Adolescente - CPAD
O amor de Deus na Bíblia
EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 143 – 4º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 01 – 01 de outubro de 2023
TEXTO BÍBLICO
Deuteronômio 7.7-13
DESTAQUE
Agradeçam a Deus, o SENHOR, anunciem a sua grandeza e contem às nações as coisas que ele fez. Salmos 105.1
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda-feira – Êx 34.5-7
Terça-feira – II Rs 19.32-34
Quarta-feira – Sl 23.3
Quinta-feira – Pv 14.22
Sexta-feira – Ct 1.1,2
Sábado – Jo 15.9
I. A PALAVRA “AMOR”
Quando lemos a palavra “amor” na Bíblia, veremos que ela pode ser a tradução de diversos termos. Se estamos lendo o Antigo Testamento, encontramos algumas expressões que têm origem no hebraico e referem-se à relação entre Deus e o seu povo. No caso do Novo Testamento, a palavra origina-se no grego e pode referir-se ao amor de Deus ou ao amor humano. Vejamos:
- No Antigo Testamento. Em hebraico, os dois termos mais frequentes para falar de amor são ahava e hesed. Ahava pode expressar o amor entre seres humanos, do ser humano por Deus, do ser humano por coisas, de Deus pelo ser humano, indivíduos ou grupos, e pela criação em geral. O termo hesed é uma palavra com diversas possibilidades de tradução. Ela aparece não só com o sentido de amor, como também de misericórdia, bondade, favor e sempre num contexto envolvendo pessoas em algum tipo de relacionamento. Esse termo não está relacionado a objetos ou conceitos.
Quando se lê em Salmos 45.7, por exemplo, o rei ama o bem e odeia o mal. Amar, no manuscrito hebraico do Antigo Testamento, é ahava e se trata de um conceito abstrato, ou seja, algo que não é concreto. Já na história de Rute, Boaz avalia que ela agiu com lealdade, ou seja, com hesed, em relação à família do sogro (Rt 3.10). Jacó pediu que José fosse fiel e honesto, isto é, hesed para com ele e não o enterrasse no Egito (Gn 47.29-31). Êxodo 20.6 aparecem os dois termos: “Porém sou bondoso [hesed] com aqueles que me amam [ahava] e obedecem aos meus mandamentos e abençôo os seus descendentes por milhares de gerações”. - No Novo Testamento. Percebemos que o amor é um elemento importante para a fé cristã. Ele está presente nos ensinos de Jesus, no Livro de Atos dos Apóstolos e nas Cartas Paulinas. Os termos gregos mais frequentes são ágape e fileo. A expressão fileo caracteriza um sentimento natural; é como você responde ao tratamento recebido da outra pessoa, ou seja, é um amor retribuído.
É, também, o que sentimos pelos pais e amigos. Já o termo ágape refere-se a um sentimento que se baseia no valor da outra pessoa, mesmo quando não há retribuição. A ordem de Jesus é para “amarmos uns aos outros” (Jo 13.34), inclusive, os nossos inimigos (Mt 5.44). Por isso, muitas vezes ouvimos dizer que se trata de um amor incondicional.
II. O AMOR PELA CRIAÇÃO
Deus não apenas criou todas as coisas, Ele também atua na preservação da sua criação. O ser humano, inclusive, foi criado para viver em plena comunhão e paz com Deus.
- Deus criou o universo. Todas as coisas foram criadas por Deus, inclusive, o homem. Após concluir a criação, a narrativa de Gênesis informa que Deus viu que tudo era bom e descansou. Então o Criador abençoou todas as criaturas que deveriam dar fruto e se multiplicar (Gn 1.12, 22, 24, 28, 29). Isso nos mostra que, além de criar, Deus continua atuando para garantir a preservação da vida em todo o universo. O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Isso o diferencia dos outros seres viventes e o posiciona no topo da criação. E tudo era bom até o pecado atingir a natureza humana e interferir nos nossos relacionamentos (Gn 3).
- Criados para estar em comunhão com Deus. Fomos criados para estar em comunhão com Deus. A desobediência do casal Adão e Eva, no entanto, resultou na separação entre Deus e o ser humano. O infinito amor divino se revelou logo no início, oferecendo uma possibilidade de restauração: “Eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a sua cabeça, e você picará o calcanhar da descendência dela” (Gn 3.15). Essa descendência se referia a Jesus, visto que é por meio dEle que o nosso relacionamento com Deus é restaurado.
III. O AMOR POR ISRAEL
O termo hesed não só expressa sentimentos relacionados a amor, favor, misericórdia, mas, tem também implicações teológicas quando se trata do relacionamento de Deus com Israel. Além de informar que Deus ama o seu povo, revela também o comprometimento divino com Israel pela aliança feita no Sinai (Êx 19.3-8).
- Deus escolheu Israel. Deuteronômio 7.7-13 nos conta que o Senhor Deus amou e libertou a Israel do Egito para cumprir o juramento que tinha feito aos seus antepassados. Quem são esses antepassados? Os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. O amor de Deus pelo seu povo está relacionado à promessa feita no passado a esses homens.
- Deus se revela na história de Israel. O salmo 105 conta parte da história de Israel de forma poética. Primeiro, o povo de Deus é convidado a louvar ao Senhor por tudo o que Ele tem feito e a compartilhar as suas obras para outros povos. O amor de Deus se revela pelo desenrolar dos acontecimentos de Israel: a história dos patriarcas, o tempo no Egito e a libertação. Os israelitas deviam sempre pensar nisso, lembrar-se de onde saíram e para onde foram guiados pelo Senhor. Hoje, esse salmo nos convida a glorificar a Deus, a ter um coração agradecido e alegre. O salmo nos ensina também a buscar a presença de Deus. É uma rotina que devemos criar em resposta ao amor que Deus já demonstrou a Israel e que se estende também a nós.
CONCLUSÃO
O sentido de amar não é uma emoção, mas expressa comprometimento e devoção. O amor de Deus por nós é de tal forma que Ele entregou o seu único Filho para morrer em nosso lugar. É muito bom saber que somos amados por Deus. Ele já provou o seu amor por nós. E você? Já abriu o seu coração para o amor de Deus? Pense nisso.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD