Adultos - Betel
Mensagens proféticas – Deus continua falando
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 181 – 3º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 01 – 02 de julho de 2023
TEXTO ÁUREO
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” II Pedro 1.21
VERDADE APLICADA
A mensagem dos profetas do Antigo Testamento serve como despertamento para o cristão dos dias atuais.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
II Pedro 1
16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade.
19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vossos corações,
20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;
21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Dt 18.15-22
A promessa de um grande profeta.
Terça-feira – II Sm 7.1-7
O ministério do profeta Natã.
Quarta-feira – II Rs 2.1-8
O ministério do profeta Elias.
Quinta-feira – II Rs 4.6-17
O ministério do profeta Eliseu.
Sexta-feira – Jr 23.9-40
Palavra contra os falsos profetas.
Sábado – Mq 3.5-7
Ameaças contra os falsos profetas
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos os Profetas do Antigo Testamento, em particular os Profetas Menores. Veremos que eles foram instrumentos de Deus para anunciar Sua mensagem ao Seu povo.
I – QUEM ERAM OS PROFETAS?
Um profeta era alguém escolhido por Deus para proclamar sua mensagem, apesar de suas limitações e sua humanidade. Mesmo com os avanços tecnológicos e a evolução que experimentamos no presente século, os dilemas em relação à espiritualidade genuína, à ética, à justiça social e às mazelas do ser humano enfrentados pelos profetas encontram-se presentes atualmente, apesar de todo progresso que a humanidade alcançou.
1. Diversidade e unidade dos profetas. Os profetas cumpriram sua missão de maneira bem diferente uns dos outros. O profeta Elias, por exemplo, achava que não existia outra pessoa que estivesse buscando a Deus, pois sentiu-se muito isolado no cumprimento da missão (I Rs 19.10,14). Os profetas tinham formas bem peculiares para o exercício de seus ministérios; a música, às vezes, era usada para ajudar no trabalho profético (I Sm 10.5-6; II Rs 3.15). Outras vezes, sonhos e visões eram o fundamento para a profecia, no entanto, o profeta Jeremias alerta para o fato de que um sonho ou visão não era garantia que, de fato, a mensagem era da parte de Deus (Jr 23.28-32).
2. Características dos profetas:
a) Homem de Deus – essas palavras realçam a diferença de caráter e modo de vida entre o profeta e as demais pessoas. Foi assim que a mulher sunamita se referiu ao profeta Eliseu: “Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (II Rs 4.9);
b) Uma chamada específica – a chamada para a missão do profeta vinha de Deus. O profeta comunicava a mensagem de Deus aos homens, sendo ele o homem que, antes de tudo, se apresentou a Deus primeiro (I Rs 17.1; 18.15);
c) Perfeita consciência da história – o profeta interpretava os acontecimentos históricos. Os profetas criam que Deus é o Deus da história e nada foge ao Seu controle nos acontecimentos do dia a dia. E, por isso, Sua Palavra é de absoluta confiança;
d) Preocupação ética e social – as injustiças e violências cometidas contra o povo sempre eram denunciadas pelos profetas. Havia uma preocupação com o bem-estar social: por exemplo, Moisés (Dt 24.19-22; Lv 19.9-18) e Amós (Am 2.6-8; 5.11).
3. Os falsos profetas. A profecia verdadeira se distinguia de outras práticas abomináveis aos olhos de Deus como adivinhação, feitiçaria etc. (Dt 18.10- 12), Também nem todos que usavam ou afirmavam falar em nome de Deus eram reconhecidos no Antigo Testamento como verdadeiros profetas. Algumas vezes, profecias eram ditas em total desacordo com a Palavra de Deus ou a Sua vontade (Jr 23.9-40; Mq 2.6- 11). Quando um profeta “falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou” (Dt 18.22), Jeremias enfatizou a mesma verdade: “O profeta que profetizar paz, quando se cumprir a palavra desse profeta, será conhecido como aquele a quem o Senhor, na verdade, enviou.” (Jr 28.9).
II – SUCESSORES DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO
No Novo Testamento, a revelação de Deus quanto ao plano da salvação foi totalmente escrita e registrada de maneira final, completa e infalível pelos apóstolos. Dessa forma, concluiu-se a revelação dada aos profetas no Antigo Testamento.
1. Através de quem Deus continuou a se revelar? Deus continuou a se revelar aos homens, através dos doze apóstolos e do apóstolo Paulo, apesar dos profetas das igrejas locais, como os que havia em Jerusalém, Antioquia e Corinto (At 11.27; 13.1; I Co 14.29). Diferente do que acontecia no Antigo Testamento, profetizar na Igreja Primitiva era um dom que os cristãos podiam exercer nos cultos, desde que houvesse ordem, segundo os ensinamentos do apóstolo Paulo (I Co 12.10; 14.29- 32), Também tais profecias estavam debaixo da autoridade apostólica (I Co 14.37) e tinham que ser julgadas pelos demais (I Co 1 4 .2 9 ). Os profetas cristãos das igrejas locais não deixaram nada escrito, ao contrário dos apóstolos que foram inspirados para escrever o Novo Testamento (l Ts 2.13; II Pe 3.16), e suas palavras deviam ser recebidas sem questionamentos ou dúvidas, assim como acontecia com os profetas do Antigo Testamento (Gl 1.8-9; I Co 14.37).
2. Jesus, o ápice da proclamação profética. Os profetas no Antigo Testamento anunciaram a Palavra de Deus, apontando para Jesus (Hb 1.1-2), No Novo Testamento, Jesus Cristo é apresentado como aquele que realiza o ápice da proclamação profética. Em alguns textos neotestamentários, Jesus foi identificado como profeta (Mt 16.14; 21.46; Lc 7.16; 13.34; 24.19; Jo 6.14; 7.40; 9.17).
3. Os profetas de ontem ainda falam hoje. Em todas as épocas sempre houve uma grande necessidade de uma mensagem profética que denuncie a corrupção, as injustiças sociais, o abuso de autoridade, o afrouxamento dos padrões de m oralidade e a frieza espiritual do povo de Deus. Esse era o conteúdo das mensagens dos profetas de Deus. Vivemos dias com essa mesma urgência e necessidade. De fato, os profetas de ontem ainda falam hoje.
III – A MENSAGEM PROFÉTICA
A grande preocupação do profeta era transmitir fielmente a Palavra que tinha recebido do Senhor e que “permanece para sempre” (Is 40.8). Os profetas falavam por meio de advertências e encorajamentos concernentes ao presente e ao futuro.
1. Os profetas e as Escrituras. Os profetas foram os principais instrumentos usados por Deus para as revelações divinas à forma escrita, tendo produzido um dos mais notáveis documentos espirituais do mundo: o Antigo Testamento. Moisés, o primeiro dos grandes profetas, produziu o Pentateuco e muitos dos salmos de Davi têm natureza profética. Já no Novo Testamento, o livro de Apocalipse é quase todo composto de profecias. O apóstolo João fez muitas declarações proféticas na Bíblia, assim também como Pedro e Paulo, entre outros escritores apostólicos.
2. Muito além das previsões. Os profetas, em todos os tempos, ensinam ao povo de Deus como ter um relacionamento genuíno com nosso Criador e nossa responsabilidade para com Ele. A clara compreensão da profecia leva o homem ao conhecimento de Deus e ao entendimento de Sua intenção de se relacionar com a humanidade. Algumas vezes, aconselham entoou confronto com reis e/ou liderança do povo também faziam parte da missão dos profetas. Eram eles que, em muitos momentos, desempenhavam um papel ativo como um estadista nos assuntos nacionais do seu povo. Vemos exemplos disso no ministério de Natã (II Sm 7.1-7; 12.1-15); de Isaías (II Rs 19.1-7, 20-37; 20.4-11); e de Eliseu (II Rs 5.11-14).
3. Ecos dos profetas para os dias de hoje. Os profetas falaram sobre a hipocrisia nos cultos, a violência, a exploração dos mais fracos, a corrupção de juízes, a decadência moral, o desamparo dos socialmente desassistidos, o pecado no meio do povo e entre sua liderança em todas as áreas, enfim todas as mazelas que destroem a família e a sociedade como um todo em nosso mundo pós-moderno.
CONCLUSÃO
Deus escolheu homens comuns do povo, para propagar Sua mensagem, capacitando-os com poder e autoridade perante Seu povo. Ainda hoje, Deus continua a chamar e capacitar pessoas que estejam comprometidas com a expansão do Seu Reino entre os homens.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel