Adultos - CPAD
Paulo no poder do Espírito
EDIÇÃO: 488 – 4º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 06 – 07 de novembro de 2021
TEXTO ÁUREO
“E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.” (At 19.6)
VERDADE PRÁTICA
Uma vez movidos no poder do Espírito, podemos ser bem-sucedidos na missão de pregar o Evangelho a toda a criatura.
LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira – At 2.38
A atualidade do dom do espírito santo
Terça-feira – At 9.17
Uma experiência do espírito após a decisão por Cristo
Quarta-feira – At 2.1-4; 10.44-47
A experiência do Pentecostes se repete na história
Quinta-feira – At 19.11,12
O Evangelho chegou a Éfeso no poder do Espírito
Sexta-feira – I Co 12.3
Só podemos dizer que Jesus é o Senhor pelo Espírito Santo
Sábado – At 19.20
O poder do Espírito faz a Palavra de Deus crescer
LEITURA BÍBLICA
Atos 19.1-7
1- E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,
2- disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3- Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.
4- Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5- E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6- E impondo-lhes Paulo as mãos, velo sobre eles o Espírito Santo; e falavam linguas e profetizavam.
7- Estes eram, ao todo, uns doze varões.
INTRODUÇÃO
Movido pelo Espírito Santo, o apóstolo Paulo passou a ter como missão de vida dar testemunho de Jesus e provar que Ele é o Cristo (At 19.21,22). Nesta lição, veremos como Paulo pregou a Cristo no poder do Espírito, seu argumento sobre a plenitude do Espírito Santo e a fonte da revelação do Espírito Santo em seu ministério. Confirmaremos que o ministério do apóstolo Paulo foi um ministério no poder do Espírito Santo.
I – PREGANDO A CRISTO NO PODER DO ESPÍRITO
1. Paulo, movido pelo poder do Espírito. O Livro de Atos mostra que, após sua conversão, Paulo ficou “alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco” (At 9.19). E, logo em seguida, ele “pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus” nas sinagogas (9.20). Mais tarde, quando chegou a Jerusalém, Paulo “falava ousadamente no nome de Jesus” (9.29). Era o poder do Espírito Santo que o movia de tal modo que o apóstolo não tinha outra missão, senão, pregar a Jesus, e este crucificado (I Co 2.2). Ele só poderia pregar tal mensagem pelo Espírito de Deus (I Co 12.3).
2. O caminho de pregação. Depois do estágio no deserto da Arábia por três anos, Paulo voltou a Damasco, e daí foi para Jerusalém (Gl 1.18). Não teve uma recepção calorosa porque os cristãos de Jerusalém, inclusive os apóstolos, ainda temiam a presença do antigo Saulo de Tarso (At 9.26). Com alguma reserva, ele foi acolhido na “igreja-mãe” e todos ouviram o seu testemunho e, sem se intimidar, ele pregava ousadamente para os judeus e gregos da cidade (A 9.28,29). Entretanto, Paulo recebeu uma revelação de que deveria sair de Jerusalém (At 22.17,18).
3. Paulo e as duas viagens missionárias. Na primeira viagem, Paulo não estava só, mas acompanhado e assistido por Barnabé, que era um conselheiro competente. Os dois, Paulo e Barnabé, passaram por vários lugares e visitaram os discípulos que estavam em Antioquia, Fenícia, Chipre e outros pequenos lugares. Na segunda viagem missionária, o apóstolo e Barnabé voltaram a Antioquia porque a igreja dessa cidade havia crescido e se tornou o ponto de partida para visitar outras cidades (Atos 16-18). Nessa viagem, eles passaram por Listra, Troas (ou Trôade), Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas, Corinto e, por fim, Éfeso. Em todas essas viagens, o Espírito Santo movia o ministério de Paulo.
II – O ARGUMENTO DE PAULO SOBRE A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
1. Paulo aclara o ensino sobre a plenitude do Espírito. Nos capítulos anteriores, depois da separação entre Paulo e Barnabé, o jovem Timóteo e Silas passaram a acompanhar o após- tolo. Quando Paulo voltou a Éfeso, deparou-se com um grupo de discípulos que seguiam o ensino de Apolo e foram batizados com o batismo de arrependimento de João Batista. Esses discípulos ouviram falar de Jesus, mas não conheciam a doutrina do batismo no Espírito Santo. Eles haviam crido (At 19.2) em Cristo, mas nada sabiam da experiência do Pentecostes. Paulo percebeu que a despeito de terem crido no Cristo das Escrituras, eles não haviam recebido o poder do Espírito para se tornarem testemunhas do Senhor.
2. É preciso crer para receber o Espírito Santo. Ninguém recebe o batismo no Espírito Santo antes de crer em Cristo como Salvador. Somente depois de passar pela experiência da conversão, de reconhecer Jesus como o Salvador, então, o Senhor concede “o dom do Espírito Santo (At 2.38), ou seja, o batismo no Espírito Santo sobre a pessoa convertida.
3. Paulo cuida para esclarecer Apolo (At 18.21-28). Quem era Apolo? Era um judeu de Alexandria, cidade egípcia, de grande cultura. Certamente Apolo teve uma elevada formação, principalmente, no conhecimento das Escrituras Sagradas, e se destacava pela eloquência. Tornou-se um discípulo de João Batista à distância e creu na mensagem dele (Mt 3.11). Apolo tornou-se pregador de Cristo, mas não havia experimentado ainda o poder do Espírito Santo. Fez discípulos em Éfeso, os quais eram fiéis à sua mensagem. Quando Paulo enviou Áquila e Priscila para Éfeso, tinha por objetivo orientar Apolo acerca da via do espírito santo. Antes que o apóstolo chegasse a Éfeso, Apolo foi para Corinto.
III – A FONTE DO ENSINO DE PAULO SOBRE O ESPÍRITO SANTO AOS EFÉSIOS
1. As Escrituras como fonte de revelação sobre o Espírito Santo. Visto que Paulo era um erudito nas Escrituras, a sua primeira fonte de conhecimento acerca da divindade era a revelação do cânon do Antigo Testamento. Sua compreensão sobre Deus era monoteísta, tanto quanto todos os demais judeus. A doutrina da Santíssima Trindade, mais especificamente a pessoa do Espírito Santo, estava presente no Antigo Testamento de forma subjetiva.
2. O Pentecostes como fonte de revelação do Espírito Santo. A segunda fonte reveladora do Espírito Santo era a experiência vivida pelos apóstolos no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Em segui da, a sua própria experiência quando foi cheio do Espírito Santo, depois da conversão (At 9.17). Se o Antigo Testamento mostrava o Espírito Santo de forma subjetiva, o Novo Testamento, em especial o Pentecostes, revelava a atuação do Espírito Santo de maneira objetiva e clara.
3. Paulo ensina acerca do Espírito Santo aos efésios (At 19.1-6). Ao ensinar sobre o Espírito Santo aos efésios, Paulo não desfez a mensagem de João Batista, nem a de Apolo. Pelo contrário, o apóstolo fortaleceu a mensagem de João Batista e revelou o Cristo profetizado por João exatamente como o que havia de vir” (At 19.4). A seguir, Paulo anuncia sobre o Espírito Santo aos efésios, os quais recebem a mensagem que havia sido consumada no dia de Pentecostes. Então, ora por eles e impõe as mãos sobre suas cabeças e o Espírito Santo derramado como chuva abundante sobre todos e “começaram a falar em línguas e a profetizar” (At 19.6). Iniciou-se um grande avivamento na igreja de Éfeso. Essa experiência levou os discípulos efésios a anunciarem Jesus como Salvador, e fez a igreja crescer. Nesse tempo, sinais e prodígios foram marcas externas da presença e do poder do Espírito Santo na vida da Igreja.
CONCLUSÃO
No poder do Espírito, o apóstolo Paulo, além de realizar curas e milagres em nome de Jesus, levou a igreja em Éfeso a espalhar o Evangelho de Cristo. A luz desse exemplo, precisamos resgatar a simplicidade da fé crista, buscando os sinais que demonstram o poder do Espírito Santo hoje.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Revista CPAD