Adultos - Betel
O ensino de Jesus sobre a oração
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 136 – 3º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 08 – 21 de agosto de 2022
TEXTO ÁUREO
“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.” Mateus 6.7
VERDADE APLICADA
Por intermédio da oração cultivamos o relacionamento com Deus e expressamos nossa dependência e interesse em glorificar o Seu Nome em nosso viver.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mateus 6
09- Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10- Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11- O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12- E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13- E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Sl 5.12
Deus aborrece os ímpios e abençoa os justos.
Terça-feira – Sl 78.23-24
A salvação que Deus concedeu a Israel
Quarta-feira – Ef 4.27-30
A santidade cristã.
Quinta-feira – Fp 4.6
Não estejais inquietos por coisa alguma.
Sexta-feira – I Ts 5.17
Orai sem cessar.
Sábado – I Pe 5.7
Lançando sobre Deus toda a ansiedade.
INTRODUÇÃO
Orar é conversar com Deus. Por intermédio da oração, louvamos o santo Nome do Senhor, pedimos perdão por nossas falhas, agradecemos o que Ele nos concede e faz por e em nós, e falamos como estamos nos sentindo (ITs 5.17).
I – A ORAÇÃO MODELO DOS DISCÍPULOS DE CRISTO
A oração do Pai Nosso ensinada por Jesus está repleta de bons ensinamentos acerca da pessoa de Deus, daqueles que o adoram e das formas de achegar-se a Ele (Mt 6.9-13).
- Ensina-nos a orar. Nos dois evangelhos onde o Pai Nosso é mencionado, Jesus ensina a maneira correta de orar (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4). A relação com Deus, que segundo as crenças judias, regia tudo o que existe, era algo muito delicado e por isso pediram a Jesus que lhes ensinasse a forma correta de se dirigir a Deus, porque, segundo eles, só uma pessoa muito próxima de Deus poderia saber a maneira correta de falar com Ele, e Jesus era para eles essa pessoa. Com a oração do Pai Nosso, Jesus rompe com as rígidas atitudes que afastavam o homem de Deus e ensina um caminho que facilita o diálogo com Deus, a quem Jesus chama de Pai.
- A oração e sua ordem. A oração está dividida em duas partes: a primeira metade se refere à glória de Deus (Nome, Reino e Vontade) e a outra metade trata de nossas necessidades e problemas pessoais. Deus é proeminente, recebe o primeiro lugar, depois, então, é que vamos nos dirigir para nossas necessidades e desejos. A primeira parte nos apresenta Deus como um Pai, um Deus que tem um nome santo e que deseja que Seu Reino se estabeleça na terra juntamente com Sua vontade (Mt 6.9-10). A segunda parte se ocupa das três necessidades essenciais do ser humano e das três esferas do tempo nas quais o homem se move: pão, uma necessidade presente para o sustento diário; perdão, que nos remete ao passado; ajuda na tentação, onde a confiança do futuro repousa nas mãos de Deus (Mt 6.11-13).
- Do Pai para os filhos. Esse modelo de oração foi dado por Jesus Cristo para combater as vãs repetições feitas pelos fariseus. A invocação inicial começa com os discípulos chamando a Deus de Pai. Não era incomum os judeus considerarem Deus como Pai de Israel, mas como Pai de indivíduos numa relação especial era bastante inusitada. Esta experiência Pai e filhos era característica da relação de Jesus com Deus.
II – DEUS E SUA GLÓRIA
A primeira parte da oração é seguida por três detalhes importantes: a paternidade divina; o nome santo de Deus e o estabelecimento de Sua vontade (Mt 6.9-10).
- “Pai nosso que estás nos céus”. Homens de Deus do Antigo Testamento como: Noé, Abraão, Davi, jamais ousaram chamar a Deus de Pai. É em Jesus Cristo que o relacionamento pai/filho e entre o Criador Santo e Suas criaturas pecadoras é celebrado de modo incrivelmente elevado e próximo: “Pai nosso”. Nas palavras de John Stott: “Tratar a Deus como Pai reflete nossa consciência acerca de um Deus pessoal, amoroso e poderoso”. Quando Ele diz “nosso”, indica que Ele não é Deus como Pai e com os outros como irmãos (Mt 5.9, 16, 22-23, 47-48; 6.1, 6, 8).
