Adolescente - CPAD
Vamos conhecer a 1ª carta de Pedro
EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 136 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 07 – 13 de agosto de 2023
TEXTO BÍBLICO
I Pedro 1.6-9,13-16
DESTAQUE
[…] Quero animá-los e dar o meu testemunho de que as bênçãos que vocês têm recebido são uma prova verdadeira da graça de Deus. Continuem firmes, pois, nessa graça. I Pedro 5.12
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda-feira – Lc 5.10
Terça-feira – I Pe 1.1,2
Quarta-feira – II Co 4.16-18
Quinta-feira – I Ts 4.1-4
Sexta-feira – Mt 22.37-39
Sábado – I Pe 4.6-11
I. ABRINDO A PRIMEIRA CARTA DE PEDRO
1- Você sabe quem escreveu essa Carta? O autor da Carta é “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” (I Pe 1.1). Ele é o mesmo Simão Pedro, irmão de André, o qual em uma ocasião foi chamado por Jesus de “Cefas” (Jo 1.40-44). Ele era pescador, por profissão, e Jesus o transformou num “pescador de gente” (Lc 5.10), por vocação. Era casado (Lc 4.38,39) e foi um dos primeiros discípulos a ser chamado por Jesus (Mt 4.18-20). Em sua caminhada como discípulo do Mestre, Pedro negou a Jesus três vezes (Mc 14.66-72). Porém, foi perdoado e reintegrado pelo Senhor (Jo 21.15-19), dedicando o resto de sua vida como apóstolo e missionário, conforme é possível observar em Atos dos Apóstolos (At 1.13; 2.14; 3.1,6-9; 4.8,23; 8.14,15,17). A tradição da igreja diz que ele foi crucificado de cabeça para baixo pelo imperador romano Nero, no fim da década de 60.
2- Para quem a Carta foi escrita? Essa Carta foi escrita “ao povo de Deus que vive espalhado nas províncias do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (I Pe 1.1). Essas igrejas eram formadas por judeus e gentios (não judeus) convertidos a Cristo. Entretanto, em função das citações que o apóstolo faz da vida antiga de seus destinatários, acredita-se que eram de maioria gentílica (I Pe 1.14,18; 2.10; 4.2-4). Essa Carta também pode ter sido uma Carta circular, ou seja, que foi lida para diversas igrejas, em locais diferentes. Podemos afirmar e reivindicar sua atualidade e relevância aos cristãos verdadeiros de todas as épocas.
3- Afinal de contas, por que essa Carta foi escrita? O apóstolo Pedro, provavelmente, escreveu essa Carta em Roma, entre 60 e 63 d.C. Seu propósito era oferecer incentivo, esperança e fortalecimento aos irmãos que estavam enfrentando e/ou enfrentariam algum tipo de sofrimento (I Pe 1.6, 4.12, 5.12). Tais sofrimentos eram causados por acusações caluniosas e perseguições promovidas por grupos civis ou pelo próprio império romano. Em resposta ao chamado de Jesus, registrado em João 21.15-17, o pastor Pedro demonstra todo seu cuidado orientando esses irmãos a permanecerem firmes na fé e tomarem o Senhor Jesus como o modelo de fidelidade ao Pai, mesmo em meio aos sofrimentos injustos da vida (I Pe 2.18-25), sabendo que todos os cristãos são “estrangeiros de passagem por este mundo” (I Pe 2.11).
II. AS PROVAÇÕES DA CAMINHADA CRISTÃ
Os destinatários dessa Carta certamente estavam sofrendo algum tipo de perseguição. Considerando as aflições da vida enfrentadas pelo povo de Deus, Pedro ensina acerca de alguns aspectos das provações:
Elas são múltiplas – “muitos tipos de provações” (I Pe 1.6). As provações podem vir em forma de acusações, deboches, agressões verbais ou físicas, calúnias, seduções etc. Devemos estar atentos e preparados para não cairmos nas ciladas do nosso Adversário, que usa pessoas e coisas para nos tentar e seduzir. Independente da variedade de provações que possam vir sobre nós, Deus tem graça suficiente para suprir nossas necessidades e nos fazer vencê-las (I Jo 4.9,10).
Elas causam tristeza – “é possível que vocês fiquem tristes” (I Pe 1.6). Não há nenhum problema em ficar triste e chorar em função de uma dolorosa provação, o que não devemos é desanimar e abandonar a fé em Cristo por causa dela (Rm 12.12), pois há uma esperança viva nos aguardando (I Pe 1.3-5), uma glória eterna preparada para nós (Rm 8.18).
Elas não duram para sempre – “por algum tempo” (I Pe 1.6). Salomão já dizia que “tudo neste mundo tem o seu tempo” (Ec 3.1). As provações são passageiras, Deus não as permitirá para sempre, por isso devemos ser pacientes (II Co 4.16-18).
Elas cumprem um propósito – “são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira” (I Pe 1.7). Devemos encarar as provações como um processo de purificação que nos Limpa e nos prepara para a vinda de Jesus Cristo; Elas nos ensinam a paciência e nos aperfeiçoam (II Co 12.7-9).
A causa do sofrimento desses cristãos não era um crime cometido ou algum comportamento duvidoso. Eles estavam sendo criticados publicamente e perseguidos por causa da fé que abraçaram, pela nova vida que escolheram viver, ou seja, por causa da fidelidade a Jesus Cristo. Eles perseveraram e nós também devemos nos mantermos fiéis ao Senhor, independente do que isso possa custar. Pode acontecer de passarmos por situações difíceis ou de pressão social, mas devemos nos manter firmes na nossa fé.
III. UMA VIDA QUE AGRADA A DEUS
Como filhos de Deus desejamos agradá-lo em tudo. Temos plena consciência de nossas fragilidades e limitações pessoais, mas não devemos nos apoiar nelas como desculpa para vivermos uma vida incompatível com a salvação recebida. Pelo contrário, o apóstolo Pedro diz que aqueles que amam e andam com Deus são obedientes e não se deixam dominar pelos desejos que tinham antes da conversão (I Pe 1.14; 4.2).
Como salvos, somos novas criaturas (II Co 5.17) temos um novo coração (Ez 36.26), uma nova maneira de pensar (Rm 12.2) e consequentemente, uma nova vida (Ef 4.25-32). Pedro nos convoca a ser santos em tudo o que fizermos, pois, a santidade é uma característica requerida dos filhos de Deus (I Pe 1.15,16). Ser santo é mais do que fazer ou deixar de fazer algo. Santidade tem a ver com a consagração de toda nossa vida a Deus (I Ts 4.1-3) e com o compromisso de amá-lo acima de todas as coisas (Mt 22.37), vivendo para sua glória e seu louvor.
Afinal de contas, um alto preço foi pago para nossa salvação (I Pe 1.18,19). O Deus que nos salvou e nos santificou espera que amemos uns aos outros (I Pe 3.8; 4.8), pratiquemos o bem (I Pe 3.11) e vivamos uma vida que o agrade em tudo (I Pe 4.10,11; I Co 10.31). Sejamos santos, porque Ele é santo! Seja nas redes sociais ou dentro de casa, na reunião dos jovens da igreja local ou sala de aula, todos somos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14) e devemos estar alertas e vigilantes porque o nosso inimigo “anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar” (I Pe 5.8).
CONCLUSÃO
Todo cristão, em algum momento da vida, será desafiado a manifestar sua fé publicamente diante das adversidades da vida. Isso pode ocorrer em uma situação individual ou coletiva. Independentemente, mantenha-se fiel a Jesus Cristo e viva de maneira que o Senhor seja glorificado em cada palavra, pensamento e atitude que você tenha. Continue olhando para Jesus e não desanime da caminhada.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora CPAD