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Apocalipse – uma mensagem de Cristo para a Sua Igreja

Publicado

em

EDIÇÃO: 118 – 2º Trimestre – Ano: 2022 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 03 – 17 de abril de 2022

TEXTO ÁUREO

“Que dizia: O que vês, escreve-o em um livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardo, e a Filadélfia, e a Laodicéia.” Apocalipse 1.11

VERDADE APLICADA

A expectativa do retorno de Cristo deve produzir na Igreja atitudes de vigilância, oração, quebrantamento, santificação na direção do Espírito Santo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Apocalipse 2

1- Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro.

Apocalipse 3

19- Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso, e arrepende-te.
20- Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
21- Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
22- Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Gn 3.15
A promessa da primeira vinda de Cristo.
Terça-feira – Dt 30.1-5
A promessa de restauração do povo de Israel.
Quarta-feira – Jl 2.28
A promessa do derramamento do Espírito.
Quinta-feira – Ap 2.26-27
A promessa de reinar com Cristo.
Sexta-feira – Ap 3.5
A promessa da vida eterna.
Sábado – Ap 3.21
A promessa de se assentar com Jesus no trono.

INTRODUÇÃO


Nesta lição, veremos que, nas mensagens às igrejas da Ásia, Cristo tem uma mensagem para Sua Igreja hoje. Diante dos desafios e perigos que espreitam contra nossa fé, devemos permanecer firmes na Palavra de Deus e dependentes do Espírito Santo.

I – A MENSAGEM PROFÉTICA

Na lição anterior, tivemos nosso primeiro contato com as setes igrejas da Ásia (Ap 1.4, 11). Nos capítulos 2 e 3 do livro do Apocalipse, Jesus, “aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro” (Ap 2.1), traz uma mensagem direcionada a cada uma delas. Devemos lembrar que, nos momentos finais de Seu ministério terreno, Jesus disse que estaria sempre com Sua Igreja (Mt 28.20). Veremos, portanto, na mensagem às sete igrejas, o cuidado divino com a Sua Igreja em todos os tempos.

  1. Por que 7 igrejas da Ásia? O número sete, na Bíblia, fala de perfeição e completude. Isto nos faz entender porque não temos apenas uma mensagem, duas ou dez, às igrejas da Ásia. Onde o número sete aparece no Apocalipse, em geral, temos uma revelação ou lição divina a ser aprendida. Devemos lembrar que o Apocalipse é o livro profético do Novo Testamento. Sendo assim, vemos que estas sete igrejas representam a Igreja de Cristo, em toda a sua história, em todo o ciclo de sua existência; desde a sua fundação no dia de Pentecostes até o arrebatamento na volta de Jesus. E estas mensagens mostram Cristo falando com a Sua Igreja em todo este tempo ou ciclo. É reconfortante sabermos que servimos a um Deus que não nos esquece e que sempre cuida de nós (Sl 86.15).
  2. Por que estas igrejas? Havia naquele tempo outras igrejas, na região, como Colossos e Hierápolis. Mas Jesus escolhe Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia porque aquele que João viu com olhos como chama de fogo (Ap 1.14), que mostra a Sua onisciência, viu nestas igrejas características presentes nas muitas igrejas locais em todo o mundo ao longo da história do povo de Deus nesta terra. Sua onisciência fortalece nossa fé e nos consola, sabendo que neste exato momento, mesmo diante das maiores provações, Cristo sabe, conhece e nos socorre (Hb 7.24-25).
  3. Uma advertência para nossos dias. Após tanto tempo decorrido da revelação dada a João sobre o estado daquelas igrejas, é preciso sermos sensíveis à Palavra de Deus que chegou até nós e à ação do Espírito Santo que continua avisando ao povo de Deus acerca dos perigos que rondam a Igreja, buscando desviar os discípulos de Cristo do caminho da santificação, do fervor espiritual, temor a Deus e comodismo e conformismo com os valores e costumes mundanos. O apóstolo Paulo exortou: “Examinai-vos…provai-vos a vós mesmos…” (II Co 13.5). É necessário um exercício diário para buscar manter a pureza doutrinária, uma vida piedosa e de adoração sincera. Em seu sermão profético, portanto bem antes das mensagens às igrejas da Ásia, o Senhor Jesus já alertava: “Perseverar…olhai, vigiai e orai…” (Mc 13.13, 33); “não vos ache dormindo” (Mc 13.36).

II – A MENSAGEM DE CRISTO

As mensagens às sete igrejas da Ásia são um verdadeiro raio X na Igreja de Cristo. Mostrando características e qualidades admiráveis, mas sem esconder erros, desvios doutrinários e fracassos morais e espirituais. Jesus trata diretamente com a Sua noiva e admoesta a fim de que haja despertamento, mudança profunda e perene. Cada uma das mensagens são uma forte trombeta de Deus tocando, até que chegue, finalmente, a última trombeta (I Co 15.52).

  1. Estrutura da mensagem. Ao estudar as mensagens às sete igrejas da Ásia, de uma forma mais minuciosa, um detalhe muito importante não pode deixar de ser observado: as mensagens possuem cinco pontos em comum:

1) revelam vários títulos e atributos de Cristo (Ap 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14);

2) qualidades encontradas (Ap 2.2-3, 6, 9, 13, 19; 3.4, 8);

3) exortação (Ap 2.4, 14-15, 20-23; 3.1-2, 15-17);

4) conselho e ordens (Ap 2.5, 10, 16, 25; 3.9-11, 18-20);

5) e promessa ao que vencer (Ap 2.7, 11, 17, 26-28; 3.4-5, 12, 21-22).

Nisso podemos aprender uma lição importante, em tempos de inversão de valores e desrespeito à família: Deus vê além da aparência das coisas, Ele sabe o que somos realmente. Aquele que diz “conheço as tuas obras” sabe, também, o motivo pelo qual fazemos.

  1. Oportunidade de arrependimento. Das sete igrejas da Ásia, apenas duas não receberam exortações ao arrependimento: Esmirna e Filadélfia. Ao mesmo tempo que Cristo expõe os erros e desvios doutrinários que vemos nelas, oferece, em sua longanimidade, tempo para mudança: “E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.” (Ap 2.21). Agora mesmo, Ele ainda espera pacientemente pelos frutos do arrependimento daquele que caiu ou fracassou, em sua fé. Antes do juízo futuro, Jesus oferece em Sua graça uma oportunidade (Tg 4.8). Este arrependimento não acontecendo, dará lugar ao juízo divino (Ap 22.15).
  2. A promessa de Cristo. De forma geral, promessa é o compromisso que alguém assume de fazer, dar ou dizer alguma coisa. A promessa pode ser feita verbalmente ou por escrito. Jesus fez muitas promessas e fez questão de registrá-las para que nós fossemos alcançados por elas. A Bíblia tem muitas promessas: a primeira promessa, ainda no Éden, fala da primeira vinda de Cristo (Gn 3.15); o derramamento do Espírito (Jl 2.28); restauração do povo de Israel (Dt 30.1-5); o ministério terreno do Messias (At 3.22), dentre muitas outras. Nas mensagens às sete igrejas da Ásia, todas terminam com promessas que falam da Igreja reinando com Cristo (Ap 2.26-27; 3.21); e da vida eterna (Ap 2.7, 11, 17; 3.5, 12). As promessas de Cristo para a Sua Igreja são um conforto diante das lutas desta vida e a certeza de que a morte, para os que servem a Cristo, é apenas temporária, pois está reservada para os salvos a vida eterna com Cristo (Jo 11.25).

III – A MENSAGEM DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo tem um papel vital na vida e na existência da Igreja de Cristo. Sem o Espírito Santo, a Igreja não mais existiria ou seria meramente um clube ou mais uma agremiação. Ele é o Consolador que nos dá poder para fazer a obra de Cristo neste mundo e ao mesmo tempo prepara a Noiva para o arrebatamento.

  1. O outro Consolador. Depois da última ceia, Jesus confortou e instruiu os discípulos, que estavam aflitos com a proximidade da Sua partida (Jo 14.1, 27). Neste momento faz a promessa de enviar outro Consolador (Jo 14.16), que ensinaria todas as coisas e faria lembrar de tudo que o Mestre ensinou (Jo 14.26); testificaria de Cristo (Jo 15.26) e convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-8). Tudo isso deixa claro que, sem a presença do Espírito Santo, a Igreja não teria sobrevivido a tudo que passou nestes dois mil anos e chegado até aqui.
  2. Ele reveste e dá dons. É o Espírito Santo que dá sentido e realização na vida cristã. Só após o revestimento de poder, os discípulos estariam prontos para serem testemunhas de Jesus (Lc 24.49). Ao ser revestido de poder, o cristão fala em línguas, que são concedidas pelo Espírito (At 2.4). Os dons espirituais são do Espírito Santos e Ele reparte na Igreja como quer (I Co 12.11). Isto tudo mostra nossa total dependência do Espírito Santo. A Igreja Primitiva não dispunha de nenhuma das facilidades tecnológicas que possuímos, mas evangelizou o mundo de sua época, porque tinha o poder que advém de um relacionamento de comunhão e dependência do Espírito. Falharemos, se não nos voltarmos para Deus agora, com sincera devoção e coração quebrantado. Este é o nosso tempo, a nossa hora, a última hora.
  3. O Espírito prepara a noiva para o arrebatamento. Em relação ao arrebatamento da Igreja, o Espírito Santo tem um papel de vital importância. Pois, sendo o “outro Consolador” está preparando, guiando, operando até o dia da volta de Cristo (Rm 8.11, 14-17; Ef 1.14), quando seremos glorificados com Cristo. Também nos adverte com relação ao perigo de entristecer o Espírito, sendo que fomos selados por Ele para o dia da nossa redenção (Ef 4.30). Em suma, podemos afirmar que, assim como o mordomo Eliezer preparou uma noiva para Isaque, o Espírito Santo prepara a noiva de Cristo para seu encontro com o noivo no dia do arrebatamento (Gn 24).

CONCLUSÃO


Aprendemos nesta lição sobre a importância do arrependimento sincero, em caso de erro ou pecado, e que devemos perseverar em obedecer a Deus, cultivando uma vida cheia do Espírito Santo.

 

 


Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte:
Editora Betel

 

 

 

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