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Adolescente - CPAD

Vamos conhecer a carta de Tiago

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 134 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 05 – 30 de julho de 2023

TEXTO BÍBLICO

Tiago 1.17-22; 2.1-8

DESTAQUE

Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática. Tiago 1.22

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Pv 18.13
Terça-feira – Pv 29.20
Quarta-feira – Sl 141.3
Quinta-feira – At 10.34
Sexta-feira – I Sm 16.7
Sábado – Gl 3.26-29

I. ABRINDO A CARTA DE TIAGO

1- Você sabe quem escreveu essa Carta? O escritor da Carta se identifica como “Tiago” (Tg 1.1). No Novo Testamento temos pelo menos cinco personagens com esse nome:

(1) Tiago, o filho de Zebedeu (Mt 10.2);
(2) Tiago, o filho de Alfeu (Mt 10.3);
(3) Tiago, o menor (Mc 15.40); (4) Tiago, pai de Judas (At 1.13); e (5) Tiago, meio irmão do Senhor (Mt 13.55, Mc 6.3).

Os estudiosos concordam que o autor da Carta seja o irmão de Jesus, àquele que era incrédulo (Jo 7.5). Porém, em algum momento entre o ministério, a morte e a ressurreição do Senhor, Tiago tornou-se um discípulo aplicado e testemunha ocular da ressurreição de Cristo (I Co 15.7).
Ele se tornou um apóstolo e foi um influente líder na igreja em Jerusalém (At 12.17; Gl 2.9), tendo inclusive uma participação decisiva no Concilio (At 15.6,13). Apesar de fazer parte da família terrena de Jesus, Tiago XX) escolheu o caminho da humildade e do serviço. Ele se se apresenta aos seus destinatários como “servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo”. Seu exemplo deve ser seguido por todos os discípulos de Jesus espalhados entre as nações.
2- Para quem a Carta foi escrita? O texto tem como público-alvo “todo o povo de Deus espalhado pelo mundo inteiro” (Tg 1.1); esses eram, provavelmente, judeus cristãos que haviam sido dispersos por causa da perseguição ocorrida em Jerusalém (At 8.1). Entretanto, isso não exclui a possibilidade de gentios convertidos a Jesus Cristo serem considerados e edificados pelo conteúdo dessa Carta. O conteúdo da Carta aponta para o fato de que os destinatários estavam passando por diversas provações (Tg 1.2-7); e, aparentemente, eram, em sua maioria pobres, a julgar pelas denúncias de discriminação contra os necessitados.
3- Afinal de contas, por que a Carta foi escrita? Tiago escreve essa Carta possivelmente depois de se tornar líder da igreja de Jerusalém, entre 44 d.C. e 62 d.C., quando faleceu. É muito provável que ela tenha sido o primeiro escrito do Novo Testamento a ser produzido. Sua finalidade é confortar, fortalecer e orientar seus leitores nas diversas áreas da vida que careciam de cuidado pastoral.

II. OUÇA MAIS E FALE MENOS, POR FAVOR

Por que será que a maioria de nós é tão apressada em dar opiniões e resistente em receber conselhos? Será que perdemos o interesse pelo ouvir? Ou estamos sendo treinados apenas na arte do falar? Uma boa comunicação depende, necessariamente, da maneira como administramos o que ouvimos e o que falamos.
Relacionamentos saudáveis e duradouros dependem dessa interação, razão pela qual os conselhos do irmão Tiago são indispensáveis a todos nós. Vejamos o quanto a mensagem do apóstolo tem a nos ensinar em apenas um versículo: “Lembrem disto, meus queridos irmãos: cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva” (Tg 1.19).

1- Esteja pronto para ouvir. A palavra “pronto”, do grego “tachys” traz a ideia de “rápido, veloz, ligeiro”. Logo, Tiago está dizendo que devemos ser rápidos para prestar atenção ao que está sendo dito. Ou seja, precisamos aprender a ouvir atentamente a Deus e ao nosso próximo, a fim de não cometermos injustiças. O fato de termos dois ouvidos e uma boca é pedagógico, pois é um sinal de que devemos ouvir o dobro do que falamos. A Bíblia diz que devemos ouvir as instruções dos nossos pais (Pv 1.8; 4.1; 23.22).
Você tem feito isso? Os pais e/ou os responsáveis são pessoas a quem devemos respeito. Deus colocou sobre eles autoridade para cuidarem e instruírem seus filhos. Por isso, todo adolescente deve ouvir e obedecer a seus pais (Ef 6.2). Às vezes você pode ser tentado a esconder alguma verdade da sua família, mas não faça isso. A sua família precisa saber sobre as dificuldades e os desafios que você enfrenta para poder orientar e proteger você.
2- Demore para falar. Essa expressão vem do grego “bradys”, cujo significado é “lento”. Tiago está nos dizendo que não devemos ser precipitados nas palavras; refletir antes de falar é a lição a ser aprendida. Afinal de contas, quando falamos antes de pensar, de ouvir ou de orar, normalmente, nos arrependemos e, na maioria das vezes, as consequências são desagradáveis. Como servos de Deus somos chamados a usar nossa fala buscando a edificação do nosso próximo (Ef 4.29), sem nos esquecer que aquele que “toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida, mas que fala demais destrói a si mesmo’’ (Pv 13.3).
Vivemos em uma sociedade onde todos têm pressa de emitir uma opinião ou posicionamento. Mas falar sem pensar pode nos conduzir a uma postura injusta com nossos amigos e com a nossa família. Nossas palavras, quando mal escolhidas, podem machucar outras pessoas. E nós temos a responsabilidade diante de Deus por tudo o que dizemos e pela forma como falamos. Por isso, precisamos dar atenção ao conselho do apóstolo para aprender a pensar um pouco mais antes de falar (Pv 18.13). Além disso, sempre que precisarmos nos expressar devemos procurar por uma abordagem respeitosa.
3- Demore para ficar com raiva. A palavra “raiva” vem do grego “orgê” e significa “ira, indignação, raiva exibida em punição”. O interesse do irmão de Jesus é nos ensinar que não devemos hospedar a ira em nossos corações, pois, normalmente, ela é desgovernada, pecaminosa e destruidora. A ira é obra da carne (Gl 5.19-21) e pode provocar reações terríveis àqueles que por ela são dominados. Não é por acaso que ele diz que “a raiva humana não produz o que Deus aprova” (Tg 1.20).

III. JAMAIS DESPREZE ALGUÉM

O texto de Tiago 2.1-13 é uma das declarações mais contundentes sobre o combate à discriminação social na Bíblia. Nele, o pastor de Jerusalém é categórico ao dizer que quem crê em Jesus Cristo não pode tratar as pessoas de modo diferente por causa da aparência física ou da condição financeira (Tg 2.1,9).
A fim de revelar tamanha incoerência e gravidade, Tiago dá vida ao seu argumento utilizando como exemplo uma visita de dois homens à reunião da congregação: um rico (com anéis de ouro e bem-vestido) e um pobre (vestindo roupas velhas), os quais, ao serem abordados, são tratados de maneira diferente.
O homem rico é favorecido e recebe um tratamento honroso e o pobre é desprezado (Tg 2.1-4). Tal prática não é aceitável entre os cristãos. De acordo com o autor, quem pratica a acepção de pessoas não vive de fato uma vida de piedade, mas uma farsa religiosa (Tg 2.8,9). Desprezar e discriminar alguém por sua cor, nacionalidade, condição econômica, estado de saúde ou idade é errado. Isso é pecado.
Agir com favoritismo ou acepção de pessoas são atitudes incompatíveis com a fé em Cristo. O Mestre nunca julgou pessoas por causa da cor de pele, posição social ou aparência física (Mt 22.16). Pelo contrário, Ele nos ensinou que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados (Mt 7.12) e amá-los como a nós mesmos (Mt 22.39; Tg 2.8).

CONCLUSÃO

Como cristãos devemos aprender a ouvir atentamente e falar respeitosamente com os nossos semelhantes; é nosso papel amá-los como a nós mesmos. Nosso comportamento precisa confirmar nossa fé em Cristo. A forma como falamos e como tratamos o próximo deve reafirmar o nosso testemunho.

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

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