Adolescente - CPAD
Vamos conhecer a 3ª Carta de João
EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 140 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 11 – 10 de setembro de 2023
TEXTO BÍBLICO
III João 1-8
DESTAQUE
Meu querido amigo, você tem sido fiel naquilo que faz pelos irmãos, mesmo quando são estrangeiros. III João 5
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda-feira – Hb 13.16
Terça-feira – SL 34.14
Quarta-feira – Rm 12.10
Quinta-feira – Mt 7.15-23
Sexta-feira – Rm 12.21
Sábado – II Ts 3.13
I. COMPREENDENDO A CARTA
1- O autor. O escritor desta Carta, novamente, se identifica como o “presbítero” (III Jo 1); com toda certeza, trata-se da mesma pessoa que escreveu II João: o apóstolo João, filho de Zebedeu, irmão de Tiago. Em tempos como o nosso, onde as pessoas buscam e ostentam títulos e cargos de destaque, a maneira simples e humilde como apóstolo João se apresenta aos irmãos é um convite exemplar aos que querem seguir a Jesus com simplicidade.
2- O destinatário. Segundo o texto bíblico, a Carta é direcionada a um homem e não a uma congregação específica: “ao querido Gaio” (III Jo 1). O nome Gaio era, de certa forma, comum entre os romanos e o Novo Testamento cita pelo menos três: Gaio de Corinto (I Co 1.14; Rm 16.23), Gaio da Macedônia (At 19.29) e Gaio de Derbe (At 20.4). Embora não saibamos com certeza para qual Gaio o apóstolo João está escrevendo, podemos deduzir que ele era um pastor de uma igreja local na região da Ásia Menor, a quem o apóstolo amava e respeitava em função da sua hospitalidade e do seu compromisso com a verdade (III Jo 1-5).
3- O propósito. João escreveu essa carta visando três propósitos:
(1) Encorajar a Gaio e os demais cristãos a continuarem praticando a hospitalidade com os irmãos verdadeiros que exerciam o ministério itinerante da pregação (III Jo 6);
(2) Advertir e reprovar a atitude de Diótrefes, ensinando a igreja a seguir o exemplo do bem (vv. 9,10); e
(3) Anunciar que em breve ele visitaria Gaio e a igreja que estava sob seu pastoreio (v.13).
II. CONHECENDO A ÁRVORE PELO FRUTO
O testemunho do cristão diante da igreja e da sociedade deve ser algo que exalta a Deus. Nós devemos viver de acordo com a Palavra do Senhor, honrando-o com nossas atitudes, pois, como já estudamos, nossas atitudes precisam ser coerentes com a nossa fé. Como sabemos, árvores boas produzem bons frutos e árvores ruins, maus frutos. A mesma lógica pode e deve ser aplicada àqueles que falam em nome de Deus (Mt 7.15-23). O apóstolo João, nesta Terceira Carta, destacou bons e maus testemunhos. Vamos conhecer sobre as três pessoas que ele mencionou:
1- Gaio, um servo abençoador. Além de amável (III Jo 1,2,5), espiritualmente saudável (v.2) e de bom testemunho (vv.3,4), o irmão Gaio era um servo de Deus fiel e hospitaleiro com os irmãos da fé que desempenhavam o ministério (v.5). Era alguém que tinha prazer em oferecer suporte e acolhimento aos servos de Deus (vv.6,7) e, por isso, tornara-se um cooperador da verdade (v.8). Ele coloca sua vida, sua casa, seus recursos e seus dons à disposição do Reino de Deus e da Igreja de Jesus. Seu objetivo era ser uma bênção na vida das pessoas ao seu redor.
2- Diótrefes, um servo reprovado. Completamente diferente de Gaio, Diótrefes era um homem de caráter duvidoso, um exemplo que não devemos seguir. Ele era egoísta, arrogante, soberbo e buscava ter autoridade entre os irmãos (III Jo 9); alguém que gostava de ser servido e de figurar como foco das atenções, contrariando a proposta do Evangelho ensinado por Jesus (Mt 20.26,27; Mc 10.42-45). Além disso, era um servo insubmisso, difamador, mentiroso, autoritário e intolerante, pois João aponta que Diótrefes chegava a impedir a entrada e expulsava fora da igreja local cristãos verdadeiros que discordam dele (III Jo 10).
3-Demétrio, um servo exemplar. Demétrio era o oposto de Diótrefes. Ele era um homem que “todos falam bem” (III Jo 12); alguém que possuía um bom testemunho, tanto com os de dentro, quanto com os de fora da igreja. Sua vida exemplar era coerente com sua pregação. Era um homem confiável, resiliente e servo da verdade; um ótimo exemplo a ser seguido.
III. SEJA UM IMITADOR DO BEM
Na caminhada da fé nos esbarramos com muitos bons e maus exemplos, a semelhança de Gaio, Diótrefes e Demétrio. Alguns amam profundamente a Deus e outros amam a si mesmos; uns estão comprometidos em fazer o bem e outros envolvidos na prática do mau; uns são trigo e outros, definitivamente, joio; alguns trabalham para e com Deus e outros trabalham contra Deus. Uma coisa é certa: não dá para ficarmos em cima do muro, precisamos escolher um lado.
Pensando nisso, João faz uma exortação a Gaio dizendo que ele não deveria fechar o coração e tomar como padrão o mau exemplo de Diótrefes, mas observar o irmão Demétrio e imitá-lo, pois era um servo da verdade e amante do bem (III Jo 11). Somos desafiados pelas Escrituras a nos afastar do m al e a promover a bondade (Sl 34.14), a confiar no Senhor e fazer o bem (Sl 37.3), a odiar o mal e seguir o que é bom (Rm 12.9) e a vencer o mal praticando atos bondosos (Rm 12.21).
Não devemos nos cansar de fazer o bem a todos (II Ts 3.13), pois quem ajuda aos outros agrada a Deus (Hb 13.16). Jamais esqueçamos que fomos criados para praticar boas obras (Ef 2.10) e que o Pai Celestial espera ser glorificado pelas coisas boas que realizam os (Mt 5.16). Sendo assim, as palavras de João a Gaio são um desafio atual para todos nós: “imite o que é bom e não o que é mau. Quem faz o bem é de Deus, e quem faz o mal nunca viu Deus” (III Jo 11). Que o nosso compromisso seja o amor sincero, a rejeição ao bullying, o acolhimento, o perdão, a intercessão, o afeto e a prática permanente do bem, para glória de Deus e benefício do próximo.
CONCLUSÃO
Na nossa caminhada cristã sempre encontraremos exemplos de bons e maus cristãos. Nós devemos nos inspirar nos bons exemplos, sabendo que um dia Deus ajustará as contas com aqueles que praticam maldades e pecados. Assim como Gaio e Demétrio, devemos ter um excelente testemunho de vida.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD