Adultos - CPAD
A conduta do crente em relação à família
EDIÇÃO: 405 – 2º Trimestre – Ano: 2020 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 12 – 21 de junho de 2020
TEXTO ÁUREO
“Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.” (Ef 5.31)
VERDADE PRÁTICA
Deus estabeleceu o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel, isto é, a instituição da família para glória do nome dEle.
LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira – Gn 2.24
Deus planejou abençoar todas as famílias da terra
Terça-feira – Ef 5.23
O marido é a cabeça do lar assim como Cristo é a cabeça da Igreja
Quarta-feira – Ef 5.25
O marido deve amar a esposa de forma incondicional
Quinta-feira – Gl 5.13
O cristão desfruta da liberdade em Cristo e não está sujeito à escravidão
Sexta-feira – Lc 2.51
Deus deseja que os filhos confiem na sabedoria de seus pais
Sábado – Ef 6.3
Aos filhos que obedecem e honram seus pais uma dupla promessa é assegurada
LEITURA BÍBLICA
Efésios 5.21-33; 6.1-4
Efésios 5
21 – sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
22 – Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
23 – porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 – De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25 – Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 – para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 – para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 – Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 – Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30 – porque somos membros do seu corpo.
31 – Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.
32 – Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
33 – Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Efésios 6
1 – Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 – Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3 – para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4 – E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
INTRODUÇÃO
Na Bíblia, o relacionamento familiar é um projeto divino que pressupõe o matrimônio monogâmico, heterossexual e indissolúvel (Mt 19.4-6). No modelo divino, os membros da família são iguais, porém, cada um desempenha papéis diferentes. Nesta lição, veremos a conduta requerida por Deus para a família cristã.
I – A CONDUTA DO CRENTE COMO MARIDO
No capítulo cinco, Paulo enaltece o matrimônio e o eleva ao mais alto patamar ao comparar o marido a Cristo, e a esposa à Igreja. Neste tópico estudaremos a analogia referente ao marido.
O papel do marido como líder da família. Na Bíblia, a ordem de autoridade é observada do seguinte modo: Deus é a cabeça de Cristo; Cristo é a cabeça do homem; e o homem é a cabeça da mulher (I Co 11.3). A relação dentro do lar é explicada na frase “o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja” (5.23). Ela mostra o modelo de relacionamento do casamento cristão, isto é, o marido deve liderar a sua casa, do mesmo modo como Cristo lidera a Igreja visando seu absoluto bem-estar (5.29).
Aqui, é necessário ressaltar uma questão importante. O movimento feminista com viés neomarxista considera esse modelo de família como um sistema opressor do homem contra a mulher. Ao contrário desse falacioso discurso, nas Escrituras, o modelo cristão está fundado no amor e no respeito mútuo (Jo 13.34,35).
O amor como elemento primordial. O marido, além de liderar deve também amar a sua esposa assim como Cristo amou a Igreja (5.25). Isso implica a prática de sacrifício, como diz as Escrituras: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (5.25b). O amor de Cristo para com a Igreja foi altruísta e incondicional (Rm 5.8). Assim, a Igreja foi atraída para Cristo por meio do amor, e não por ameaças ou imposição autoritária (Jo 15.12,13). Desse modo, os maridos devem também manter a união e a harmonia conjugal por meio do exercício do “amor”.
O cuidado do marido à esposa. A Escritura enfatiza que a esposa é parte do marido ao declarar “quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo” (5.28b). Acrescenta ainda que toda a pessoa mentalmente saudável cuida do próprio corpo (5.29), o que significa que o marido deve dar atenção à sua mulher do mesmo modo que atenta para consigo mesmo. Isso implica proteger a esposa e prover-lhe uma vida digna. Essas ações de cuidado não se limitam apenas às provisões materiais, mas igualmente, ao afeto, à consideração e à honra, dentre outras. Tal demonstração de amor deve ser sincera tanto em público quanto em particular, de modo permanente enquanto ambos viverem (Mt 19.6; Cl 3.19).
II – A CONDUTA DA CRENTE COMO ESPOSA
De acordo com a analogia paulina em relação ao matrimônio, a mulher casada é comparada à Igreja de Cristo. Nesse ponto veremos a conduta requerida da esposa cristã.
O conceito de submissão cristã. As Escrituras ensinam a sujeição de “uns aos outros no temor de Deus” (5.21). Nessa perspectiva alguns exemplos de submissão são apresentados: das esposas aos seus maridos (5.22); dos filhos aos seus pais (6.1); dos servos aos seus senhores (6.5). No caso das esposas, a submissão deve ser “assim como a igreja está sujeita a Cristo” (5.24). Portanto, aqui não se trata de uma sujeição irracional ao domínio de alguém, mas voluntária e de grata aceitação do amor e cuidado do marido. Por isso, nada há de depreciativo nessa conduta, pois retrata o alto nível de relacionamento entre Cristo e a sua amada Igreja.
A condição da mulher cristã. Na cultura judaica a mulher ocupava posição secundária e era parte da propriedade de um homem (Gn 31.14,15). Na sociedade grega as mulheres eram tratadas como inferiores e as esposas eram escravizadas. No Evangelho de Cristo as mulheres alçaram posição de dignidade igual aos homens (Gl 3.28). Ao conversar com a mulher samaritana, Cristo quebrou paradigmas da época e se opôs ao preconceito e a discriminação (Jo 4.9,10). Portanto, a mulher cristã desfruta de plena liberdade em Cristo e não está sujeita a nenhum sistema de escravidão (Gl 5.13).
A reverência devida ao marido. O amor do marido para com a esposa deve ser altruísta (5.25). Esse amor serve ao propósito divino de capacitar a esposa a ser recíproca ao marido (5.22). O homem que assim se porta coopera para que a esposa o reverencie (5.33). Essa reverência consiste em estima e respeito para com o marido. Denota o sentimento que conduz a esposa a agir de modo a agradar seu amado. Essa postura é demonstrada quando ela o apoia e o ajuda em sua tarefa de liderar. Significa que a esposa participa das decisões em família, porém, não procede como opositora nem desautoriza a autoridade de seu marido.
III – A CONDUTA DO CRENTE COMO FILHO
A responsabilidade dos pais. Os pais devem criar seus filhos na “doutrina e admoestação do Senhor” (6.4b). A palavra “doutrina” ou “disciplina” (do grego paideia) significa orientação ou treinamento para o desenvolvimento do caráter e pronta obediência das normas. Já a palavra “admoestação”, do grego nouthesia, quer dizer instrução ou advertência que faculta a distinção entre o mal e o bem. Além dessas exortações, cabe aos pais estabelecer os parâmetros de conduta e reagir contra a desobediência de seus filhos. Os critérios dessa educação estão na Palavra de Deus (Pv 22.6). Por outro lado, os pais não devem abusar da autoridade recebida, pois eles devem educar com brandura e amor, sem rigor excessivo ou imposições injustas a fim de não incitar à ira de seus filhos (6.4a).
A conduta requerida dos filhos. O dever dos filhos é apresentado de forma objetiva pelo apóstolo: “Vós, filhos sede obedientes a vossos pais” (6.1). A explicação para essa postura é categórica: “Porque isto é justo” (6.1b). Ela segue a ordem natural divinamente estabelecida, pois Deus deseja que os filhos confiem na sabedoria de seus pais (Lc 2.51). Para ratificar esse ensino, o apóstolo cita o quinto mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe” (6.2 cf. Êx 20.12). Assim, os filhos devem obedecer e honrar seus pais. Logo, obedecer significa cumprir o que é ordenado; e honrar envolve amor, respeito e até mesmo o sustento em caso de necessidade. Portanto, a obediência é devida enquanto os filhos viverem sob a tutela dos pais e a honra é um dever para a vida toda.
O mandamento com promessa. Aos filhos que obedecem e honram seus pais, uma promessa dupla lhes é assegurada: “Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (6.3). Essas bênçãos incluem prosperidade exterior e vida longa. Embora as dádivas espirituais estejam implícitas, a ênfase recai sobre os benefícios materiais. Significa que ao obedecerem e honrarem a seus pais, os filhos submetem-se ao arbítrio de Deus que, segundo o beneplácito da sua vontade, os recompensa com benesses especiais.
CONCLUSÃO
No modelo divino todos os membros da família cumprem deveres específicos. O marido tem o dever de liderar e amar sua esposa. A esposa o dever de submeter-se e respeitar a liderança de seu marido. Aos pais o dever de educar seus filhos segundo as Escrituras. Aos filhos o dever de obedecer e honrar seus pais. Assim, o amor, o respeito mútuo e a prosperidade fazem parte da família que se porta conforme Deus planejou.
Postado por: Pr. Ademilson Braga