- Santificado seja o teu nome. Este Deus, a quem chamamos Pai, é também o Deus a quem devemos nos aproximar com reverência e adoração, com temor e admiração. Deus é nosso Pai que está nos céus, e nEle se combinam o amor e a santidade. Santificado seja o seu nome é uma expressão de reverência que evita o excesso de confiança. Quando oramos assim, expressamos o desejo de que o próprio Deus seja reverenciado e que tudo o que denota e representa Seu nome, Seu próprio caráter e atributos, sejam honrados entre os homens, sejam santificados em todo o mundo. Deus revelou Sua natureza sob nomes diferentes e Ele é tão inefável que um só não expressa toda a Sua grandeza e glória (Dt 32.3; Sl 135.1; Mt 6.9b).
- Venha teu reino, e seja feita a tua vontade. A oração ensinada por Jesus inclui o estabelecimento do Reino aqui na terra, onde a vontade soberana de Deus deve unir céus e terra (Mt 6.10). O Comentário Bíblico Pentecostal diz que a expressão: “Venha o teu Reino” fixa o tom claramente escatológico, orientando os ouvintes ao cumprimento do tempo do fim no estabelecimento final do reinado de Deus no mundo. Requer o fim de toda instituição humana que não esteja em conformidade com a vontade de Deus. Como filhos, devemos nos interessar pelo programa divino: entronizar Jesus como Rei dos reis e Senhor dos senhores (I Tm 6.13-15). Nossa principal tarefa é estar ocupados com aquilo que ocupa o coração de Deus: a exaltação de Seu Filho (Mt 6.33).
III – NOSSAS NECESSIDADES E CARÊNCIAS
A segunda parte da oração é seguida por mais três detalhes importantes: a provisão de Deus, a pureza pessoal e a proteção divina (Mt 6.11-13).
- O pão nosso de cada dia. Orar pelo pão cotidiano é viver em total confiança na provisão de Deus. Israel havia aprendido essa lição com o maná do deserto. Todos os dias eles recebiam o maná, vindo direto da mesa de Deus (Êx 16.1-10; Sl 78.23-24). Aquele pão era suficiente apenas para um dia, nem mais, nem menos. Assim como o maná era fornecido diariamente, os discípulos também devem depender da provisão divina em cada dia. Jesus advertiu Seus discípulos a não se preocuparem demasiadamente com o futuro. A melhor maneira de evitar a ansiedade é confiar que Deus proverá pão para hoje e amanhã (Mt 6.34; Fp 4.6).
- O perdão de nossas dívidas. A oração nos ensina não somente a pedir o pão diário, mas, também, o perdão diário. Isto significa que Deus está atento não somente às nossas necessidades, mas também com a forma que chegamos diante dEle para pedir. William Barclay: “A verdadeira oração é um assunto de família (“Pai nosso”)”. E se não existe entendimento entre os membros da família, como podemos querer ter um bom relacionamento com o Pai? O perdão diz respeito à comunhão: se não estamos em comunhão com Deus, não podemos orar efetivamente. Nossa comunhão com Deus é influenciada pela comunhão com nossos irmãos; consequentemente, o perdão é parte importante da oração (Mt 5.23-25).
- Livrai-nos do mal. É impossível viver nesse mundo sem ser tentado. Até Jesus passou por isso (Hb 4.15). Esse é um mal que não podemos evitar, até mesmo por que a cobiça está dentro de cada um de nós por causa de nossa natureza pecaminosa (Tg 1.14). Também devemos ter em mente que, embora os anjos do Senhor acampem ao nosso redor para nos livrar do mal, o inimigo sempre estará ao nosso derredor buscando uma brecha [1Pe 5.8-9]. Em todo o tempo que estivermos aqui, seremos bombardeados com as ciladas astutas de nosso adversário (Ef 6.11). A oração do Pai Nosso nos ensina que a cada dia e a cada instante de nossas vidas devemos rogar pela proteção divina.
CONCLUSÃO
O fato de Jesus ter cultivado uma vida de oração quando exercia o ministério neste mundo e ensinado Seus discípulos a orar, atesta a necessidade e relevância da oração na vida do cristão. Oração é falar com Deus. É relacionamento com o Nosso Pai Celestial. É estarmos abertos para Deus em confiança e louvor para recebermos o que Ele tem reservado aos Seus.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel