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Adultos - CPAD

O avivamento no antigo testamento

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 559 – 1º Trimestre – Ano: 2023 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 02 – 08 de janeiro de 2023

TEXTO ÁUREO

“Então, disse: Eis que eu faço um concerto, farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem entre gente alguma.” (Êx 34.10a)

VERDADE PRÁTICA

A Bíblia revela que Deus responde ao seu povo com muitos avivamentos como resposta às orações e súplicas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – II Cr 34.31
O concerto real para guardar os mandamentos santos
Terça-feira – Ed 1.1-11
Ordem divina para reconstruir o Templo em Jerusalém
Quarta-feira – II Cr 14.1-6
A Abolição de toda a idolatria em Judá
Quinta-feira – Jl 2.23-27
Deus promete abundância e prosperidade ao seu povo
Sexta-feira – II Cr 8.1-6
Salomão constrói várias cidades após a manifestação da glória
Sábado – Êx 19.16-19
O avivamento com fogo e trovões

LEITURA BÍBLICA

II Crônicas 34

29- Então, o rei convocou e ajuntou todos os anciãos de Judá e Jerusalém.
30- E o rei subiu à Casa do SENHOR com todos os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os levitas, e todo o povo, desde o maior até ao menor; e ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se tinha achado na Casa do SENHOR.
31- E pôs-se o rei em pé em seu lugar e fez concerto perante o SENHOR, para andar após o SENHOR e para guardar os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, cumprindo as palavras do concerto, que estão escritas naquele livro.
32- E fez estar em pé a todos quantos se achavam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de Jerusalém fizeram conforme o concerto de Deus, do Deus de seus pais.
33- E Josias tirou todas as abominações de todas as terras que eram dos filhos de Israel; e a todos quantos se achará em Israel obrigou a que com tal culto servissem ao SENHOR, seu Deus; todos os seus dias não se desviaram de após o SENHOR, Deus de seus pais.

INTRODUÇÃO

Houve momentos em que o povo israelita deixou-se levar por práticas estranhas que provocaram a ira de Deus e a consequente punição da nação. Quando essa situação parecia não ter saída, um homem, ou uma mulher de fé, levanta­va-se de maneira humildade e quebrantada, buscando a Deus e confessando os pecados do povo. Então, o Altíssimo ouvia as orações e enviava do céu um avivamento como chuva serôdia. Registros como esse, no Antigo Testamento, fundamentam o ensino desta lição.

I – PANORAMA DOS AVIVAMENTOS NO ANTIGO TESTAMENTO

1- O avivamento no tempo de Moisés. Quando José, o filho de Jacó, morreu, o povo israelita sofreu com a tirania de Faraó que não conhecia a hist6ria de benefícios que os judeus receberam da parte de Deus, no governo de José (Êx 1.8,9,13,14; At 7.18,19). Nesse contexto, Moisés foi divinamente chamado no Monte Horebe, e viu uma sarça que queimava, mas não se consumia. Ao se aproximar daquela imagem, Deus o chamou para libertar o seu povo do Egito, dizendo: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus De Abraão, o Deus De Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6). Diante dessa visão, o Senhor esclareceu que o enviaria ao Egito a fim de libertar seu povo (At 7.32-35). Por intermédio de Moisés, o Soberano exerceu juízo sobre Faraó, de maneira poderosa, enviando 10 pragas ao Egito, fazendo com que o rei deixasse o povo israelita sair daquele país.
2- O avivamento no tempo de Sa­muel. Deus usou o profeta Samuel para denunciar a maldade do povo rebelde, a apostasia e o desprezo pelo sagrado, no tempo do sacerdote Eli (I Sm 3.13,14,20,21). Então, uma guerra contra os filisteus se instalou na região de Efraim (Ebenézer) e os israelitas foram derrotados. Resultado: a Arca foi tomada, os filhos de Eli, que eram sacerdotes, foram mortos; e, ao saber da tragédia com seus filhos, bem como da tomada da Arca pelos filisteus, o sumo sacerdote Eli também morreu (I Sm 4.11-22). Foi no contexto desses acontecimentos que Samuel exortou os israelitas ao arrependimento (I Sm 7.2-6). Assim, o povo se humilhou e buscou ao Senhor, que lhe deu uma grande vitória (I Sm 7.10-13). Um grande avivamento chegou em Israel! E Samuel “julgou a Israel todos os dias da sua vida” (I Sm 7.15).
3- O avivamento no tempo de Josias. Depois do reinado de Ezequias, rei de Judá; Manassés, seu filho, corrompeu-se, caiu na idolatria e no culto aos demônios, ergueu altares nos pátios da casa do Senhor, fez passar seus filhos pelo fogo e usou de práticas ocultistas (II Cr 33.1-10). Como punição, Deus enviou exércitos assírios para o prenderem com cadeias. Entretanto, Manassés se arrependeu, Deus ouviu sua oração e lhe restituiu o reino (I Cr 33.11-13). Após a morte de Manassés, seu filho, Amom, reinou em seu lugar. Infelizmente, esse rei não seguiu o exemplo do pai e governou de maneira corrupta. Por isso, seus servos o mataram e o povo declarou Josias rei em seu lugar (II Cr 33.11-25).
Diante desse momento incerto, o rei Josias realizou uma verdadeira reforma espiritual na vida da nação. Ele derrubou altares aos demônios, destruiu imagens de esculturas e estendeu essas medidas saneadoras a outras cidades. Ele mesmo ficou à frente dessas ações para levar o povo de volta aos pés do Senhor (II Cr 34.1-7). A situação espiritual era tão decadente, que até o livro da Lei havia se perdido no Templo, mas foi achado durante as obras do santuário (II Cr 34.14,15). Assim, o Altíssimo usou a reforma do rei Josias para conduzir o povo a um novo avivamento espiritual (I Cr 35.16-19).

II – CONFISSÃO DE PECADOS E RETORNO A PALAVRA DE DEUS

1- O chamado de Neemias. Neemias se achava na função de copeiro do rei Artaxerxes, da Pérsia, quando foi informado da miséria em que a cidade de Jerusalém se encontrava. Apesar de o Templo estar reconstruindo, os muros da cidade estavam fendidos “e as suas portas, queimadas a fogo” (Ne 1.3). Neemias orou durante quatro meses com grande lamentação (Ne 1.4).
2- A confissão de pecados. “[…] E faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra ti, também e a casa de meu pai pecamos” (Ne 1.6b). Esse foi um dos pontos altos da oração de Neemias, Na condição de um intercessor, ele se incluiu entre os pecadores, mencionando a casa de seu próprio pai. Neemias confessou mas “De todo nos corrompemos contrária, não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, te servo” (Ne 1). A confissão dos pecados é condição indispensável para viver um verdadeiro avivamento espiritual.
3- Avivamento pelo ensino. No tempo de Neemias, o ensino da Palavra de Deus foi uma marca que precedeu a avivamento, Neemias mandou que fosse lida a Palavra de modo didático, pausadamente, para que o povo entendesse o que Deus requeria de suas vidas naquele momento crucial para a história judaica, após anos de cativeiro em terra estrangeira Além da leitura, explicavam-se significado de cada expressão. E o povo entendeu Como resultado, sobrevém um poderoso avivamento sobre o povo houve quebrantamento verdadeiro, alegria e festas. Ali, na praça principal, “diante da Porta das Águas, iniciou-se um poderoso avivamento na história de Jerusalém pós-exílio (Ne 8.1-12).

III – O AVIVAMENTO E A PALAVRA DE DEUS

1- A Palavra de Deus corrige. No Novo Testamento, há um padrão de culto a Deus de decência e ordem, como diz o apóstolo Paulo: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (I Co 14.26). Veja que o que marca essa orientação apostólica não é o exibicionismo espiritual ou mero emocionalismo nem as expressões irreverentes no culto. Aqui, há orientação para um culto avivado de acordo com a Palavra de Deus. Nesse culto, Deus pode enviar um avivamento genuíno como resposta ao quebrantamento espiritual e às orações do povo de Deus.
2- Cuidado com o formalismo. Com formalismo queremos dizer a respeito do que é formal, metódico e rigoroso. É o extremo oposto do mero emocionalismo e exibicionismo espiritual. É verdade que não é errado observar regras, preceitos e métodos. No entanto, o formalismo assume uma característica negativa quando o cuidado e o zelo, pelo que é formal, se sobrepõem à necessidade espiritual da igreja. Ora, quando Deus envia um avivamento espiritual, o Santo Espírito tem liberdade na igreja, os corações estão sensíveis à voz de Deus, os dons espirituais atuam de maneira abundante, a atmosfera espiritual muda o ambiente. Deus age em favor do seu povo. Tudo é feito de acordo com a Palavra de Deus para a edificação dos santos (I Co 14.26),

CONCLUSÃO

Os avivamentos no Antigo Testamento sempre vieram como resposta ao quebrantamento espiritual e às orações do povo de Deus. Isso se dava sempre diante de uma situação de calamidade ou de decadência espiritual e moral. Por misericórdia e bondade, Deus promovia a restauração de Israel. Que esses avivamentos veterotestamentários nos despertem para fazer a vontade de Deus nestes tempos de frieza e mornidão espiritual atuais.

 

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

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