Artigos
A credibilidade da mensagem – PARTE 2
2) Como compartilhar a mensagem – Como dizemos as coisas comunica tanto quanto o que dizemos. Nossas emoções, atitudes e ações são tanto uma parte da nossa mensagem como nossas palavras. Em sua Carta aos Colossenses, Paulo disse: ”Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4.5,6). O apóstolo Pedro escreveu: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo” (I Pe 3.15,16). Observe que Paulo e Pedro sublinham a forma do nosso testemunho. Paulo diz que o nosso discurso “seja sempre agradável [com graça]”. Pedro diz que devemos falar “com mansidão e temor”, exibindo o “bom porte [comportamento] em Cristo”.
3) Quem somos – A validade de nosso testemunho está relacionada a credibilidade de nossas vidas. O testemunho eficaz depende do caráter. Isso sempre foi verdade, mas em uma cultura que está cada vez mais cética do cristianismo, e ainda mais crítico. Com muitas pessoas, especialmente aquelas que conhecemos pessoalmente, o nosso testemunho individual da diferença que Cristo fez em nossas vidas e as suas provas consistentes através de nossas ações podem ser o que obriga a maioria deles a atentarem para o Evangelho. Em uma sociedade em que as pessoas estão perdendo rapidamente a fé na integridade dos governantes e das empresas, a credibilidade pessoal dos cristãos não é apenas uma bênção adicionada ao testemunho. Ela é um requisito essencial.
Em muitos países, o cristianismo não predomina. A população cristã é pequena, e a presença cristã nos meios de comunicação não existe. Isso pode oferecer uma grande vantagem no evangelismo porque o primeiro testemunho que esses incrédulos recebem nesses países é de alguém que conhecem pessoalmente e cuja vida mudou muito depois de receber Cristo. Eles não tem o problema de precisar superar as percepções negativas que vêm de pessoas conhecidas que comunicam uma mensagem crista, mas cujas vidas não afirmam essa mensagem.
Muitas vezes, as pessoas pensam na capacitação do Espírito Santo apenas em termos de sinais e maravilhas e dons espirituais. Mas “dunamis”, a palavra grega traduzida por “poder” em Atos 1.8, é maravilhosamente abrangente. Ela simplesmente significa “habilidade” e é aplicada de forma prática a vida cotidiana. O poder que Jesus prometeu aos Seus seguidores e para todos os aspectos da vida cristã e nos permite fazer e ser aquilo que está no propósito de nosso Senhor para nossas vidas.
O poder do Espírito Santo e muitas vezes descrito em termos de visibilidade, de obras espetaculares. No entanto, na maioria das vezes, O tipo de poder de que precisamos na vida cotidiana não é espetacular nem sensacional, mas sobrenatural. Alcançar os propósitos de Deus no mundo precisa de ajuda divina para além de nossas habilidades naturais, precisa de vida sobrenatural, e nem sempre é dramático na aparência. Quando Jesus ensinou Seus discípulos sobre o que iria convencer as pessoas a serem Seus verdadeiros seguidores, Ele não falou sobre os sinais e maravilhas, mas sobre o amor. Ele disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35).
O fruto do Espírito na vida do crente – o amor, a alegria, a paz, a paciência e todas as outras características que Paulo descreve em Gálatas 5 – pode não parecer espetacular, mas certamente pode ser sobrenatural, além de nossas capacidades naturais. Quando as pessoas olham para nós e vêem o amor (especialmente para aqueles que nos tem ofendido), o transbordar da alegria em meio a tristeza, a paz nas crises da vida, a paciência na tribulação, a gentileza em resposta a hostilidade, são atraídas a Cristo. Essas são evidencias que vislumbram o sobrenatural, que mostram que não estamos apenas sujeitos as nossas próprias emoções naturais. Estamos fortalecidos pelo Espírito Santo para viver a vida que o Senhor nos chamou. A obra sobrenatural do Espírito não será sempre espetacular ou sensacional, mas vai dar provas convincentes da presença e da vida do DEle dentro de nos.
A medida que o fruto do Espírito – a natureza de Jesus – torna-se evidente em nossas vidas, o Espírito Santo permite que nosso caráter se torne o que Deus nos chamou para ser. O batismo no Espírito Santo abre o caminho para uma vida de testemunho eficaz de Cristo naquilo que dizemos, como dizemos e no que somos.
Postado por: Pb. Ademilson Braga