Adultos - Betel
O verdadeiro discípulo reconhece que sua segurança vem de Deus
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 200 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 07 – 12 de novembro de 2023
TEXTO ÁUREO
“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” II Timóteo 1.7
VERDADE APLICADA
É possível, mesmo com limitações humanas, cumprir o ministério cristão com confiança em Deus, fidelidade e no poder do Espírito Santo
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jeremias 1
4 Assim veio a mim a palavra do Senhor dizendo:
5 Antes que te formasse no ventre, te conheci; e antes que saísses da madre, te santifiquei às nações te dei por profeta.
6 Então disse eu: Ah Senhor Jeová Eis que não sei falar, porque sou uma criança
7 Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança, porque, aonde quer que eu te enviar, irás e tudo quanto te mandar dirás
8 Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar diz o Senhor
9 E estendeu o Senhor a sua mão e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – II Cr 20.20b
Ter segurança em Deus.
Terça-feira – SI 11.5
O Senhor prova o justo.
Quarta-feira – Jr 11.2
Deus fala por meio de aliança.
Quinta-feira – Jr 17.7
Quem confia em Deus é bendito.
Sexta-feira – II Co 12.9
O fraco precisa da graça de Deus.
Sábado – I Tm 3.7
O bom testemunho é essencial ao discípulo de Cristo.
INTRODUÇÃO
Jeremias era muito jovem quando foi chamado ao ministério profético. Apesar disso, não era uma criança, como dizia ser; mas um profeta, como Deus o via. Essa diferença o fez exercer seu ofício por mais de 40 anos.
I – DEUS CAPACITA
Jeremias expôs sua juventude como impedimento para o ofício profético. Assim como Moisés (Ex 4.10), ele sentiu medo por não saber falar. Mas, ao não esconder suas fraquezas diante do enorme desafio, ambos foram capacitados por Deus. A fraqueza humana é real e deve ser exposta a Deus. Quando isso acontece, o líder demonstra que sua confiança está no Senhor (II Co 3.4), único que pode capacitar alguém para o ministério (Rm 8.30). O problema é ter um caráter fraco, como o de Diótrefes, que se achava poderoso não sendo nada.
- Deus não mima, forma. Paulo, em sua carta pastoral a Timóteo, foi claro ao dizer: ” Ninguém despreza a tua mocidade ”(I Tm 4.12). Jovens, adultos ou idosos, ao serem chamados por Deus, nunca são mimados, mas formados. Uma pessoa mimada será fraca e vulnerável, o que é prejudicial à obra de Deus, que é repleta de desafios (I Co 16.9). Diótrefes era um líder fraco que usava “palavras maliciosas” para impor autoridade, expondo, assim, sua insegurança.
- Deus não poupa, prova.José sonhou que governaria, mas, ao contar seus sonhos aos irmãos, foi ridicularizado e desprezado por eles. José, mesmo escolhido por Deus, sofreu muito: ele foi vendido como escravo, foi caluniado e preso em terra estranha. Deus não poupa Seus filhos de provas (Rm 8.32). Jesus disse que o servo não é maior que seu Senhor, deixando claro que tribulações serão enfrentadas por Seus seguidores (Jo 15.20). As provas servem para aprovar (Tg 1.12) e forjar caráter, por isso são importantes. A insegurança tem como raiz a fraqueza de ânimo. Tiago diz: “O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.8). Isso diz respeito a alguém de mente dupla, vacilante, incerto, duvidoso. Por ser fraco. Diótrefes queria só a parte “boa” do ministério: reconhecimento, desfrutes e regalias. Queria o bônus, mas rejeitava o ônus! Ao contrário dele, seus colegas Gaio e Demétrio, a começar por seu líder João, se arriscaram e se desafiaram em fazer a obra avançar.
- Deus não ilude, transforma. Jeremias não foi iludido por Deus, mas recebeu a informação de que “iria onde fosse levado e diria o que deveria ser dito”. Mesmo sendo tímido, Jeremias recebeu o ofício profético e o exerceu bem por mais de 40 anos. Fraco humanamente, Deus mudou sua condição para “cidade forte, coluna de ferro, muros de bronze” (Jr 1.18). Ele não foi iludido, foi transformado. O que não te desafia não te transforma!
II – JUVENTUDE E MATURIDADE
Existem jovens maduros capazes de desempenhar um ministério extraordinário, como José, que se tornou governador no Egito (Gn 42.6). O ministério não exige idade, mas exige maturidade. Jeremias se achava “uma criança” (Jr 1.6), incapaz de levar a dura mensagem de Deus ao povo, que abandonou o Senhor e corria o risco de ser destruído (Jr 1.16). Ele se mostrou maduro, falando a reis e sacerdotes, e profetizando sobre várias nações, como Deus disse.
- Não ser neófito. O termo “neófito” significa “uma planta jovem”, “exuberantemente verde”, denotando falta de amadurecimento. Paulo diz que o líder não deve ser neófito (I Tm 3.6). Timóteo sentiu na pele o que alguns jovens ministros sentem: a resistência por parte dos mais velhos (I Tm 4.12- 16). Timóteo era jovem, mas não neófito. Jamais deixou de se submeter à liderança de Paulo, diferente de Diótrefes, que não se submetia ao seu líder, o apóstolo João.
- Ter responsabilidade e excelência. O apóstolo Paulo ensina: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.” (Cl 3.23). Jeremias tinha essa responsabilidade ministerial, diferente de outros profetas de sua época que enganavam o povo, falando apenas o que eles queriam ouvir, mesmo sendo mentiras e não profecias de Deus. excelência de seu chamado estava em ser um profeta verdadeiro. A verdade de Deus pode ser rejeitada e as mentiras de homens aceitas. Mas isso leva à maldição (Jr 17.5). Gaio e Demétrio foram reconhecidos porque andavam na verdade (III Jo 12). Eles eram responsáveis em seu serviço a Deus, com a igreja, com os irmãos e com seu líder.
- Dar bom testemunho. Timóteo dava um bom testemunho como verdadeiro discípulo de Cristo (At 16.2), assim como Gaio e Demétrio, reconhecidos pelos irmãos da igreja. Gaio tinha o ministério de hospitalidade aos mensageiros itinerantes que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho (III Jo 5). Demétrio foi um cristão gentio que, por seu testemunho e fidelidade, foi considerado um homem de boa reputação e sempre leal à verdade (III Jo 12). Diótrefes não passava de um discípulo insubmisso, ambicioso e arrogante, por isso foi repreendido pelo apóstolo João. Ao impor sua liderança, dava péssimo testemunho (III Jo 10).
III – ALIANÇA E COMPROMISSO
O ministério é dado por Deus a quem Ele escolhe (Jo 15.16) e com quem faz aliança. O termo aliança no hebraico é riyth, que significa “acordo, compromisso, pacto”. Toda aliança pressupõe compromissos que devem ser respeitados e cumpridos (Jr 32.38).
- Manter-se firme. O ministério é um desafio, não à toa Deus se apresenta a diversos homens dando-lhes ânimo (Is 1.9]. Jesus, quando estava prestes a passar pelo seu martírio pela redenção da humanidade, suou gotas de sangue (Lc 22.44). Porém, manteve-se firme para cumprir Sua missão (Jo 19.30). Embora no início de seu chamado Jeremias tenha se mostrado titubeante (Jr 1.6), ao ouvir Deus sobre o propósito que cabia a ele como profeta, seguiu em frente, exercendo um dos ministérios mais longos- cerca de mais de quarenta anos – e profícuos. Por causa das duras profecias, Jeremias foi preso (Jr 36.5), mas não se calou, honrando a aliança e o compromisso com Aquele que o chamou.
- Defender a verdade. Gaio e Demétrio andavam na verdade (III Jo 3, 12). Jeremias foi fiel ao Senhor e à mensagem que transmitia, mesmo em um tempo de crise, no qual muitos profetas mentirosos anunciavam uma mensagem diferente. Esses falsos profetas pregavam paz, segurança e vitória sobre a Babilônia; Jeremias dizia que os babilônios destruíram tudo (Jr 25.9). A defesa da verdade leva Jeremias à prisão, sequestro e ameaças de morte. Um líder fraco engana e fala aquilo que as pessoas querem ouvir, e não o que precisam ouvir, como fez Jeremias (Jr 29.19).
- Ir até o fim em seu chamado. Na época de Jeremias, o povo de Deus ignorava Suas leis e adorava outros deuses. Eles viviam entre um rei que levava o povo a Deus, e outros reis que levavam o povo a todo tipo de desobediência. Jeremias foi chamado para pregar contra essa inconstância, por isso trouxe palavras de juízo (Jr 1.16). Assim, enfrentaria forte oposição (Jr 1.8), mas com a ajuda de Deus cumpriria o seu chamado até o fim (Jr. 1.19)
CONCLUSÃO
Ser fraco e inseguro não é um problema para Deus. A questão é manter-se assim, como fez Diótrefes, que não aceitava correção, por isso, foi um péssimo discipulador. Assumir suas vulnerabilidades e apresentá-las a Deus é o princípio de um ministério vitorioso e abençoado.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel