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Adolescente - CPAD

A importância da comunicação

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 130 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 01 – 02 de julho de 2023

TEXTO BÍBLICO

Atos 15.20-31

DESTAQUE

[…] Lá reuniram os cristãos e entregaram a carta. Quando estes a leram, ficaram muito alegres com as palavras de ânimo que havia nela. Atos 15.30,31

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Gl 6.11
Terça-feira – At 28.21
Quarta-feira – II Pe 3.18
Quinta-feira – II Tm 4.13-15
Sexta-feira – Jd 3
Sábado – II Tm 3.16,17

I. A NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO

Em tempos tecnológicos como este que vivemos, as cartas escritas à mão estão cada vez mais escassas. Elas estão sendo substituídas por e-mails e aplicativos de mensagens instantâneas. Entretanto, não foi sempre assim. Houve uma época em que elas eram a forma mais popular de comunicação à distância. As cartas serviam para compartilhar experiências, efetuar cobranças, aconselhar amigos, oferecer consolo, contar novidades, e tantas outras finalidades.
Antes da criação do papel, (como conhecemos hoje), as cartas no mundo Greco-Romano eram escritas, normalmente, em papiros – uma folha produzida de uma planta com o mesmo nome ou pergaminhos – um suporte para escrita feito de pele de animais. Em função do alto custo desses materiais e do baixo índice de alfabetização da população, as cartas costumavam ser ditadas a um profissional chamado de amanuense, o qual tinha a tarefa de transformar pensamentos e ideias em palavras escritas.
Essas cartas antigas possuíam alguns elementos básicos: o nome do escritor, o nome do destinatário, uma saudação simples, o conteúdo da mensagem e uma saudação final. Tal formato aparece de forma clara nas cartas do Novo Testamento (1 Co 1.1,2). As cartas cumpriam um importante e imprescindível papel na comunicação entre as famílias e povos da antiguidade, encurtando distâncias, fortalecendo relacionamentos e resolvendo problemas. O ato de enviar ou de receber cartas era algo esperado e celebrado.

II. A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO E SUAS CARTAS

A Igreja cresceu muito após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, em resposta à pregação dos apóstolos e a ação poderosa e permanente do Espírito Santo. Diante dessa expansão, os apóstolos precisaram diversificar seus métodos de comunicação, a fim de atender aos novos desafios. Aqueles que, a princípio, valiam-se da pregação (oral), agora, em função da quantidade cada vez maior de igrejas espalhadas pelo Império Romano, precisaram fazer uso de cartas, para ensinar e instruir os cristãos.
A escrita foi uma forma que os apóstolos encontraram para se corresponderem e se fazerem presentes diante da necessidade de pastoreio do rebanho à distância. Não é por acaso que dos 27 livros do Novo Testamento, 21 foram produzidos em forma de cartas ou epístolas. Elas equivalem a cerca de 35% de todo seu conteúdo. As epístolas podem ser agrupadas em dois blocos:

(1) aquelas escritas por Paulo (de Romanos a Filemon) e
(2) aquelas produzidas por outros autores (de Hebreus a Judas). Através delas os apóstolos e escritores bíblicos mantinham um relacionamento intenso com as diversas igrejas, ensinando-as, tanto o conteúdo da fé, quanto o modo de agir na sociedade.
Embora, a princípio, Paulo e os demais escritores não tivessem em mente que estavam produzindo aquilo que, posteriormente, seria chamado de Novo Testamento, todos, de alguma forma, tinham a convicção de que seus ensinos, além de estarem em conformidade com aquilo que aprenderam de Jesus, deveriam ser assimilados e praticados pelos fiéis (I Co 2.10,13; 14.37; I Ts 2.13; I Pe 5.10-12; I Jo 4.6).
Eles acreditavam que estavam sendo orientados e inspirados pelo Espírito Santo na tarefa de consolar, edificar e exortar à igreja através desse recurso tão importante. Sendo assim, da mesma maneira que as cartas escritas e enviadas alimentaram a fé, ofereceram caminhos e corrigiram posturas da Igreja Primitiva, também são necessárias e pertinentes a nós que vivemos no tempo presente, pois elas nos apresentam uma maneira de pensar e de se comportar que identifica o verdadeiro discípulo de Cristo.

III. CARTAS IMPORTANTES PARA O NOSSO TEMPO

As últimas oito cartas do Novo Testamento serão alvo de estudo durante todo esse trimestre. Normalmente, as Cartas de Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas são chamadas de “cartas gerais ou universais”. Além dessas, também estudaremos a Carta aos Hebreus. O termo “Cartas Gerais”, embora não seja bíblico, foi atribuído a partir do quarto século àquelas cartas que, além de não fazerem parte dos escritos de Paulo, possuíam como destinatários um público mais abrangente do que uma pessoa ou uma igreja específica.
Vejamos alguns exemplos: Tiago traz “saudações a todo o povo de Deus espalhado pelo mundo inteiro” (Tg 1.1); Pedro escreve “ao povo de Deus que vive espalhado nas províncias do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (I Pe 1.1); Judas se dirige “aos que foram chamados, isto é, aqueles a quem Deus, o Pai, ama e a quem Jesus Cristo protege” (Jd 1).
É bem verdade que essa regra também teve suas exceções, conforme podemos ver nas cartas de 2 e 3 João, cujos destinatários são: “a querida Senhora e os seus filhos” (II Jo 1.1) e “o querido Gaio” (II Jo 1.1). A importância dessas cartas está no fato de terem sido inspiradas pelo Espírito Santo. Afinal de contas, “nenhuma mensagem profética veio da vontade humana, mas as pessoas eram guiadas pelo Espírito Santo quando anunciavam a mensagem que vinha de Deus” (II Pe 1.21). Sendo assim, elas trazem ensinamentos que precisam ser obedecidos por todos os cristãos, em todas as épocas.
As cartas bíblicas nos exortam acerca do problema do sofrimento, encorajamos a viver em obediência ao Senhor e nos ensina sobre como devemos perseverar na fé, além de instruir a sermos zelosos com a pureza e a vivermos a simplicidade do Evangelho (II Tm 3.16). Você já parou para dar atenção a esse conteúdo bíblico? Deus tem uma mensagem poderosa para você em cada capítulo da Bíblia. Por isso, ao ler as Escrituras, abra seu coração e peça para que o Espírito Santo fale com você.

CONCLUSÃO

As cartas foram e continuam sendo ótimos instrumentos de comunicação, pois além de compartilharem informações, elas também transmitem sentimentos e geram conexão entre as pessoas. Hoje, além das cartas, temos as redes sociais e os aplicativos de mensagens instantâneas à nossa disposição para compartilharmos experiências agradáveis, edificantes, consoladoras e exortativas. A comunicação é muito importante. Devemos usar todos os meios de comunicação para compartilhar a Palavra de Deus.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

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