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E.B.D

Prestando um culto Santo a Deus

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 121 – 2º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 05 – 30 de abril de 2023

TEXTO PRINCIPAL

“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.” (SI 24.7)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – II Sm 6.12-15
A Arca de Deus conduzida para Jerusalém
Terça-feira – Mt 1.23
Jesus Cristo é o Emanuel
Quarta-feira – Ap 20.2-7
O Senhor implantará o seu reino eterno
Quinta-feira – Mt 22.37-39
Amando a Deus e ao próximo
Sexta-feira – Hb 10.19,20
O novo e vivo caminho
Sábado – Jo 4.23
Adorando a Deus em espírito e em verdade

TEXTO BÍBLICO

Salmos 24

1 Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
2 Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios.
3 Quem subirá ao monte do SENHOR ou quem estará no seu lugar santo?
4 Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
5 Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação.
6 Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá)
7 Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
8 Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra.
9 Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
10 Quem é este Rei da Glória? O­ SENHOR dos Exércitos; ele é o Rei da Glória. (Selá)

INTRODUÇÃO

A presente lição é um estudo a respeito do Salmo 24. Veremos o contexto em que este Salmo foi produzido, sua estrutura e como ele mostra duas realidades no contexto de um culto: Deus como objeto de adoração; adoradores que tributam adoração a Ele. Nesse sentido, perceberemos que o Salmo 24 tem muito a nos auxiliar na prática do culto a Deus em nossas igrejas locais.

I – O DEUS TODO-PODEROSO É O OBJETO DE NOSSA ADORAÇÃO

1- O contexto do Salmo 24. Acerca do Salmo 24, a maioria dos estudiosos o remonta ao contexto da chegada da Arca da Aliança à tenda preparada no Monte Sião, no período do reinado de Davi (II Sm 6.1-15). É verdade também que o Salmo tem sido classificado na categoria dos messiânicos devido à ênfase dos versículos 7-10. Entretanto, nosso estudo se dará na perspectiva de considerar o salmo adequado para uma ocasião litúrgica, e o quanto ele nos ajuda a cultuar a Deus de maneira verdadeira.
Por isso, o classificamos na categoria de salmos litúrgicos. Seu apelo litúrgico nos auxilia na prática do culto moderno. Assim, podemos estabelecer a seguinte estrutura do Salmo 24:1) A verdadeira natureza da adoração (vv.1-6); 2) A coroação do Rei (vv.7-10). Na primeira estrutura, a natureza da verdadeira adoração, podemos subdividi-la em duas partes: a) o objeto da adoração, o Deus Criador (vv.1,2); b) a vida de quem adora (v.3-6). Neste primeiro tópico, abordaremos os versículos 1,2 e os versículos 7-10, pois dizem respeito ao objeto de devoção e adoração do crente,
2- Deus é soberano (vv.1,2). O primeiro versículo atesta que o mundo e tudo o que nele habita pertencem ao Senhor (v.1). Foi Deus mesmo que fundou a terra sobre os mares e a estabeleceu sobre os rios (v.2). Esse Deus é o objeto de adoração na Tenda de Israel (II Sm 6.12-15). Como estabeleceu o mundo e tudo o que nele há, Deus formou a nossa vida, nos forjou segundo a sua vontade. Nós somos criação direta do Deus Todo-Poderoso. É a Ele que devemos louvar e adorar. É a Ele que devemos prestar culto. Deus é soberano na vida do seu povo. Não somos onipotentes, onipresentes nem oniscientes; mas Deus é. Somos limitados, mas Ele é ilimitado e infinito.
3- A coroação do Rei (vv. 7-10). É possível contextualizar esses versículos a um chamado ao povo diante das portas da tenda que se tornou Templo (v.7), O pastor George Wood, em sua obra sobre Salmos, diz que nos versículos 3-6 o adorador está fora do Templo, mas nos versículos 7-10 ele está dentro da área do Templo. É o Senhor, forte, poderoso e Rei da Glória entrando no Templo (vv. 8-10). Como cristãos, também aplicamos os versículos 7-10 à messianidade de Jesus Cristo (Jo 1.14). Nosso Senhor é o Rei da Glória, o Emanuel, isto é, o Deus conosco, o Deus que se tornou barro (Mt 1.23).
Embora tenha sido humilhado com uma morte de cruz, Deus o exaltou soberanamente, dando-lhe um nome que é sobre todo o nome para que todo joelho se dobre diante dEle e toda Língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor. Assim, o Salmo 24 nos ajuda a adorar o Deus Filho, Jesus Cristo, eis o elemento Cristocêntrico do culto cristão. Nele, experimentamos um pouco do reino eterno de nosso Senhor quando um dia será implantado neste mundo por Ele mesmo e de uma vez por todas (Ap 20.2-7).

II – COMO SE APRESENTAR DIANTE DE DEUS EM SANTO CULTO

1- Pureza de coração (v. 3,4). O versículo 3 se inicia com a seguinte pergunta: “Quem subirá ao Monte do SENHOR?” Em outras palavras, quem pode entrar no templo e receber a bênção do SENHOR (v.5)? O versículo 4 responde: “o limpo de mãos, puro de coração, que não tem vaidade e nem pratica o engano”, Todas essas características são esperadas do jovem adorador que entra no Templo para cultuar a Deus. É um tipo de vida em que o adorador renuncia o próprio ego para entronizar a Deus em seu coração (Mt 22.37-39). É um estilo de vida que tem consequências práticas para fora da área do Templo.
2- Bênçãos e justiça de Deus (vv. 5,6). Os versículos 5 e 6 trazem uma promessa. 0 adorador, que age de acordo com os versículos 3 e 4, receberá bênçãos de Deus e sua justiça para salvação. Nesse sentido, esses adoradores são os que buscam a face de Deus. Sim, o adorador é chamado para se apresentar diante do Altíssimo para adorá-lo, buscá-lo e exaltá-lo (Rm 12.1).
3- É tempo de “subir ao monte do Senhor”. O Salmo 24 nos chama a subir ao “monte do Senhor”. O Novo Testamento aprofunda a compreensão do Templo de Deus. Hoje, o Espírito Santo nos impulsiona a glorificar a Cristo (Jo 16.14). O escritor aos Hebreus diz que “tendo, pois irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou” (Hb 10,19,20). Em Cristo, podemos adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4 24). Nesse sentido, o jovem que “sobe ao monte do Senhor” vive integralmente um estilo de vida de um verdadeiro adorador.

III – O CULTO: A EXPRESSÃO VISÍVEL DO DIVINO NA TERRA

1- O culto a Deus. Basicamente o culto a Deus é o momento em que tributamos, reverenciamos e adoramos a Deus numa igreja local. Embora os cristãos entendam, teológica e doutrinariamente, que a adoração não mais está restrita à área geográfica (Jo 4.24), desde os primórdios nos reunimos num local visível para cultuar a Deus e cumprir as duas ordenanças de nosso Senhor: ao batismo e a Ceia do Senhor. Nesse momento, entendemos que Deus se encontra conosco em culto, pois o louvamos, intercedemos, esperamos que Ele fale conosco por meio da exposição da Palavra de Deus e experimentamos o compartilhamento dos dons espirituais para a nossa edificação (1 Co 12.4-11), Logo, o culto cristão é um momento de grande devoção espiritual de maneira congregacional.
2- A importância da liturgia. De maneira geral, podemos conceituar liturgia como a forma que um culto a Deus é conduzido. Nesse caso, de acordo com a sua história, a igreja local pensa nos cânticos, na linguagem a ser usada, nos gestos e toda forma audível e visível que contribuirão para o bom andamento do culto. Naturalmente, a liturgia traz uma ideia de ordem. Ela deve ser espontânea no sentido do que o apóstolo Paulo ensinou: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (I Co 1426).
Assim, podemos dizer que a liturgia das igrejas, no geral, tem os seguintes elementos: oração inicial, cânticos congregacionais, momento de intercessão, leitura oficial das Escrituras, ofertório, pregação da Palavra, apelo, oração final e bênção apostólica, Essa ordem pode variar de acordo com a região de nosso país e a liderança da igreja.
3- Como devo me preparar para o culto? De acordo com o Salmo 24, nosso culto e sua liturgia devem nos levar a adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4,26). Aqui, espírito e verdade têm a ver exatamente com a disposição de estar inteiro no ato de adoração, sabendo o que se está fazendo ali (Rm 12.1). Não podemos estar presentes de corpo, mas ausentes de mente. O culto não acontece por causa da liturgia, mas por causa dos adoradores.
Nesse sentido, toda a nossa memória, atenção, imaginação, pensamento e linguagem devem estar voltados para o que estamos fazendo: prestando santo culto a Deus. No momento do culto, estamos subindo ao “monte do Senhor “. Por isso, devemos ser participantes ativos do período cúltico. Entoar os cânticos, suplicar a Deus na oração congregacional, receber a Palavra de Deus com toda reverência e quebrantamento (Sl 51.17). Um culto pode mudar a trajetória de uma vida. 

CONCLUSÃO

O Salmo 24 mostrou que Deus é o objeto de nossa adoração e que nós vivemos para adorá-lo. Nesse sentido, temos um compromisso ético com Deus e com nós mesmos que expressa a nossa vida de culto a Deus, momento em que passamos em comunhão, adorando ao Senhor em espírito e em verdade, pode alterar por completo a trajetória de nossa vida. Portanto, cultuar a Deus com os nossos irmãos se torna o melhor ato do mundo.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

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