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Adultos - Betel

Isaque – O filho da promessa

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 175 – 2º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 08 – 21 de maio de 2023

TEXTO ÁUREO

“E a sua mão estendida está; quem, pois a fará voltar atrás?” Isaías 14.27b

VERDADE APLICADA

Persevere na fé em Jesus Cristo e na obediência à Palavra de Deus, pois os desígnios do Senhor prevalecerão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Gênesis 26

22 E partiu dali e cavou outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Reobote, e disse: Porque agora nós alargou o Senhor, e crescemos nesta terra.
23 Depois subiu dali a Berseba.
24 E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente por amor de Abraão, meu servo.
25 Então edificou ali um altar, a invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Gn 17.18-19
O propósito de Deus sempre prevalece.
Terça-feira – Sl 105.1-11
Deus guardou o Seu pacto com os patriarcas.
Quarta-feira – Mt 22.29-32
Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
Quinta-feira – Rm 9.6-13
A liberdade absoluta da graça de Deus.
Sexta-feira – GI 4.27-28
Somos filhos da promessa, como Isaque.
Sábado – Hb 11.20
Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú.

INTRODUÇÃO

O estudo sobre a vida de Isaque nos remete realidade de que, ao longo da nossa peregrinação como discípulos de Cristo, enfrentaremos diversas situações, requerendo de nós confiança, vigilância, perseverança a atenção quanto aos princípios bíblicos que devem ser aplicados em cada situação, com a ajuda a iluminação do Espírito Santo.

I – UMA ESPOSA PARA ISAQUE

A mulher para Isaque deveria ser da linhagem piedosa de Sem. Esse era o principal critério. Com isso Abraão se mostra sincronizado com o piano de Deus ao longo da história para a vida do Salvador.

  1. Uma esposa para o filho escolhido.“E era Abraão já velho e adiantado em idade, e o Senhor havia abençoado a Abraão em tudo.” (Gn 24.1). Assim é o epílogo da vida de Abraão é a introdução da história de Isaque. As bênçãos de Deus que acompanharam Abraão até o fim da sua vida, seguiram o filho da aliança. Para que a corrente da promessa não fosse quebrada, Abraão se preocupa com a perpetuidade de sua semente pensando numa mulher para seu filho. É uma benção ter um pai que se preocupa com o futuro de seus filhos (Gn 25.5). Mas Abraão está mais ocupado com o propósito de Deus para os seus descendentes (Gn 24.7). Sua iniciativa ao fim da vida não significa que ele não confia em Deus para conduzir tudo. Demonstra que Abraão entendeu que Deus o chamou para trabalhar junto com Ele.
  2. Um servo piedoso para uma tarefa preciosa. O servo a quem Abraão incumbiu esta importante tarefa era alguém igualmente temente de Deus. Ele promete a Abraão não escolher para Isaque uma mulher estrangeira (Gn 24.2-4,9). Ele pede a Deus graça e direção (Gn 24.12-14). Ele agradece a Deus pelo sucesso (Gn.24.26-27, 51-52). Embora Eliézer não tivesse a mesma intimidade com Deus que Abraão, seu senhor, pois ele diz “Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão” (Gn 24.12), pelo testemunho de Abraão (Gn 24.7) ele tinha muita confiança e dependência em Deus. Deus respondeu em detalhes a sua oração (Gn 24.49-61).
  3. O encontro marcado por Deus. Isaque perdera aquela que, até ali, fora a mulher mais importante da sua vida: sua mãe. Deus estava para confortá-lo com aquela que a partir de então se tornaria a mulher mais importante para os seus descendentes (Gn 24.67). Quando Deus tem propósito em nossa vida, nossa história nunca termina na dor. Seu coração se alegra novamente. Ele conhece uma mulher maravilhosa em beleza e virtudes (Gn 24.62-65). As belezas físicas eram as últimas coisas que um pretendente conhecia de uma mulher. Depois de sua origem, seu caráter, virtude e piedade eram as primeiras qualificações que um servo de Deus buscava. Quão distante estamos disso hoje em dia, onde o corpo é talvez a primeira e muitas vezes a única coisa que pretendentes desejam conhecer.

II – UM NOVO PATRIARCA

Abraão concluiu o propósito da sua vida morrendo em boa velhice (Gn 25.7-8). Mas o propósito que Deus começou em Abraão não morreu com ele.

  1. Contando com um milagre. Depois da morte de seu pai, Deus abençoou Isaque (Gn 25.11). Precisamos aprender isso. As bênçãos de Deus para a nossa vida não se resumem à nossa vida. Têm sempre propósitos maiores que afetam outros e futuras gerações. Semelhante à Sara, Rebeca, esposa de Isaque, tinha o ventre estéril, e ele precisa de um milagre de Deus para a continuação da promessa. Esta é a tônica insistente do Antigo Testamento. A despeito de qualquer esforço humano, sem uma constante ação soberana de Deus, as bênçãos prometidas a Abraão de abençoar em Cristo todas as famílias da terra não se cumpririam. Isaque está preocupado com a posteridade. Por isso ora ao Senhor e Deus o atende (Gn 25.21).
  2. Duas nações em um ventre.A narrativa do texto nos faz pensar sobre a gestação de filhos e a vida sob uma perspectiva divina. Gênesis 25.21 diz que Deus atendeu a oração de Isaque. A vinda dos gêmeos não foi acaso de um ventre agora fértil, mas, sim, providência divina. Há uma briga já destes dois filhos desde o ventre de Rebeca. Um prenúncio profético de como seria a futura relação entre estes dois. As duas nações que surgiriam destes dois filhos não apenas brigaram entre si, como os descendentes de Jacó seriam mais fortes que os descendentes de Esaú (Gn 25.23). Devemos guardar isso na memória quando começarmos a observar os eventos que farão da tribo de Israel (Jacó) uma poderosa nação.
  3. O mais fraco governará o mais forte.Em toda a Escritura Deus faz assim. Usa o menor e mais fraco para confundir os que acham que são (I Co 1.26-29). Foi assim com Gideão (Jz 7.2), Davi (II Sm 7.8), e o próprio Israel (Dt 8.17-18). “O maior servirá ao menor” (Gn 25.23). E Deus tem uma razão bem específica para isso. Para que a glória dos feitos seja dada a Deus e não aos Seus servos. Esaú era formoso, caçador, homem do campo. Jacó era caseiro, mais fraco, inexpressível (Gn 25.24-28). Por isso Isaque apreciava mais a Esaú que Jacó, e o via como o herdeiro das promessas. Rebeca estava decidida a fazer qualquer coisa para que seu preferido Jacó, e não seu outro filho, Esaú, fosse o herdeiro das promessas. Mas, acima das intenções de uma mãe, há um Deus dando prosseguimento aos Seus propósitos.

III – DEUS DE ABRAÃO, DEUS DE ISAQUE

As mesmas promessas que Deus fez a Abraão se repetem agora em Isaque (Gn 12.7; 26.1-5). Há um fio de propósito divino perpassando por detrás da história de vida dos patriarcas.

  1. Promessas confirmadas. Enquanto Deus repete as bênçãos e promessas, Isaque parece repetir o erro e deslizes do seu pai. O mesmo medo que fez Abraão mentir dizendo que Sara era sua irmã (Gn 20.2-18), levou Isaque à mentira sobre Rebeca [Gn 26.6-11). Tais erros e vacilos da jornada apenas mostram, como diz John Piper, “que o caminho dos justos não é uma linha reta do chamado até a vitória final”. Há curvas, buracos, desfiladeiros, bifurcações. Mas por causa da fidelidade e soberania de Deus, eles chegarão onde Deus planejou. Apesar desse deslize de Isaque, Deus preservou sua esposa e ele.
  2. A bênção da prosperidade. Isaque buscou refúgio na terra de Abimeleque em razão da fome (Gn 26.1). Mas Deus o abençoará tanto que começou a causar medo e inveja entre os filisteus (Gn 26.14). Os poços que Abraão, seu pai, havia cavado estavam em suas terras. Para que nenhum direito fosse requerido por Isaque, os filisteus entulharam estes poços (Gn 26.15). Isaque é convidado a se retirar de Gerar, pois seu crescimento aparentava para Abimeleque uma ameaça (Gn 26.16). Por garantia Abimeleque faz um acordo de paz com Isaque (Gn 26.26-33). Como a terra onde Isaque prosperava com os poços era dos filisteus, eles requeriam os poços cavados (Gn 26.18-21). Isso parece frustrar Isaque. Mas Deus está vendo como estas demandas estão gerando insegurança no coração do seu servo e lhe aparece para fortalecer a sua fé (Gn 26.24). Sua resposta foi adoração (Gn 26.25).
  3. O legado das bênçãos. Isaque está velho e cego (Gn 27.1). Mas antes de morrer, precisa abençoar seu primogênito e passar adiante as promessas de Deus dadas a Abraão (Gn 27.4). No patriarcado, a bênção da primogenitura não se limitava à herança física, mas também incluía a herança de autoridade espiritual sobre o clã. Com a trama de Rebeca, Isaque abençoa Jacó ao invés de Esaú (Gn 27.6-29). Embora Isaque fosse o portador das promessas, às suas preferências por Esaú não determinaram aquele a quem Deus escolheu abençoar (Gn 25.23). Como a bênção era irrevogável, coube a Isaque recomendar ao filho da promessa aquilo que seu pai, Abraão, recomendou a seu respeito. Que Jacó não tomasse para si mulheres estrangeiras (Gn 28.1; 26.34-35). Embora Esaú tivesse direito por nascimento, tudo nele apontava na direção oposta. Não valorizava o que deveria (Gn 25.34), não seguia os princípios de Deus (Gn 26.34-35).

CONCLUSÃO

A maior herança que podemos deixar de legado para os nossos filhos não são as posses materiais, nem a cultura, nem a influência pública, mas uma fé cristocêntrica que nos conduz a um comprometimento com Deus, certos de que somos dEle e vivemos para Ele.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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