E.B.D
Fé para crer na ressurreição de Cristo
EBD – Jovens – EDIÇÃO: 154 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 12 – 17 de dezembro de 2023
TEXTO PRINCIPAL
“Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá.” (SI 49.15)
LEITURA SEMANAL
Segunda-feira – Jo 5.25
A hora é chegada
Terça-feira – Jo 6.40
Vida eterna e ressurreição
Quarta-feira – Jo 11.25
Jesus é a ressurreição e a vida
Quinta-feira – At 24.15
Esperança da ressurreição
Sexta-feira – II Co 4.14
O poder que ressuscitou Jesus nos ressuscitará
Sábado – I Ts 4.16
Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro
TEXTO BÍBLICO
Lucas 24.1-7
1 E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado,
2 E acharam a pedra do sepulcro removida.
3 E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
4 E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes.
5 E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?
6 Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia.
7 Dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite.
INTRODUÇÃO
Prezado(a), você já deve saber que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e que antes da Queda, a morte não tinha domínio sobre a humanidade. Contudo, como um ser moralmente livre, o homem pecou permitindo que o pecado entrasse no mundo e com ele, a morte. Mas Jesus veio ao mundo, morreu na cruz por nossos pecados e a sua morte e ressurreição garantiram que a penalidade do pecado, a morte, fosse vencida. Na lição deste domingo, estudaremos a respeito da fé na ressurreição de Jesus Cristo. Veremos que se o Filho de Deus não ressuscitasse vã seria a nossa fé.
I – TEORIAS A RESPEITO DA RESSURREIÇÃO
1- A ressurreição aconteceu? A busca pela razão e provas “incontestes” da realidade, levou muitos pensadores a duvidarem da ressurreição de Jesus Cristo. Gotthold Ephraim Lessing, filósofo alemão, foi um dos que colocaram a ressurreição em dúvida. Ele entendia que as verdades da religião estavam, ou deveriam estar, entre as verdades da razão. Por isso, entendia que as verdades religiosas não podem jamais ser provadas pela investigação histórica. Assim, se ele estivesse certo, a apologética histórica a favor do Cristianismo não passaria de um esforço inútil. Por que deveria crer em algo que nunca viu e nem teve nenhuma experiência pessoal ou imediata? Para ele, os Evangelhos não eram fontes confiáveis. No centro da discussão do iluminismo estava a ideia de que ser forçado a aceitar o testemunho alheio equivaleria a comprometer a autonomia intelectual do ser humano. Conforme a ótica de Lessing, a ressurreição não passava de um fato que não aconteceu, de um grande equívoco.
2- A ressurreição é um mito? Alguns filósofos influenciados pelo iluminismo buscaram compreender a fé cristã a partir de pressupostos de que milagres são impossíveis, tal como a ressurreição. David Friedridch Strauss, desenvolveu a ideia da ressurreição como mito, sem a resposta do milagre. Ou seja, para ele a crença na ressurreição de Jesus não deve ser explicada como uma resposta à vida que foi restaurada literalmente, mas sim como algo que ocorre na fé das pessoas, algo concebido na mente, uma projeção da memória, que levou à ideia de uma presença viva. Portanto, de acordo com ele, um Cristo morto literalmente foi transformado em um ressurreto imaginário e mítico. Então, Strauss populariza a falsa ideia de que os Evangelhos possuíam um caráter mítico, por apresentarem pessoas que compartilhavam uma visão mítica que dominava o mundo no qual estavam inseridos.
3- A ressurreição não é um fato histórico? Rudolf Bultmann, teólogo alemão, entendia que na era científica seria simplesmente impossível acreditar em milagres e na ressurreição corpórea de Cristo. Para ele “é impossível recorrer ao auxílio da medicina ou das descobertas científicas modernas e, ao mesmo tempo, acreditar no mundo dos espíritos e dos milagres apresentados no Novo Testamento”. Apoiado em uma filosofia existencialista, ele propôs uma nova interpretação do Novo Testamento. A ressurreição, segundo o seu pensamento, deveria ser entendida como um mito. Não concordamos e nem aceitamos a proposta de Bultmann, pois, embora a doutrina da ressurreição dos mortos não estivesse plenamente revelada nas páginas do Antigo Testamento (cf. Is 26.19; Dn 12.2), havia o ressuscitamento de algumas pessoas (cf. I Rs 17.22-24; II Rs 4.32-37; II Rs 13.21). O Novo Testamento registra vários casos de pessoas que experimentaram o ressuscitamento e algumas foram efetuadas pelo Senhor Jesus, enquanto outras por seus apóstolos (Mc 5.35; Lc 7.11; Jo 11.11; At 9.36; 20.9). Entretanto, em todos estes casos, exceto na ressurreição de Jesus, as pessoas ressuscitadas morreram novamente.
II – EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1- A ressurreição de Jesus. A ressurreição de Jesus é uma das verdades fundamentais do Evangelho; a outra é a sua morte expiatória (I Co 15.1,3,4). Cremos que Cristo morreu por nossos pecados, e que Ele ressuscitou dos mortos ao terceiro dia. Sem a ressurreição, a morte de Jesus seria apenas um ato heroico, de algum mártir, como tantos outros que já ocorreram. A ressurreição é a afirmação da divindade de Cristo. Sem a ressurreição de Jesus dentre os mortos, a fé cristã seria em vão.
2- As evidências dos Evangelhos (Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-12 e Jo 20.1-10). Temos nos Evangelhos, quatro relatos independentes a respeito da ressurreição de Jesus, embora exista harmonia e coerência entre eles. A harmonia nas narrativas se deve ao fato de que são relatos pessoais de diferentes indivíduos. É simplesmente improvável que quatro pessoas se sentassem para escrever, separadamente, um relato que jamais havia ocorrido. É preciso mais fé para acreditar nisso do que para crer na veracidade das testemunhas.
3- Evidências circunstanciais. O cerne da mensagem pregada pelos cristãos do primeiro século era a ressurreição de Jesus Cristo. Você acredita que eles usariam uma mentira como pedra fundamental de sua pregação e credo? Será que estariam dispostos a morrer por causa de uma fraude? Um outro fato circunstancial foram os primeiros discípulos passarem a se reunir no domingo. Nada é mais complexo que mudar dias sagrados, pois é um costume enraizado. Outro aspecto que deve ser levado em consideração foi a mudança de atitude dos discípulos. Após a crucificação eles ficaram arrasados, desiludidos, seguiram outros caminhos. Porém, após se encontrarem com o Cristo ressurreto, sua disposição foi alterada.
III – A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1- Uma ressurreição literal. Foi o próprio Jesus, depois de ressuscitar, que afirmou: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). A ressurreição de Jesus foi um evento físico no qual o seu corpo foi revivificado. Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo assevera que toda a fé cristã seria falsa caso a ressurreição de Jesus não tivesse acontecido de forma corporal (I Co 15.14,15).
2- Os discípulos no caminho de Emaús. O texto de Lucas 24.13-35 mostra o encontro que dois discípulos de Jesus estiveram com Ele no caminho de Emaús, depois da sua ressurreição. O texto bíblico nos diz que Jesus havia ressuscitado com um corpo físico e tangível. João também relata no capítulo 20,10-18 a ressurreição do Salvador. Nos relatos dos Evangelhos, podemos observar que as pessoas para as quais o Senhor apareceu viram o seu corpo, conversaram com Ele e até mesmo chegaram a tocar em seu corpo. Não se tratava, portanto, de uma visão ou sonho, mas de um encontro real.
3- A ressurreição de Jesus foi ímpar. A ressurreição de Jesus difere de todas as outras narradas nas Escrituras Sagradas. Pois, Ele é o Deus que se fez carne (Jo 1.14). O que morreu por nossas transgressões (Rm 4.25) e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4.25).
CONCLUSÃO
Cremos que Jesus ressuscitou dos mortos e que Ele é a cabeça da Igreja (Cl 1.18). Entretanto, se alguém está determinado em não crer, nenhum argumento o convencerá. Mas o Espírito é o que nos convence e continua ativo no mundo para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11).
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD