Connect with us

Adultos - CPAD

A desconstrução da masculinidade bíblica

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 589 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 06 – 06 de agosto de 2023

TEXTO ÁUREO

“E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.” (Gn 2.15)

VERDADE PRÁTICA

O homem foi criado com qualidades que expressam virilidade, responsabilidade e liderança.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Gn 1.2 7
Deus criou o ser humano e os definiu pelo sexo: macho e fêmea
Terça-feira – Gn 2.15
A o criar o homem , Deus lhe confiou duas tarefas: cultivar e guardar o jardim
Quarta-feira – Rm 1.26,27
O uso antinatural da sexualidade é condenado nas Escrituras
Quinta-feira – Ez 22.30
Deus procura homens capazes para reverter situações adversa
Sexta-feira – Rt 3.8
O autocontrole e moderação nos instintos sexuais
Sábado – Rt 4 -13-16
Espera-se do homem cristão um caráter protetor e provedor para toda a sua família

LEITURA BÍBLICA

Rute 4

7 – Havia, pois, já de muito tempo este costume em Israel, quanto à remissão e contrato, para confirmar todo negócio, que o homem descalçava o sapato e o dava ao seu próximo; e isto era por testemunho em Israel.
8 – Disse, pois, o remidor a Boaz: Toma-a para ti. E descalçou o sapato.
9 – Então, Boaz disse aos anciãos e a todo o povo: Sois, hoje, testemunhas de que tomei tudo quanto foi de Elimeleque, e de Quiliom, e de Malom da mão de Noemi;
10 -e de que também tomo por mulher a Rute, a moabita, que foi mulher de Malom, para suscitar o nome do falecido sobre a sua herdade, para que o nome do falecido não seja desarraigado dentre seus irmãos e da porta do seu lugar; disto sois hoje testemunhas.
11 – E todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; O Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém.
12 E seja a tua casa como a casa de Perez (que Tamar teve de Judá), da semente que o Senhor te der desta moça.

INTRODUÇÃO

O conceito progressista de ruptura dos padrões bíblicos atua na desconstrução da masculinidade. Assim, os marcos judaico-cristãos do papel do homem são questionados. Nesse contexto, a masculinidade e relativi­zada e o modelo bíblico de homem, desconstruído. Nesta lição, apresentaremos o mandato divino para o homem, as ofensivas de desmasculinização e o exemplo de masculinidade bíblica que Deus requer do homem cristão.

I – A MASCULINIDADE BÍBLICA

1- A criação divina do ser humano. Deus é o Criador de todas as coisas nos céus, na terra e no mar (Gn 1.1; At 4.24). A Escritura registra que Ele criou o ser humano e o definiu pelo sexo: macho e fêmea, homem e mulher (Gn 1.27). Essa diferenciação visa ao complemento mútuo na união conjugal e ao desempenho dos papéis divinamente designados a cada um (I Co 11.11,12). Desse modo, pode-se afirmar que nenhuma outra criatura foi feita como o ser humano. Os peixes, as aves e todos os outros animais foram produzidos “segundo a sua espécie” (Gn 1.21,24,25). Entretanto, ao criar o ser humano, Deus o fez olhando para si mesmo, isto é, sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26). Por conseguinte, o ser humano é considerado a coroa da Criação.
2- Características da masculinidade. As Escrituras revelam um conjunto de características do papel do homem na história, bem como segundo a sua constituição biológica. Ao criar o homem, Deus lhe confiou duas tarefas primárias e essenciais: cultivar e guardar (Gn 2.15). Esses dois termos resumem o mandado divino para o comportamento masculino. Significa que as funções de provedor e protetor são próprias da natureza do homem. Nesse sentido, Paulo ratifica que cabe ao homem proteger sua esposa e família, bem como prover-lhes uma vida digna (Ef 5.28-30). Ressalta-se que a “masculinidade bíblica” enaltece o amor e o cuidado em relação à mulher e que “o machismo” a inferioriza e a desonra. Nesse aspecto, a Bíblia ensina ao homem a honrar a mulher com toda a dignidade (I Pe 3.7).
3- A liderança masculina. Deus confiou ao homem a responsabilidade da liderança (Gn 1.26; 3.16). Na Bíblia, Deus é a cabeça de Cristo; Cristo é a cabeça do homem; e o homem é a cabeça da mulher (I Co 11.3). O movimento feminista, de viés neomarxista, considera esse modelo como um sistema machista opressor para com a m mulher. Ao contrário dessa falácia, o apóstolo Paulo revela que o homem deve liderar a sua casa do mesmo modo que Cristo lidera a Igreja (Ef 5.29). Uma vez que Cristo se entregou pelo bem-estar da Igreja, a liderança masculina requer a prática de algum tipo de sacrifício pela mulher (Ef 5.25b). Nesse sentido, no exercício da liderança, o homem deve evidenciar virtudes, tais como: fortaleza, sabedoria, coragem , amor e respeito (Jz 6.14; II Cr 1.10; Ne 6.11; Jo 15.12,13).

II – A EROSÃO DA MASCULINIDADE

1- Apologia a homossexualidade. Em tempos pós-modernos, a “ideologia de gênero” faz contínuas investidas de legitimação da homossexualidade. Esse conceito ignora as características físicas e biológicas, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. Essa concepção invalida a criação divina da raça humana como ser binário “masculino” e “feminino” (Gn 1.27). Ensina que a identidade de gênero e a orientação sexual independem da anatomia do corpo. Assim, não aceita que os órgãos do sistema reprodutor humano sirvam de parâmetro para a sexualidade. Como consequência, a sexualidade antinatural e incentivada (Rm 1.26,27). Disso decorre uma crise do comportamento masculino no tempo presente (I Co 6.10).
2- Responsabilidade negligenciada. Em virtude da relativização da masculinidade, o modelo bíblico vem sendo abandonado. A identidade masculina, que deveria estar associada à virilidade, à capacidade de prover e proteger a família, é substituída por indivíduos de duplo ânimo, vacilantes e inconsequentes (Tg 1.8). Uma parcela é incapaz de sustentar a sua própria casa, não pelo desemprego, mas pela aversão ao trabalho (Pv 21.25). Os efeitos desse comportamento resultam em inúmeros casos de desajustes familiares e divórcio.
3- Crise de liderança. A crise de masculinidade tem gerado homens incapazes de exercer liderança. Uma sociedade sem líderes eficazes transforma-se em anarquia. No período do profeta Ezequiel, Jerusalém estava imersa na corrupção, fraudes, mentiras, opressão, extorsão, imoralidade, injustiça e violência (Ez 22.2-13). Deus revelou ao profeta que uma das causas do juízo iminente era crise de liderança e que procurava alguém para reverter a situação (Ez 22.30). Nesse caso, Deus ainda procura esse tipo de homem na atualidade (I R s 2.2).

III – BOAZ: SÍMBOLO BÍBLICO DE MASCULINIDADE

1- Modelo de generosidade. Boaz é um grande símbolo de masculinidade bíblica. Ele era um parente de Elimeleque, o falecido esposo de Noemi (Rt 2.1). Esta perdera o marido, os filhos e ficará apenas com a moabita Rute, uma de suas noras, também viúva e sem filhos (Rt 1.3,5,16). Para sobreviver, Rute foi trabalhar no campo de Boaz (Rt 23,5,6). Ao saber que Rute deixará a sua terra para apoiar a sogra, Boaz a tratou com generosidade (Rt 2 .11,12). Ele se dirigiu a ela com ternura (Rt 2.8); a protegeu para não ser molestada (Rt 2.9); a alimentou (Rt 2.14); e ordenou que fosse favorecida na colheita (Rt 2.15,16). Porém, pela lei, uma viúva sem filhos só poderia ser resgatada pelo casamento com um parente próximo do falecido (Dt 25.5,6; Rt 4.9,10). Assim, apesar da com paixão de Boaz, Noemi e Rute ainda estavam em apuros.
2- Modelo de responsabilidade. Ao prometer resgatar Rute e a herança de Elimeleque, Boaz estava ciente que o direito era de um parente mais próximo que ele (Rt 3.12,13). Assim, movido pelo senso de responsabilidade, liderança e honra, Boaz levou o caso aos anciãos (Rt 4.1,2). Na audiência, explicou que as terras estavam à venda e aquele que as comprasse deveria casar-se com Rute (Rt 4.4,5). O parente que tinha a primazia autorizou Boaz a comprar as terras e se casar com a moabita (Rt 4.6,9,10). Ao adquirir a propriedade e tomar Rute por mulher, Boaz tornou-se o provedor e protetor daquela família (Rt 4.13-16). O casal gerou a Obede, avô do Rei Davi de cuja linhagem nasceu Cristo (Rt 4 .2 2, M t 1.5,6 ,16 ). Boaz é símbolo de masculinidade enquanto marido, pai e líder exemplar.

CONCLUSÃO

Deus criou o ser humano com dois gêneros: masculino e feminino (Gn 1.27). Por isso, a diferenciação dos sexos é um princípio determinado pela criação divina (Gn 2.23). Nesse sentido, a masculinidade é um conjunto de atributos e funções inerentes ao homem. Já a desmasculinização decorre da inversão dos papéis do homem na sexualidade, na liderança e na prática de seus deveres. A masculinidade bíblica exige o autocontrole, sacrifício e firmeza de caráter no encargo de suas tarefas. Nesse aspecto, a sociedade, a família e a igreja esperam por homens que honrem a sua masculinidade e exerçam o papel que Deus os vocacionou a desempenharem.­

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

 

 

 

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados