Senhor estabelecerá seu reino sobre a terra e regerá toda humanidade durante mil anos.
Certa vez um navio estava parado à entrada da barra. A tempestade e uma forte cerração impediam que o capitão o levasse até o porto. Alguém queria aventurar-se de qualquer maneira, mas ele, homem prudente, disse; “Não, aqui precisamos de um piloto! Eu o esperarei, nem que seja por uma semana”! Ele esperou até que a pessoa indicada chegou e conduziu aquela embarcação com segurança. A Igreja é como aquele navio. Ainda não chegou o “Piloto”, o tempo é difícil, mas Jesus vem breve e nos conduzirá ao porto celestial. Esperemo-Io com paciência. Fiquemos firmes! Jesus, nossa esperança, voltará!
Extraído
Postado por: Pb. Ademilson Braga