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A doutrina do culto levítico

Publicado

em

LIÇÃO – 318 05 de agosto de 2018

TEXTO ÁUREO

“Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1).

VERDADE PRÁTICA

Tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado, principalmente o nosso ser.

INTRODUÇÃO

No livro de Levítico, há uma teologia sublime e altamente devocional, cujo objetivo é levar o crente israelita a reconhecer três verdades:

1) tudo quanto existe foi criado por Deus;

2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e

3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.

Se observasse esse princípio, o povo de Israel ver-se-ia livre dos resquícios da idolatria do Egito, prevenindo-se didaticamente quanto às abominações de Canaã.

Nesta lição, veremos que a essência do culto levítico é conduzir o crente a adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem. Porque tudo pertence ao Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva. Essa consagração, porém, só terá eficácia se começar pelo nosso próprio ser (Rm 12.1-3).

I. A TERRA É DO SENHOR

O livro de Levítico reafirma, através de suas ações litúrgicas, as mensagens do Gênesis e do Êxodo. Ele mostra que Deus, sendo o Criador dos Céus e da Terra, tem de ser adorado por tudo quanto existe e por tudo que temos.

Deus é o Criador dos Céus e da Terra. Se o Gênesis mostra que Deus criou tudo quanto existe, o Levítico reivindica dos israelitas que consagrem tudo ao Senhor (Gn 1.1; Lv 1.17). Ao mesmo tempo, exorta-os didaticamente, por meios das ofertas e dos sacrifícios, que nenhum ídolo pode ser honrado como o nosso Deus (Lv 19.4; Is 42.8).

Deus é o libertador de Israel. O livro de Levítico patenteia aos filhos de Israel que Deus é o libertador de seu povo. Por esse motivo, nenhum israelita poderia comparecer diante do Senhor de mãos vazias (Êx 23.15; IICo 9.7).

Israel é o templo de Deus. A teologia de Levítico tinha por objetivo também conscientizar Israel de sua vocação divina (Lv 20.26). Logo, toda a nação israelita era (e no futuro o será) um templo de adoração ao Senhor (Lv 10.3). Isso significa que o povo hebreu não se limitava a ser uma mera teocracia, mas a comunidade de adoração por excelência ao Senhor (Lv 9.23).

II. OS ANIMAIS E OS VEGETAIS SÃO DO SENHOR

A teologia do Levítico mostra a criação como serva do Criador. Por essa razão, os animais e os vegetais, em Israel, não eram adorados, mas serviam para adorar a Deus.

No Egito, os animais eram deuses. Os egípcios não faziam distinção entre o Criador e a criação, nem estavam preocupados em distinguir os animais limpos dos impuros. Por isso, adoravam o boi, o crocodilo, o falcão, o gato, etc. (Rm 1.25). Eis porque Deus, ao punir o Egito com as dez pragas, mostrou quão inúteis eram aqueles deuses.

Os animais e a adoração a Deus. Ao contrário dos egípcios, os israelitas não se davam ao culto dos animais, mas entregava-os em sacrifício ao Senhor (Lv 1.2). Além disso, faziam distinção entre os animais limpos e impuros (Lv 11). Nesse sentido, o povo de Israel sabia que os animais não são deuses, e, sim, criaturas do Deus, que, bondosamente, o sustenta (Sl 104.14).

Os vegetais e a adoração a Deus. Se por um lado, a Lei de Deus preconiza a preservação da natureza, por outro, condena a idolatria da natureza como acontecia em algumas antigas culturas cananeias e no período de apostasia dos judeus (IRs 14.23). Em Israel, os frutos da terra serviam para louvar e enaltecer a Deus (Lv 23.10).

III. O SER HUMANO É DO SENHOR

A teologia do Levítico preconiza a sacralidade da vida humana como imagem e semelhança de Deus. Em Israel, ao contrário das culturas cananeias, estava proibido o sacrifício humano, pois o verdadeiro sacrifício a Deus é um coração humilde e contrito (Is 57.15).

O ser humano é a imagem de Deus. O livro de Levítico corrobora a teologia do Gênesis, ao mostrar que o ser humano foi criado por Deus (Gn 1.26). Portanto, há vários dispositivos, visando promover o ser humano como a obra prima das mãos divinas. Por esse motivo, o crente israelita era intimado a cuidar de seu corpo tanto exterior quanto interiormente (Lv 20.7). Nem marcas nem tatuagens eram admitidas (Lv 19.28). Ou seja, o ser humano só agradará a Deus se buscar a excelência divina em toda a sua maneira de ser, existir e pensar.

A vida humana é sagrada. O crente israelita é exortado a ver a vida humana como sagrada. Por isso mesmo, não poderia, sob hipótese alguma, consagrar sua descendência aos ídolos (Lv 18.21). Portanto, toda a nação de Israel, como propriedade exclusiva do Senhor, ao Senhor tem de ser consagrada.

O ser humano é servo e adorador a Deus. Sendo Israel o povo do Senhor, deve, por conseguinte, dedicar-se totalmente ao serviço divino, oferecendo-lhe sacrifícios, celebrando seus grandes feitos e adorando-o na beleza de sua santidade (Lv 1.2; 23.2).

O sacrifício pacífico. A teologia do livro de Levítico tinha por objetivo, antes de tudo, levar o israelita a servir voluntária e amorosamente a Deus. Esse ideal é realçado pelo salmista (Sl 100.2). A síntese desse ensinamento está no sacrifício pacífico com que Israel mostrava a sua gratidão ao Senhor (Lv 7.11-17). Quanto a nós, somos exortados a oferecer a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por mediação do Espírito Santo, sacrifícios de louvores (Hb 13.15).

CONCLUSÃO

Nós somos o templo do Espírito Santo (ICo 6.19). E, como tais, somos intimados a andar em novidade de vida, consagrando tudo ao Senhor, a começar por nós mesmos (ITs 5.23). Se não nos ofertarmos amorosa e incondicionalmente a Deus, e usarmos o nosso corpo para o pecado, como estaremos diante de Deus? Seremos réus diante dEle (ICo 6.18-20).

A essência da teologia do Levítico continua válida ainda hoje. O Deus que exortou Israel à santidade requer, de igual modo, a nossa santificação (Lv 19.2; ITs 4.3).

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

 

 

 

 

 

 

 

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