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Adultos - Betel

A bênção de Abraão chega a todos por Jesus Cristo

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 173 – 2º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 06 – 07 de maio de 2023

TEXTO ÁUREO

De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.” Gálatas 3.9

VERDADE APLICADA

Nosso passado não define o nosso futuro quando Deus intervém em nossa história.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Gênesis 12

01 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
02 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
03 E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
04 Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Gn 15.1-6
Deus anima Abrão e lhe promete um filho.
Terça-feira – Gn 17.1-8
Deus muda o nome de Abrão.
Quarta-feira – Gn 18.9-14
Deus renova a promessa a Abraão e Sara.
Quinta-feira – Gn 21.1-5
O nascimento de Isaque.
Sexta-feira – Gn 22.1-14
Deus manda Abraão oferecer seu único filho.
Sábado – Gl 3.6-11
Os que são da fé são filhos de Abraão.

INTRODUÇÃO

O chamado de Abraão aparece no início da história bíblica (Gn 12). As antigas promessas de Deus feitas a ele atravessam a história, se cumprem em Cristo e abençoam hoje todo aquele que nEle crê (Gl 3.9,14).

I – O CHAMADO DE ABRAÃO

A resposta de fé de Abraão é tão incrível quanto à forma inusitada como Deus o chama. Ele ouviu sua voz, creu e obedeceu, saindo de onde estava sem saber para onde ia (Hb 11.8).

  1. Tirado da idolatria. Quão maravilhosa é a misericórdia e a soberania de Deus. Qual não seria o destino de Abrão se não obedecesse ao chamado de Deus? Criado e cercado pela idolatria, não podemos deduzir outro destino senão as mesmas tradições idólatras dos seus pais (Gn 11.27-32; Js 24.2-3). Deus, porém, chama a Abrão sem lhe mostrar antecedentes, como repetidamente faz depois dos patriarcas quando diz: Eu sou o Deus de Abraão, Isaque a Jacó. Abrão que por toda a sua vida só conheceu falsos deuses, ouviu o chamado específico do único e verdadeiro Deus, e, sem titubear, aceita obedientemente o chamado (Gn 12.1-4). Em Josué 24.3 Deus diz: “Eu, porém tomei a Abraão…e o fiz andar por toda terra de Canaã”. Glória seja dada a Deus que nos livra dos nossos deuses e nos conduz a Ele.
  2. Escolhido para ser abençoado. É muito importante notar que Deus não diz a Abraão que caso ele vivesse em justiça Deus o abençoaria. Deus o escolhe e promete abençoá-lo (Gn 12.2-3). As razões tanto para o chamado como as bênçãos de Deus na vida de Abraão tinham a ver com Deus mais do que com Abraão. Isso não significa que Abraão não precisaria viver uma vida de obediência (Gn 12.4). Mas foi a fé na bênção prometida que gerou a obediência e não o contrário. O poder para viver uma vida que agrada a Deus vem de sabermos e cremos que, em Abraão e em Cristo, seu descendente central, Deus nos abençoou ricamente em Cristo (Gl 3.8; Rm 4.16).
  3. Chamado para um propósito.O chamado de Deus a Abraão tinha um propósito maior do que Abraão. Deus abençoaria todas as famílias da terra (Gn 12.3). Todo chamado de Deus para nós é assim. Nunca tem a ver apenas com a gente. Sempre tem propósitos maiores do que a gente, que afetará a vida de muitas pessoas e renderá muita honra para a glória de Deus. Devemos sempre nos lembrar disso quando nos sentirmos desanimados diante dos desafios do nosso chamado. Deixar suas raízes e convívio familiar é um desafio gigantesco para qualquer um. Mas quando entendemos que o chamado de Deus é para algo maior do que a gente, nossa vida se enche de propósito e significância.

II – DE ABRAÃO PARA CRISTO

O chamado de Abraão apontava para Cristo. Paulo explica isso em Gálatas e Romanos de forma clara e ampla.

  1. As bênçãos em Cristo. A última parte das promessas de Gênesis 12.3diz que através do descendente de Abraão, que viria por Israel, Deus abençoaria todas as famílias da terra (Gn 12.3). Paulo nos dá a interpretação precisa desta promessa em Gálatas 3.16: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo”. Toda a trajetória então que Deus conduzirá não só Abraão, mas também seus descendentes ao longo da história bíblica culminará em Cristo.
  2. Cristo para as nações.Precisamos também perceber algo que os descendentes naturais de Abraão não entenderam. Que as bênçãos de Deus que nascem no patriarca e culminam em Cristo, não estavam restritas apenas a Israel. Na promessa “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Veja. Não só a família de Israel (Gn 18.18; 26.4; Sl 72.17; Gl 3.8]. Deus sempre deixou isso claro ao longo de todo o Antigo Testamento (Gn 14.18; Êx 12.48-49). Mas Israel, em razão do seu orgulho racial, sempre viu os gentios como excluídos da graça de Deus. Foi exatamente por isso que Israel fracassou em sua missão no mundo. O livro de Jonas foi escrito para demonstrar este fracasso missional de Israel.
  3. Uma mesa abundante. O Novo Testamento nos fala da história da mulher cananéia, que implora a Cristo que venha acudir sua filha que está sofrendo com uma possessão demoníaca. Como Cristo não a atende e ela não para de clamar, os discípulos sugerem a Cristo que resolva logo o problema dela para serem deixados em paz. Cristo responde: “Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (Mc 7.27). Os filhos neste caso era Israel. E Cristo não diz “apenas eles”. Ele diz “primeiro” eles. A mulher humildemente entende, mas responde que as bênçãos de Deus sobre Israel em Cristo são tão fartas que abençoariam também os gentios. Cristo se alegrou com este discernimento e a abençoou (Mc 7.29).

III – A RESPOSTA DE ABRAÃO: A FÉ

Deus aparece a Abraão mais uma vez, e para lhe encorajar, reafirma a Sua promessa de fazer dele uma grande nação, do qual viria o Cristo que abençoaria todos os povos.

  1. O que justificou Abraão é o que nos justifica hoje. A preocupação de Abrão é que sua idade avançasse, e até o momento Deus não lhe havia dado um filho (Gn 15.1-3). Como sua esposa Sara era estéril (Gn 11.30), Abrão deduz que a única forma dele ter um herdeiro seria por meio de um servo. Deus reafirma que não! De forma milagrosa, as limitações do ventre estéril de Sara e a velhice de Abrão seriam vencidas. Abrão creu em Deus, e Deus o justificou por esta confiança (Gn 15.4-6; Rm 4.3-6). A primeira resposta nossa que Deus espera das promessas é a fé. A fé que move à obediência e relacionamento com Deus, por intermédio de Jesus Cristo (Gl 3.6-14).
  2. Uma mulher de fé ao lado. Costumamos destacar a resposta de fé de Abraão, muitas vezes esquecendo de fazer a mesma coisa com Sara, sua mulher. Nós conhecemos muitos relatos bíblicos onde mulheres foram a causa da queda do marido por não partilhar da mesma fé. Mas aqui temos um exemplo de unidade de fé em um casal escolhido por Deus para viver e fazer coisas grandiosas. Afinal de contas, as bênçãos e promessas de Deus a Abraão também foram destinadas a Sara. Seu marido velho e ela com o ventre estéril apresentavam à promessa algo impossível. Porém Hebreus 11.11 diz que Sara: “Teve por fiel aquele que lho tinha prometido”. A fé que gerou Isaque também foi dela. Como é importante para o homem de Deus ter ao seu lado uma mulher de fé!
  3. Abençoados com Abraão. Temos o hábito de chamar Abraão de pai da fé. Isso não significa que devemos apenas nos espelhar em Abraão e tê-lo como modelo. Significa que a escolha e o chamado de Deus a Abraão são a demonstração de que Deus está trabalhando para cumprir Sua promessa de redenção através da semente da mulher (Gn 3.15). Bíblia de Estudo Defesa da Fé – CPAD, p. 27 – sobre Gênesis 12.3: “(…). É uma promessa geral e continuada. Atos 3.25 e Gálatas 3.8 indicam que todas as famílias da terra são abençoadas na disponibilidade da salvação, por Jesus Cristo, e Gálatas 6.16 se refere à igreja como “o Israel de Deus”, por cujo intermédio, por consequência, essa bênção é expandida”.

CONCLUSÃO

A fé genuína nasce em nosso coração a partir do anúncio do Evangelho, como dádiva de Deus. Mas esta fé, ainda que verdadeira, passa por provas de fogo enquanto estamos peregrinando neste mundo. Isso veremos na próxima lição.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

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