Adultos - Betel
As bênçãos advinhas da salvação
EDIÇÃO: 92 – 4º Trimestre – Ano: 2021- Editora: BETEL
LIÇÃO – 02 – 10 de outubro de 2021
TEXTO ÁUREO
“Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei, porque o Senhor Jeová é a minha força, e o meu cântico, e se tornou a minha salvação.” Isaías 12.2
VERDADE APLICADA
Desde a eternidade, Deus elaborou um plano para salvação de todo aquele que crê em Jesus Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Efésios 1
4. Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade,
5. E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6. Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,
7. Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.
8. Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Jo 3.16
Deus amou o mundo de tal maneira.
Terça-feira – Jo 5.24
Jesus é o Filho de Deus.
Quarta-feira – Rm 8.32
Deus entregou Seu Filho por todos nós.
Quinta-feira – I Co 6.20
Fomos comprados por bom preço.
Sexta-feira – Ef 5.27
Para a apresentar a Si mesmo Igreja gloriosa.
Sábado – Cl 1.12-14
Jesus Cristo: autor da nossa redenção.
INTRODUÇÃO
O maior presente concedido à humanidade é a redenção. Somente um Deus Onisciente, Onipotente e Onipresente poderia planejar e realizar a redenção dos seres humanos.
I – ELEITOS ANTES DA FUNDAÇÃO DOS TEMPOS
A salvação em Cristo Jesus não trata somente do livramento da ira vindoura, ela porta consigo bênçãos preparadas por Deus para toda a humanidade, preparadas por Ele desde a eternidade (Ef 1.3-4).
1. Eleitos com todas as bênçãos espirituais. O apóstolo afirma que fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais e apresenta a dimensão em que essas bênçãos estão: “nos lugares celestiais”, e a fonte pela qual elas jorram sobre os eleitos: “em Cristo” (Ef 1.4). Deus nos escolheu para nos abençoar com bênçãos que só se encontram nEle e somente quem O encontra poderá alcançá-las. Éfeso era riquíssima e abrigava no templo da deusa Diana alguns dos maiores tesouros de arte do mundo antigo. Paulo compara a Igreja de Cristo com um templo e explica a grande riqueza que Cristo tem em Sua Igreja. Em Cristo somos transportados de um mundo de trevas e colocados numa elevada posição (Ef 2.6; Cl 1.13).
2. Ele nos elegeu. Como o homem estava espiritualmente morto em delitos e pecados, ele jamais poderia ter mérito ou algum recurso próprio suficiente para operar a salvação (Ef 2.1). Isso é o que Paulo deixa bem claro ao afirmar que fomos eleitos por Deus, sendo Cristo o fundamento de nossa eleição. Deus nos escolheu antes que tudo ou até nós mesmos sequer existíssemos (Sl 139.14-16). Essa afirmação feita por Paulo é tão poderosa que, além de descartar toda e qualquer participação humana na salvação, ainda indica que até mesmo a fé que possuímos para chegar a salvação não vem de nós, é um dom de Deus que Ele por intermédio de Sua graça nos outorga (Jo 15.16; Ef 2.8-9).
3. O tempo da validade dessa eleição. Toda doutrina revelada na Escritura só pode ser concebida pela fé. Isso acontece com a doutrina da trindade; a doutrina da salvação; e a doutrina da eleição ou predestinação. Mesmo assim, todos nós concordamos que a eleição começa em Deus, e não no ser humano (Jo 15.16). A eleição é um ato poderoso de Deus, ela é incondicional, não depende de esforço humano. Movido inteiramente por Seu amor e misericórdia, Deus através de Seu Filho Jesus Cristo concedeu, aos que estavam mortos em seus pecados, a graça da justificação. Nossa eleição é tão poderosa que tem validade eterna. Começou na eternidade e se estenderá através dela (Jo 6.39; Ef 1.4; Fp 1.6; II Tm 1.12).
II – PREDESTINADOS: UMA VIDA DE COMUNHÃO
Precisamos compreender a predestinação não como algo fatalista, mas graciosa. Paulo ensina que Deus nos predestinou para si mesmo, ou seja, para vivermos diante dEle, sermos Seu tesouro particular. Não nos escolheu para estarmos alienados de Sua presença e sem intimidade (Ef 1.5).
1. Predestinados segundo Sua vontade e propósito. Com muita frequência, o verbo predestinar é interpretado de maneira equivocada. De acordo com seu uso na Bíblia, refere-se, essencialmente, ao que Deus faz pelos salvos. Em lugar algum da Escritura é ensinado que certas pessoas são predestinadas ao inferno. Predestinar significa simplesmente ordenar de antemão, predeterminar. A eleição se refere sempre a pessoas, a predestinação a propósitos. Sabemos que tudo o que Deus faz obedece a um propósito e nada existe sem uma razão de ser. Ele nos escolheu em Cristo com o propósito de que fôssemos santos e irrepreensíveis (Ef 1.4); filhos de adoção; filhos agradáveis a Ele (Ef 1.5-6); filhos participantes de Sua herança (Ef 1.14).
2. Predestinados para a adoção de filhos. O pastor e teólogo John Stott diz que a expressão-chave para se compreender as consequências presentes de nossa eleição é a “adoção”. Ele afirma que o Senhor nos destinou para uma dignidade mais alta do que a própria criação poderia nos outorgar. Pretendia “adotar-nos”, fazer-nos filhos e filhas da sua família (Jo 1.12-13; Ef 2.19). William Barclay diz que de acordo com a lei romana uma pessoa adotada desfrutava na nova família de todos os direitos de um filho legítimo e perdia todo direito em sua família anterior. Perante a lei era uma nova pessoa. Tão nova era, que até as dívidas e obrigações relacionadas com sua família anterior ficavam canceladas ou abolidas como se jamais tivessem existido.
3. Predestinados para sermos semelhantes a Cristo. Muito importante efetuarmos uma reflexão sobre este assunto considerando os seguintes textos onde encontramos a expressão “predestinados” – Efésios .1.5, 11 e Romanos 8.28,29. Assim, os textos expressam verdades preciosas: os eleitos em Cristo foram predestinados para serem filhos de adoção, conforme Seu propósito de sermos semelhantes a Cristo. Notemos que em Romanos, e em Efésios, o apóstolo primeiro destaca a eleição do povo de Deus e a seguir o propósito, associado com a predestinação – o propósito é sermos filhos semelhantes a Cristo. Para tanto, vemos que Deus não apenas escolheu e predestinou, mas opera no Seu povo visando alcançar Seu propósito – Romanos 8.28 (NAA – “Deus coordena todas as coisas de modo que cooperem para o bem dos seus filhos”); Efésios 1.11 (“faz todas as coisas”).
III – OS PROPOSITOS DA SOBERANA SALVAÇÃO
Nesta seção, Paulo faz um relato das bênçãos recebidas em Cristo Jesus. Ele apresenta os propósitos de nossa eleição em Deus, os efeitos da redenção, e como nos tornamos filhos para que pudéssemos desfrutar das riquezas dessa tão grande salvação.
1. Eleitos para ser santos. Sabemos que tudo o que de Deus procede obedece a um propósito e tem uma razão de ser. Deus nos escolheu, a fim de que possamos ser santos e irrepreensíveis (Ef 1.4). O termo grego usado é Amōmos (sem culpa) significa, literalmente, sem defeito, ou impecável. Quando nada ainda existia, Deus planejou formar um povo, uma família de homens e mulheres santos e imaculados para si, o que significa levar uma vida à parte dos pecadores, do mundano e de tudo que não lhe agrada. Ele deseja que vivamos de acordo com o modelo de santidade e justiça que Seu Filho nos ensinou; e Ele é tão rico em misericórdia e nos ama tanto que enviou Seu Santo Espírito para nos ajudar a alcançar esse objetivo importante.
2. Eleitos para sermos filhos responsáveis. A eleição é um privilégio que traz consigo uma grande responsabilidade. Sermos adotados como filhos na família de Deus nos remete um “mais” de ganho, e um “menos” de perdas necessárias, pois é inaceitável que, nos tornando filhos e desfrutando de um relacionamento com o Pai, não tenhamos as características da sua família (Rm 8.29). Em nosso “mais” ganhamos o acesso a Ele mediante a redenção. Todavia, mediante a obra santificadora do Espírito Santo perderemos nossas máculas até que finalmente sejamos perfeitos na eternidade. Nossa responsabilidade é transmitir a imagem de Cristo em nossa forma de conduta nesse mundo. Ou seja, vivermos, como “filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa” (Fp 2.15). Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.14-16).
3. Eleitos para agradá-lo. Devemos ser gratos a Deus por nos iluminar com a compreensão daquilo que éramos e aquilo que agora nos tornamos através de Seu eterno propósito em Cristo. Ele não somente nos recebeu e nos reconciliou consigo na condição de filhos, Ele também nos selou com o Espírito Santo, nos tornando sua propriedade (Ef 1.13). O teólogo e pastor John Stott diz que o selo era uma marca de possessão e de autenticidade. O gado e até mesmo os escravos eram marcados com um selo externo por seus donos a fim de indicar a quem pertenciam. Conosco Deus fez diferente, nos deu o seu Espírito Santo selando-nos pelo lado de dentro (I Co 6.19-20; I Pe 2.9).
CONCLUSÃO
Antes de tudo existir, inclusive nós mesmos, Deus elaborou um poderoso plano de salvação capaz de mudar a vida de todos os seres humanos e, por Sua infinita vontade, graça e bondade, hoje temos o privilégio de fazer parte de Sua grande família (Ef 2.19).
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel