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Adolescente - CPAD

Hebreus, uma carta sobre Jesus

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 131 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 02 – 09 de julho de 2023

TEXTO BÍBLICO

Hebreus 1.1-4,8,9

DESTAQUE

Mas nestes últimos tempos ele nos falou por meio do seu Filho. Foi ele quem Deus escolheu para possuir todas as coisas e foi por meio dele que Deus criou o Universo. Hebreus 1.2

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Hb 2.1
Terça-feira – Dt 13.4
Quarta-feira – I Jo 4.2
Quinta-feira – Jo 10.30
Sexta-feira – Hb 2.17,18
Sábado – Ap 1.7,8

I. A CARTA AOS HEBREUS

1- Você sabe quem escreveu essa Carta? Ao decorrer da história da Igreja, personagens como Paulo, Lucas, Barnabé, Apoio, Silas, Filipe, Priscila e Áquila, e até mesmo Clemente de Roma, foram apontados como possíveis autores dessa epístola. Entretanto, como não há qualquer menção direta no conteúdo da carta a um nome específico, muitos teólogos preferem tratá-la como uma correspondência anônima, uma vez que o seu autor escolheu se ocultar. A única impressão que temos é que ele era um judeu cristão de fala grega, bem familiarizado com o Antigo Testamento e bem conhecido dos irmãos para quem escreveu (Hb 13.18-25).
2- Para quem a Carta foi escrita? Os destinatários dessa epístola, tradicionalmente, têm sido identificados como um grupo de cristãos judeus, daí o título da carta, “aos hebreus”. Qualquer leitor atento perceberá inúmeras citações e imagens do Antigo Testamento sendo reinterpretadas à luz da vida e obra de Jesus Cristo, o Filho de Deus. De forma que essas numerosas citações apontam para a identificação dos destinatários. Porém, não é possível confirmar onde esses “hebreus viviam, pois o autor não informa. Mas há uma hipótese que aponta na direção da cidade de Roma.
3- Afinal de contas, por que a Carta foi escrita? O texto da Carta indica que esses judeus cristãos estavam sofrendo algum tipo de perseguição e, por isso, pensavam em abandonar a fé em Cristo e voltar a prática do judaísmo. Entretanto, o autor, como um verdadeiro pastor, exorta e encoraja os leitores a permanecerem fiéis a Deus e a não se desviarem (Hb 2.1; 3.12; 6.11; 10.22-25). O remetente destaca que eles precisam ser obedientes à Palavra de Deus (4.2,6,12) e motiva os irmãos a servirem ao Senhor “de um modo que o agrade, com respeito e temor” (12.28).
Todos nós passamos por momentos difíceis e podemos ser tentados pelo desânimo. Mas nós não devemos nos entregar a tais sentimentos. Antes, devemos procurar nas Escrituras uma resposta para as nossas aflições. É mediante o contato com a Bíblia que a nossa fé é renovada e fortalecida. Os irmãos hebreus receberam essa carta quando mais precisavam. Você também sempre pode recorrer à Palavra de Deus em momentos de dificuldades.

II. O DEUS QUE SE REVELOU EM CRISTO

O autor inicia anunciando uma verdade fundamental da fé cristã: o conhecimento de Deus não se dá pela investigação humana, mas pela iniciativa do próprio Deus em se autor revelar à humanidade. E essa autorrevelação ocorre progressivamente na História.
1- Deus falou pelos profetas (Hb 1.1): O Deus que falou no passado pelos profetas, “falou muitas vezes e de muitas maneiras”. Essa variedade de formas utilizadas por Ele para comunicar sua Lei e sua vontade pode ser vista claramente na Bíblia. O Senhor falou ao seu povo por meio de visões (is 6.1), sonhos (Gn 28.10-13), pessoalmente (Êx 31.18), revelações angelicais (Gn 18.1,2), além de palavras e eventos proféticos (Jr 13.1-10; Jr 1.1-5) contidos no Antigo Testamento.
Através dos profetas, essa revelação foi entregue em palavras humanas, faladas e escritas, em variadas formas, tais como histórias, poesias, provérbios e profecias. Esses porta-vozes de Deus tinham a responsabilidade de orientar, despertar e convocar o povo a voltar-se para Deus. Entretanto, como a antiga aliança não era definitiva, sua comunicação era parcial e incompleta, pois apontava para algo maior e permanente no futuro: a revelação do Filho de Deus.
2- Deus falou pelo seu Filho (Hb 1.2): O Deus que falou no passado, continuou se revelando. Porém, agora de forma plena e definitiva, por meio de Jesus Cristo, seu Filho. Jesus é a “revelação visível do Deus invisível” (Cl 1.15), em quem “está presente toda a natureza de Deus” (Cl 2.9), através de quem o próprio Deus é visto (Jo 12.45; 14.8-11). Cristo completou e cumpriu a mensagem que foi dada pelos profetas. Pois Deus o “escolheu para possuir todas as coisas e foi por meio dele que Deus criou o Universo” (Hb 1.2). Logo, não há mais nenhuma revelação pendente, pois Ele é superior aos profetas; Ele é a última e completa revelação de Deus; Ele é o Filho que “brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus” (Hb 1.3). Assim, o Antigo Testamento se cumpriu no Novo. Jesus é o centro de toda mensagem bíblica.

III. A SUPERIORIDADE DE JESUS CRISTO

A primeira grande mensagem dessa Carta é a superioridade de Jesus Cristo em relação aos personagens e instituições do Antigo Testamento. Lembre-se de que o grupo de irmãos que estava recebendo essa carta era composto por pessoas que estavam sendo tentadas a abandonar a fé em Cristo para retornar à prática dos costumes da Lei de Moisés. Então, o autor da carta se esforçou para mostrar que não há nada, nem ninguém igual ou superior a Jesus Cristo e que, por isso, os que creem no Senhor podem descansar e confiar no Salvador.
1- Jesus é superior aos anjos (Hb 1.4): O autor apresenta um contraste entre os seres angelicais e Jesus Cristo, a fim de comprovar a superioridade do Filho de Deus: eles são mensageiros, Jesus é o Filho (Hb 1.4,5); eles são adoradores, Jesus é o adorado (Hb 1.6); eles são criaturas, Jesus é o Criador (Hb 1.7-12; Cl 1.16,17); eles são servos, Jesus é o Rei e Senhor (Hb 1.13,14). Como fica evidente, os anjos são criaturas que servem a Deus e aos que hão de herdar a salvação.
2- Jesus é superior a Moisés (Hb 3.3): Moisés foi um grande líder do povo de Israel. Deus o usou para tirar o seu povo da escravidão do Egito e para guiá-lo pelo deserto. Através do ministério de Moisés o povo de Israel recebeu a Lei do Senhor. Apesar da importante contribuição dele, o autor convida seus leitores a olharem para Jesus, a quem “Deus enviou para ser o Grande Sacerdote da fé que professamos” (Hb 3.1). A superioridade de Jesus Cristo em relação a Moisés se justifica pelas seguintes razões:
(a) Porque o construtor é maior que a casa (Hb 3.2-4) – a “casa” é uma referência ao povo de Deus. Logo, Moisés foi fiel a Deus, servindo seu povo no deserto. Entretanto, Jesus Cristo é maior, pois é o fundador e dono da Igreja (Mt 16.18);
(b) Porque o Filho é maior que o servo (Hb 3.5,6). Moisés não criou a Lei, apenas a transmitiu ao povo. Ele não era o dono da “casa” (o povo de Deus), era apenas um servo. Porém, Jesus é o dono e ocupa posição de Filho sobre a casa que Ele mesmo estabeleceu; e
(c) Porque a sombra é inferior ao que ela representa – Moisés “falou das coisas que Deus ia dizer no futuro” (Hb 3.5), mas Jesus tornou essas coisas realidade; Jesus é o cumprimento do que Moisés havia anunciado.
3- Jesus é superior aos sacerdotes (Hb 4.14): Logo após a saída do povo hebreu do Egito, Deus escolheu os homens da tribo de Levi para atuarem exclusivamente no cuidado do Tabernáculo. De forma que os levitas deviam dedicar toda sua vida ao cuidado dos itens sagrados, à observância aos mandamentos de Deus e ao exercício da adoração.
Dentre os levitas, Deus escolheu os descendentes de Arão (irmão de Moisés) para serem sacerdotes (Êx 28.1,41). Eles eram autoridades e ficavam responsáveis pelos sacrifícios (Lv 16.3). Assim, ainda no deserto, foi estabelecido o sacerdócio segundo a ordem de Arão, conforme a orientação de Deus (Êx 40.12-15). Os sacerdotes atuavam como intercessores do povo diante de Deus (Lv 16.11,15-17).
A Carta aos Hebreus declara corajosamente que a superioridade de Jesus Cristo em comparação a Arão é percebida tanto em relação à sua pessoa quanto à sua obra. O escritor diz que Jesus é “um Grande Sacerdote poderoso”, o qual “entrou na própria presença de Deus” (Hb 4.14). O adjetivo “Grande” indica que Jesus está acima de todos os sacerdotes humanos.
O autor de Hebreus usou todos esses argumentos para ensinar os irmãos que Cristo é suficiente. Jesus é completo, perfeito, forte, vitorioso. Ele é o salvador. Somente Ele é digno de ser adorado. Não devemos colocar nossa confiança em pessoas, mesmo que elas sejam grandes servas de Deus. Devemos crer apenas em Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

E, quando enfrentarmos momentos de dificuldades, precisamos lembrar do tamanho e do poder do nosso Salvador. Cristo é superior também ao mal, ao Maligno, às aflições e às tentações. Jesus é tão poderoso que Ele venceu até a morte!

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

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