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Adultos - Betel

A coerência entre a vida interior e a prática externa

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 135 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 07 – 14 de agosto de 2022

TEXTO ÁUREO

E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.” Colossenses 3.23

VERDADE APLICADA

É preciso ter sempre em mente que Deus está atento às nossas ações e motivações e que nada está encoberto diante dEle.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mateus 6

01- Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
02- Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
05- E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Sl 139.1-16
A onipresença e a onipotência de Deus.
Terça-feira – Mt 23.13-30
Jesus censura os escribas e fariseus.
Quarta-feira – Lc 18.1-8
A parábola do juiz iníquo.
Quinta-feira – I Co 13
A suprema excelência da caridade.
Sexta-feira – Ef 6.6-7
Não devemos servir para agradar aos homens.
Sábado – I Ts 2.4
Deus prova os nossos corações.

INTRODUÇÃO

Jesus menciona três ações comuns a todo cristão: dar aos necessitados, jejuar e orar. Em todos os três casos, Ele nos leva a meditar sobre a intenção do coração: se fazemos para sermos vistos e elogiados pelos homens ou por fé e amor a Deus.

I – A JUSTIÇA OPERADA PELA FALSA MOTIVAÇÃO

Jesus condenou a atitude hipócrita de homens que, sob o disfarce de glorificar a Deus, buscavam a glória para si mesmos.

  1. Agradando a Deus e não aos homens. Jesus chama a atenção sobre a maneira disfarçada de servir ao próximo, que não basta apenas fazer algo bom. Mas algo cuja intenção do coração esteja centrada em Deus (Pv 14.33). Ele destaca a diferença entre fazer as coisas para ser visto e elogiado pelos homens ou movido pelo amor e pela fé em Deus (Mt 6.1). O grande ensinamento aqui é que a motivação é tão importante quanto a ação. Uma boa ação deve ser precedida por uma boa motivação para que seja eficaz para os outros e para aqueles que a oferecem. Qualquer motivação que não seja o amor, não terá sentido ou valor algum para Deus (I Co 13.3; Ef 6.6-7; I Ts 2.4).
  2. A verdadeira e a falsa piedade. Jesus traça um paralelo entre a verdadeira e a falsa piedade, que é apenas hipocrisia. Os hipócritas eram verdadeiros atores. Eles se apresentavam para serem vistos e aclamados pelo povo. Na declaração feita por Jesus vemos manifesta a verdadeira atitude de seus corações. Eles não ofertavam ao povo porque eram apenas generosos, eles o faziam para receber honra da parte daqueles a quem ofertavam. Suas boas obras tinham uma única finalidade: o reconhecimento público. Jesus disse que esse tipo de atitude produz apenas o reconhecimento humano e que, ao soarem as trombetas para que fossem notados pelos homens, já haviam recebido aqui mesmo seus galardões (Mt 6.1-2).
  3. Ofertando em secreto. Jesus apresentou como pode haver uma motivação falsa diante de uma atitude aparentemente sã. Revelou também que existe por parte de Deus uma recompensa para aqueles que doam pensando em fazer o melhor para Deus e para seu semelhante (Mt 6.2-3). Jesus disse que o secreto revela o secreto. Disse que o Pai vê aquilo que secretamente fazemos e a forma como fazemos. Declarou que ao fazermos apenas para Ele, e não para sermos vistos pelas pessoas, Ele nos recompensará publicamente. Ou seja, o efeito que os hipócritas buscavam alcançar agindo de modo errôneo, Deus nos oferece gratuitamente quando agimos de boa vontade para com o próximo (Mt 6.3).

II – A PRETENCIOSA ORAÇÃO DOS HIPÓCRITAS

A segunda ação mencionada por Jesus é a oração, cujo foco está na intimidade e na comunhão com Deus. Ele assinala que a oração pode deixar de ser um verdadeiro ato de devoção e se tornar uma forma de hipocrisia quando o ato externo esconde motivos corruptos (Mt 6.5).

  1. A maneira incorreta de orar. Jesus ensina que toda oração autêntica deve ser dirigida a Deus. Quando chegava a hora estabelecida para a oração, os judeus piedosos deixavam o que estavam fazendo e oravam. Isso poderia ser feito discretamente ou com uma exibição pretensiosa. Algumas pessoas buscavam estar em um lugar onde suas presenças fossem notadas, como a sinagoga ou a esquina de uma praça. Nestes casos, a motivação interior dessas orações públicas era o reconhecimento e o elogio de sua devoção, o qual carece de valor diante de Deus (Mt 23.5-7). Esta classe de oração hipócrita também recebe a mesma recompensa que as esmolas: o louvor do povo. Em contraste, Jesus orienta Seus discípulos a orarem em secreto (Mt 6.5-6).
  2. Orando ao Pai em secreto. A oração deve ser caracterizada por sua simplicidade. Aqui somos informados de que a oração é um assunto que diz respeito apenas a nós e a Deus. Jesus falou para entrar no quarto, fechar a porta e orar ao Pai que está em secreto (Mt 6.6). Essa é a maneira correta de chegar-se a Deus em oração. Desta forma, o cristão expõe sua fé, devoção, confiança e amor diante de Deus e é recompensado pelo Senhor. Da mesma forma que Jesus apresenta uma recompensa para aquele que dá, apresenta ao que ora. As vitórias que se materializam no mundo físico sempre passam por um período secreto na presença de Deus (Hb 11.6).
  3. Orando sem vãs repetições. Nos versículos 7 e 8, Jesus aponta uma prática ineficaz e inaceitável para Deus na oração: a repetição vã. A razão é que oramos a um Deus que já sabe tudo e está predisposto para nos ouvir e ajudar. Jesus não proíbe a repetição de uma oração. Ele orou três vezes no Jardim do Getsêmani essencialmente a mesma oração e elogiou a persistência em oração (Lc 18.1-8). Jesus se refere às palavras “vãs” (sem sentido). O Pai conhece todas as nossas necessidades, esse já é um forte incentivo para orar com mais frequência e com mais confiança. Deus estabeleceu a oração para oportunizar ao ser humano estreitar relacionamento com o Senhor, ensinar-nos sobre a dependência e a relevância da fé e confiança nEle (Tg 4.8).

III – A PRÁTICA DO JEJUM

O jejum sempre foi uma prática importantíssima para a vida espiritual do povo de Deus, por isso Jesus critica os líderes religiosos e ressalta sua verdadeira motivação (Mt 6.16-18).

  1. O jejum que agrada a Deus. Tal qual as esmolas e a oração, o jejum dos líderes religiosos era apenas um espetáculo de sua suposta piedade, ao fingir dor, tristeza e abnegação. Era um verdadeiro show para atrair a atenção das pessoas (Is 58.2-8; Mt 6.16-18). Em contraste, os discípulos do Reino devem fazê-lo de acordo com os princípios bíblicos, não para serem vistos pelas pessoas. Devem evitar toda ostentação, todo desejo de aparentar algo que não representa a verdade. Deve praticar sua piedade com alegria, com a intenção de agradar ao Pai e trazer glória ao Seu nome. Somente assim receberá a recompensa que Deus reserva para os fiéis. Em último caso, todo crente tem a sincera opção entre duas alternativas: ser um hipócrita e receber o aplauso do mundo ou ser autêntico e receber a recompensa de Deus.
  2. A privacidade no ato de jejuar. Da mesma forma que ajudar os necessitados e orar, o jejum também deve ocorrer na privacidade do coração do discípulo (Mt 6.17-18; Lc 2.37). Visto que o jejum requer autocontrole rigoroso, é uma tentação importante comunicar sutilmente nossos esforços ou vitórias aos outros. Embora isso possa ser feito de maneira inocente, Jesus nos avisa que revelar nosso jejum pode se tornar uma forma perigosa de orgulho e autoengano espiritual. O jejum pode ser individual ou coletivo (Jn 3.5). O individual trata com o particular de cada um, o coletivo visa sempre encorajar a igreja a concentrar-se na obra de Deus, pedir direcionamento, expressar a tristeza pelo pecado, a buscar o perdão na comunidade. Em todos os casos, Jesus alertou para a privacidade do coração.
  3. A maneira correta de jejuar. Não podemos considerar que a aparência de miserabilidade é automaticamente sinônimo de espiritualidade. Os fariseus desfiguravam o rosto e apresentavam uma expressão abatida a fim de suscitar elogios, isso contrariava todo o propósito do jejum (Mt 6.16). Jejuar nunca foi um meio de chegar-se a Deus para barganhar ou se tornar merecedor. O jejum tem como finalidade desviar nossos olhos das coisas desse mundo e focá-los apenas nas coisas de Deus. É uma forma de relacionar-se espiritualmente e de forma secreta com o Pai (Mt 6.17-18).

CONCLUSÃO

Todo aquele que passou pela experiência do novo nascimento, ao praticar esmola, oração e jejum, deve fazer com todo o seu ser envolvido – coração, mente e corpo – refletindo, assim, a fé, a devoção e o amor a Deus, visando a glória de Deus.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

 

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