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Adultos - Betel

A Graça de Deus

Publicado

em

EDIÇÃO: 70 – 2º Trimestre – Ano: 2021- Editora: BETEL

LIÇÃO – 05 – 02 de maio de 2021

TEXTO ÁUREO

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.” Ef. 2.8

VERDADE APLICADA

A graça de Deus é a benevolência imerecida que Ele exibe ao nos salvar e capacitar a vivermos para Ele.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

TITO 2

11. Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,

12. Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,

13. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,

14. O qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Rm 11.6

Se fosse pelas obras, a graça já não é graça.

Terça-feira – II Co 9.8-12

Deus é poderoso para abundar em nós a graça.

Quarta-feira – Ef 2.4-5

Deus é riquíssimo em misericórdia.

Quinta-feira – Ef 3.1-3

Vivendo na dispensação da graça de Deus.

Sexta-feira – Tt 2.11-12

A graça de Deus trouxe salvação.

Sábado – Tt 3.4-5

A salvação não é pelas obras de justiça.

INTRODUÇÃO

Pelos pecados cometidos, o homem perdeu a comunhão com Deus. Porém, Deus, cuja graça é superabundante (Rm 5.20-21), tinha um plano de salvação e, assim, enviou Seu Filho Jesus, “cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).

I. A GRAÇA SALVADORA

“Sola Gratia” (somente a graça) fala de uma salvação somente pela operação graciosa de Deus. Não há mérito humano além do exercício da fé. É a salvação como fruto da bondade e da misericórdia de Deus para com o homem. No grego é “charis” e possui vários significados: benefício; dom; presente; boa vontade. Assim, como se encontra no Dicionário de Strong: “Também com respeito à graça que Deus exerce conosco, a benevolência imerecida que Ele exibe, ao nos salvar do pecado”.

1. A graça de Deus é fator imprescindível para a salvação eterna.

Ninguém pode ser salvo sem receber a graça de Deus. Não há nada que possamos ser ou fazer que de alguma maneira venha substituí-la. Ela é infalível, inegociável e cheia do amor e da misericórdia de Deus. Não há mais necessidade de penitências, sacrifícios, holocaustos para ser salvo, pois não vivemos mais debaixo da lei. As oferendas de animais foram substituídas pelo único sacrifício do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; Hb 10.12). Hoje não há mais necessidade de levar animais para serem sacrificados no altar; precisamos, sim, levar nós mesmos para sermos apresentados no altar de Deus (Rm 12.1-2). Ninguém pode mensurar a graça de Deus em valores monetários nem legalistas.

2. A salvação é por meio da fé.

O apóstolo Paulo diz que ela não vem de nós, vem de Deus, e é alcançada por meio da fé (Ef 2.8). A fé salvadora leva a crer, reconhecer e aceitar a expiação do sangue de Jesus na cruz do Calvário para a remissão dos pecados (Ef 1.7), e a Sua ressurreição ao terceiro dia; vencendo a morte, assentando-Se à direita do Pai (Mc 16.19); e fazendo-nos mais do que vencedores (Rm 8.37). A fé inclui o arrependimento dos pecados. O homem não pode agradar a Deus sem fé, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe (Hb 11.6). Aliás, fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem (Hb 11.1).

1.3. A salvação não vem das obras. “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” (Ef 2.4-5). “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens.” (Tt 2.11). “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2.8-9). “Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.” (Rm 11.6). Nós somos justificados pela sua graça e feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna (Tt 3.7). Se não fosse pela graça de Deus, nenhuma alma se salvaria, porque todos os nossos atos de justiça são como trapo de imundícia (Is 64.6). Os nossos atos de bravura, o bom desempenho do ministério, o cumprimento dos deveres como cristão, tudo que aparenta espiritualidade, a entrega dos dízimos e ofertas, as obras de caridade, entre outras, são importantíssimas, de grande valia, mas não são suficientes para ganharmos a salvação e sim galardão, mesmo assim, caso sejam aprovadas por Deus (ICo 3.13-15; 4.4-5).

II. A GRAÇA CAPACITADORA

Ninguém pode fazer alguma coisa no Reino de Deus se não for capacitado pelo Todo-Poderoso. A nossa capacitação terrena ajuda, mas não é suficiente para atender espiritualmente a nossa chamada.

1. A graça de Deus capacita para viver a vida cristã.

“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo e maiormente convosco.” (IICo 1.12). Somente a graça de Deus pode nos capacitar a viver uma vida cristã saudável, como sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16). Viver de modo irrepreensível; ter bom testemunho dos que estão de fora, para não cair em opróbrio, e no laço do diabo (ITm 3.7); e servir de exemplo para os que estão dentro (IPe 5.3). Não ter de que se envergonhar, nada a esconder. Renunciando a si mesmo (Mt 16.24). Esvaziando a si mesmo, tomando a forma de servo (Fp 2.7).

2. A graça de Deus capacita para o desempenho do ministério.

Quando Deus chama, Ele mesmo se encarrega em capacitar. Vários personagens bíblicos julgaram-se sem condições diante do chamado divino: Moisés (Êx 4.10-12); Jeremias (Jr 1.6); Gideão (Jz 6.15); Isaías [(s 6.5), mas Deus os escolheu e os capacitou um a um para o ministério. Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa, como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus (IICo 3.5). Ele nos fez também capazes de ser ministros de uma nova aliança (IICo 3.6; ITm 1.12). Só com a graça de Deus podemos ser obreiros aprovados, não ter do que nos envergonhar e manejar bem a palavra da verdade (IITm 2.15). A graça de Deus é suficiente para produzir em nós o aperfeiçoamento, conduzindo-nos à maturidade espiritual.

3. A graça de Deus dá suficiência para todas as necessidades humanas.

Paulo orou três vezes ao Senhor para que afastasse dele um espinho na carne. Mas Ele lhe disse: a minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza (IICo 12.9; IITm 2.1). A graça de Deus é o provimento para as nossas necessidades, a cobertura e o bálsamo para todas as aflições e ansiedades que nos afetam como filhos de Deus. Da fraqueza se tira forças (Hb 11.34). Deus concede fortalecimento a cada dia (Fp 4.13).

III. A GRAÇA E O LIVRE-ARBÍTRIO

Ao longo da Bíblia encontramos diversas manifestações da graça de Deus, mas, também, diferentes reações por parte do ser humano. A graça se manifesta a todos (ITm 2.4; Jo 3.16; Tt 2.11). Porém, é preciso atentar para o fato de que é possível resisti-la (Mt 23.37; At 7.51). Ainda hoje somos chamados a fazer escolhas sobre como vamos reagir diante do que Deus apresenta para nós (Dt 30.15-20; Js 24.15; IRs 18.21; Jr 21.8). Portanto, faz-se necessário pensarmos, à luz da Bíblia, sobre graça de Deus e responsabilidade humana.

1. Toda liberdade será cobrada.

Ninguém pode se esconder atrás da graça de Deus para pecar pensando que ficará impune. A liberdade não pode virar libertinagem, pois toda liberdade será cobrada por Deus (Ec 11.9; ICo 6.12; ICo 10.23; Gl 6.7). É preciso saber usar a liberdade que temos com responsabilidade, pensando nas consequências de nossas escolhas e decisões imprudentes ou equivocadas.

2. A graça de Deus não é sinônimo de fazer o que se quer.

A graça de Deus é para presentear e não para dar liberdade da pessoa fazer tudo o que ela quer. A graça de Deus revela a Sua bondade e não a permissividade. A teologia que adotamos não contempla a doutrina que diz: Uma vez salvo, salvo para sempre. Aquele que perseverar até o fim será salvo, diz a Palavra de Deus em Mateus 24.13. Além de não poder fazer o que quer, também não continuar fazendo as coisas antigas (IICo 5.17; Cl 1.13). A graça veio para alcançar as pessoas do jeito que elas são, e dar condições de mudança para servir a Deus. Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente (Tt 2.12).

3. É preciso permanecer na graça de Deus.

Mas após receber a graça de Deus (a salvação) há alguns requisitos básicos para conservá-la. Sendo ela um presente e quando se recebe algo precioso se guarda com muito carinho e gratidão. Imagine um presente dessa proporção (considerando de quem o recebemos), pois tem um valor imensurável. Portanto, precisamos cuidar bem dele e guardá-lo com segurança para não perder a nossa coroa (Ap 3.11). Para a manutenção Paulo nos aconselha a andar segundo o Espírito (Rm 8.1). Só uma pessoa pode impedir ou refutar a graça de Deus em sua vida – que é você mesmo! Só há um jeito de impedir a graça de Deus: rejeitando-a de forma consciente e deliberada. Ou jogá-la fora com as próprias mãos após haver recebida; o que se chama apostasia.

CONCLUSÃO

A graça não faz acepção de pessoas. Ela não foi manifestada para abençoar somente alguns ou, de forma exclusiva, a um grupo especial. Mas a toda a humanidade. Porém, só a desfrutam os que creem no Filho de Deus e O recebem como único e suficiente Salvador (Jo 1.12-13).

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

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