Connect with us

Adultos - Betel

Malaquias – Um alerta sobre o perigo da prática religiosa vazia e sem vida

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 193 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 13 – 24 de setembro de 2023

TEXTO ÁUREO

“Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que o não serve.” Malaquias 3.18

VERDADE APLICADA

É preciso permanente vigilância e andar em Espírito para o discípulo de Cristo não se tornar frio, indiferente, superficial e relaxado na vida de adoração a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Malaquias 1

1 Peso da palavra do Senhor contra Israel, pelo ministério de Malaquias.

Malaquias 3

1 Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
6 Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.

Malaquias 4

6 E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Ml 1.1-5
A ingratidão do povo.
Terça-feira – Ml 1.7-14
O formalismo dos sacerdotes.
Quarta-feira – Ml 3.1
O anúncio da vinda do Senhor
Quinta-feira – Ml 3.6
Deus não muda
Sexta-feira – Ml 3.10
Trazer dízimos à Casa do Senhor
Sábado – Ml 3.18
A diferença entre o justo e o ímpio.

INTRODUÇÃO

Malaquias é o último profeta do Antigo Testamento e sua mensagem é sobre arrependimento e juízo, mas também é uma mensagem de esperança, restauração e salvação.

I – O CENÁRIO DO PROFETA MALAQUIAS

No tempo de Malaquias, os judeus já tinham voltado da Babilônia há cerca de 100 anos, estavam curados da idolatria, mas indiferentes à Casa de Deus. Os sacerdotes tinham se tornado negligentes em suas funções. Os sacrifícios eram de qualidade inferior, não atendendo às exigências divinas para tal. O dízimo era negligenciado. E tinham voltado à antiga prática de misturarem-se com povos idólatras pelo casamento (Ed 9). Eles não voltaram à idolatria, mas havia surgido um espírito de mundanismo entre o povo.

  1. Um pouco mais sobre o profeta Malaquias. Não há no livro de Malaquias informações sobre sua vida pessoal. Seu nome significa “meu mensageiro”. O nome desse último profeta do Antigo Testamento tem sido alvo de discussões, pois muitos estudiosos sugerem que se trata apenas do título de um profeta anônimo; outros dizem que de fato é um nome próprio. Isso deve ao fato de os profetas serem chamados de mensageiros do Senhor. A data que o profeta viveu e escreveu seu livro também é incerta.
  2. A mensagem do profeta.As questões tratadas no livro de Malaquias, tais como a corrupção no sacerdócio (Ml 1.6-14), o divórcio leviano de esposas israelitas (Ml 2.10-16) e o casamento misto com mulheres pagãs também foram abordadas no livro de Esdras (Ed 9.1-4; 10.1-4) e Neemias (Ne 10.28-31; 13.10-14,23-31), Assim, segundo o Manual Bíblico(CPAD) e Introdução ao Estudo do Antigo Testamento (CPAD), a partir da descrição apresentada por Malaquias em sua mensagem, é provável que tenha exercido seu ministério profético, aproximadamente, entre 450 e 435 a.C.
  3. Israel e sua falta de amor a Deus. Malaquias repreendeu o povo por ter abandonado a Lei de Deus, chamando-os de volta para um relacionamento genuíno com Ele e também tentando avivar o espírito nacional deles. O profeta denunciou a hipocrisia dos sacerdotes, alertou sobre os casamentos com mulheres de outros povos, a quebra da lei do sábado, a falta de empatia entre seus próprios compatriotas, a negligência com os dízimos e a desobediência à Palavra de Deus. Israel estava vivendo muito aquém de uma vida daqueles que tiveram tantas experiências com Deus como povo escolhido e separado por Ele. O amor a Deus havia esfriado e o culto tornou-se um ritual frio e mecânico.

II – AS OFERTAS CONTAMINADAS

Malaquias denuncia a oferta que traziam para o sacrifício como expiação pelo pecado (Ml 1.8). Contrariando as orientações de Deus a Moisés de como deveria ser feito a escolha dos animais para o sacrifício (Lv 22.17- 33; Nm 18.21-24), aquele povo trazia animais enfermos e defeituosos, os quais não ousariam oferecer ao governador. O profeta reprovou tal atitude e anuncia ao povo que Deus se tornará amado da terra inteira (Ml 1.11).

  1. Os pecados dos sacerdotes.Os sacerdotes, que deveriam ensinar e guiar o povo na retidão (Ml 2.7), eram os responsáveis por aquela situação deplorável. Haviam se tornado corruptos e tão mercenários que a palavra “sacerdote” era alvo de desprezo entre o povo. Preocupados com seus objetivos pessoais, os sacerdotes deixaram de exercer o ministério para o qual foram consagrados.
  2. O Mensageiro de Deus e o Anjo da Aliança.As nações pagãs que viviam em torno de Israel começaram a ficar mais prósperas, cultas e saudáveis e isso despertou a inveja e as murmurações dos israelitas contra Deus. Eles tinham a impressão de que Deus estava abençoando mais os maus e incrédulos do que o Seu povo, por isso começaram a duvidar do poder e da justiça de Deus. O questionamento deles era: “…Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada, ou, onde está o Deus do juízo?” (Ml 2.17).
    Tal questionamento logo encontra sua resposta nos primeiros versículos do capítulo 3. O título “meu Mensageiro” e a profecia anunciada são aplicadas a João Batista (Mc 1.2). Quanto ao “Anjo da Aliança” (Ml 3.1), segundo os estudiosos é o Senhor Jesus Cristo, antes do seu nascimento na forma humana. O contexto refere-se à primeira vinda de Jesus ao mundo com o objetivo de restaurar o verdadeiro e aceitável culto a Deus.
    Por causa da contaminação no Templo com a avareza, inveja, arrogância, incredulidade, egoísmo etc. (Jo 2.13-22), já não poderia ser chamado de Casa de Deus. Assim sendo, o Templo foi destruído no ano 70 a.C., e, em seu lugar, Jesus oferece seu corpo como sacrifício na Nova Aliança. A partir de então, todos os cristãos em todas as partes do mundo que O aceitam como Senhor e Salvador constituem-se no Templo do Espírito Santo de Deus (I Co 6.19-20; Ef 2.20-22).
  3. O dia vindouro do Senhor. A derradeira profecia do Antigo Testamento proclama uma palavra de esperança para o futuro dos crentes em Jesus de todos os povos, nações e culturas. Prediz o retorno de Elias, que foi levado vivo ao céu. Jesus indicou João Batista como Elias que anunciou o Messias (Mt 17.10-13). João Batista pregou e profetizou “no poder e no espírito” (Mt 11.13-14; 17.12-13; Mc 9.11-13).
    Quatro vezes Malaquias olha à frente para o “dia do Senhor” (Ml 1.11; 3.1-6, 16-18; 4.1-6). Seria como uma fornalha ardente que consumiría os perversos, mas para os que temiam ao Senhor seria dia de alegria, quando o “sol da justiça”, o Messias, se levantaria, trazendo salvação. O mesmo sol que destrói alguns, traz raios benéficos para outros. Símbolos de Jesus Cristo como Salvador e Juiz.

III – MALAQUIAS PARA HOJE

Malaquias ainda fala ao mundo moderno sobre a necessidade de manter a prática da fé alinhada a um verdadeiro relacionamento com Deus. É um alerta para que se tenha cuidado com o mero formalismo religioso.

  1. Uma palavra de conforto.Malaquias encerra sua mensagem, falando da diferença entre o justo e o injusto (M13.18), Deixa uma palavra de conforto aos justos: “Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como bezerros do cevadouro” (Ml 4.2), Deus exerce Seu juízo, mas também aponta para a verdadeira esperança. Há um memorial escrito diante dEle para os que temem ao Senhor e se lembram do Seu nome. Deus não se esquece de nossas obras (Ml 3.16).
  2. Vale a pena servir a Deus? O povo tinha estabilidade, mas não era rico. Cansados de esperar, os judeus acharam que Deus os havia abandonado. Eles continuavam a adorar a Deus, mas sem fervor, sem empenho. Alguns se casaram com mulheres de outras nações porque isso lhes conferia riquezas e bons relacionamentos. Eles colocavam em dúvida o valor da fidelidade a Deus em detrimento da prosperidade dos ímpios. Não se pode negar que, em muitos momentos, muitos servos de Deus titubeiam diante dessa realidade. Diante da prosperidade dos maus, surge a pergunta se ainda vale a pena ser fiel a Deus.
  3. O verdadeiro culto. O profeta Malaquias traz um despertamento para o povo de Deus em uma época de crise nos ambientes religiosos, no ambiente social e desânimo entre as pessoas. É possível que a despeito de todas as crises vividas pessoalmente ou ao seu entorno, o crente possa experimentar uma fase de apatia espiritual. Isso se reflete em uma experiência de culto vazio e práticas religiosas sem sentido algum. É como se Malaquias desafiasse cada crente para se colocar frente ao espelho para uma avaliação muito sincera do seu relacionamento com Deus.

CONCLUSÃO

Vimos neste trimestre que os profetas pregavam o arrependimento como requisito indispensável para o perdão de Deus e o cumprimento de Suas promessas.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados