Adultos - Betel
O Amor de Deus
EDIÇÃO: 69 – 2º Trimestre – Ano: 2021- Editora: BETEL
LIÇÃO – 04 – 25 de abril de 2021
TEXTO ÁUREO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16
VERDADE APLICADA
Porque Deus é amor, somente é possível amar como a Bíblia revela se formos nascidos de novo e nos relacionarmos com Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
I João 4
7. Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade.
9. Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
10. Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
11. E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é caridade; e quem está em caridade, está em Deus, e Deus, nele.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira / Sl 36.7
Quão precioso é o constante amor de Deus.
Terça-feira / Sl 136.1
O amor de Deus dura para sempre.
Quarta-feira / Rm 5.8
Deus prova Seu amor para conosco em Cristo.
Quinta-feira / Rm 8.38-39
Nada poderá nos separar do amor de Deus.
Sexta-feira / Ef 2.4-5
Deus é riquíssimo em misericórdia e amor.
Sábado / I Jo 3.1
Quão grande amor nos concedeu o Pai.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre o amor do qual não é possível chegar ao pleno entendimento: “Muito além do nosso entendimento, alto mais que todo o pensamento, glorioso em seu sublime intento, é o amor de Deus sem par” Harpa Cristã 396.
I- O AMOR É A ESSÊNCIA DA NATUREZA DE DEUS
O amor de Deus, fazendo parte da sua essência, não está acima dos seus outros atributos, o Senhor não é mais amoroso, bondoso do que é justo. O amor de Deus, sendo a Sua essência, não tem forma, não se mede, não se pesa, não se quantifica. Deus amou o mundo de “tal” maneira. Nenhuma palavra caberia para descrevê-lo. O amor de Deus é conhecido, no idioma grego, por amor “Ágape”.
1. Deus é o próprio amor. Ele é a própria substância, a plenitude e a totalidade do amor: “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I Jo 4.8). Aqui não fala que o amor está em Deus e sim que Deus é amor. Assim, não é possível estabelecer uma separação entre Deus e amor, porque é a Sua própria essência. Quando o amor está numa pessoa, ela poderá perdê-lo, mas quem é o próprio amor jamais perde. O amor de Deus é o bálsamo que alivia qualquer sofrimento. O apóstolo do amor, João, nos admoesta a demonstrar amor pela razão que o amor é a própria natureza de Deus. “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (I Jo 4.7). Ninguém consegue esgotar uma explicação sobre o amor de Deus.
2. Deus é a fonte inesgotável de amor. Nessa fonte só jorra amor ágape que transcende tudo, é o amor sem interesse e sem explicação. O amor ágape é um mistério de Deus que ninguém nunca conseguiu nem conseguirá explicar essa fonte perene e inesgotável. Nessa fonte só jorra amor verdadeiro, amor sem misturas, sem contaminações, amor genuíno e puro, amor sem fingimento (Rm 12.9).
O amor de Deus se revela com muita propriedade na graça e na misericórdia. O amor de Deus supera todas as nossas expectativas, ao ponto de ficarmos espantados quando se fala que temos que amar assim como Deus nos amou, porque somos infinitamente pequenos diante da majestade de Deus. O ser humano não alcança e não consegue mergulhar por completo nessa fonte chamada amor de Deus, por causa do egoísmo. Parece que o ser humano usa o amor pensando no retorno, naquilo que poderá ser retribuído ou para sua própria glória.
3. Modos de Deus demonstrar o Seu amor. Como amigo: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15.13); como Pai: “Vede quão grande caridade nos concedeu o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.” (I Jo 3.1); mais do que amor de mãe: “Pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti.” (Is 49.15); mais do que amor de pai: “E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhes pedirem? (Mt 7.9-11).
II- O AMOR DE DEUS SE REVELOU NO FILHO
A revelação suprema, a manifestação total do amor de Deus por nós é Jesus Cristo. Portanto, o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário é o efeito maior do amor de Deus por todos, porque essa é a maior prova do imenso e sem medida amor de Deus, que é incomparável, insubstituível e ilimitado.
1. Deus doou o Seu Filho Unigênito. O versículo, que é o texto áureo da Bíblia, define bem como Deus expressou Seu amor nós: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” [Jo 3.16]. O amor não é só sentimento, como definem muitos dicionários da língua portuguesa. O amor, acima de sentimento, é atitude. Se Deus tivesse apenas tido o sentimento de amor e não tivesse tido a atitude de doar o Seu Filho, não teria nenhum valor. Não adianta falar que ama se não faz nada para demonstrar esse amor. Para nada serve um amor que não tem atitudes que o confirmem. Falar que ama, só de boca, qualquer um pode fazer.
2. Deus nos amou primeiro. “Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro.” (I Jo 4.19); “Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” (I Jo 4.10); “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” (Ef 2.4,5). O Evangelho de Jesus está todo baseado e fundamentado no amor. O amor é o maior princípio e a maior base de sustentação da salvação.
3. Deus nos amou incondicionalmente. O amor incondicional é um amor sem restrições ou condições, alguém que ama sempre, independentemente da situação em que estejamos, não importa quem você é, nem o que você faz ou já fez. Ele nos amou no lamaçal do pecado e nos trouxe para a Sua maravilhosa luz. O amor indescritível, indestrutível, amor infinito, que ninguém tira, ninguém apaga, jamais acaba ou falha (I Co 13.8a; Rm 5.8).
III- O AMOR DE DEUS É SINGULAR
O amor de Deus é singular, isto é, único de sua espécie, distinto, ímpar. Há um hino do cantor Luiz de Carvalho que declara esse amor de forma brilhante e poética: “Se os mares todos fossem tinta e o céu sem fim fosse papel, se as hastes todas fossem penas e os homens todos escrivães, nem mesmo assim o amor seria descrito em seu fulgor, oh maravilha deslumbrante esse eternal amor”.
1. O amor é real, transformador e está disponível. O amor é uma semente que se planta e o solo é o nosso coração. Toda semente precisa de cuidados especiais para nascer. Quando você planta uma semente, você joga água, você coloca adubo, você protege contra as pragas. O amor precisa ser cultivado para o seu pleno desenvolvimento. Precisamos cuidar se não o perdemos, o amor não morre, mas esfria e se afasta de nós. É como uma fogueira, se não colocar lenha nova, ela se apaga e vira cinza. “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5). Portanto o amor é derramado sobre nós, não é comprado, não é por coação, mas é um presente, uma dádiva de Deus, por meio do Espírito Santo. Vemos várias manifestações de amor, mas aqui o termo grego é ágape, que significa “amor divino”.
2. Deus usa a Sua justiça para provar o Seu amor. O amor de Deus não anda desassociado da Sua justiça, são atributos complementares. Deus é amor (I Jo 4.8,16), mas também é fogo consumidor (Hb 12.29). Se Deus não usa a justiça, o amor se torna libertino, aproveitador, interesseiro, sem correção. Porque muitos se escondem atrás do amor, para, de uma forma inescrupulosa, transgredir as leis divinas, como se o Pai não tivesse a justiça como atributo. Na verdade, onde existe amor puro a verdadeira justiça está presente. Ter amor não é aceitar tudo. Onde se aceita tudo é porque não tem amor, vira bagunça e nós queremos o melhor para quem a gente ama (Hb 12.6). Fazei “tudo” com decência e ordem (I Co 14.40). Todos os atributos de Deus são equilibrados, e um não pode anular o outro. Todos trabalham em perfeita harmonia, afinal, o amor não se alegra com a injustiça (I Co 13.6). O amor não compactua com o que está errado.
3. O amor de Deus dura para sempre. O amor de Deus não acaba e não falha (I Co 13.8ª). O amor de Deus é imutável, ele não muda, seu amor dura para sempre, a aliança e o amor do Senhor permanecem eternamente (Tg 1.17; Ml 3.6; Sl 136.1). Deus não apaga ou tira o Seu amor por causa da infidelidade do ser humano, o Seu amor independe da correspondência ou não. Por mais que nos tornemos infiéis, Ele permanece fiel, porque não pode negar a si mesmo (II Tm 2.13).
CONCLUSÃO
Aprendemos que o amor de Deus é a mola propulsora de todas as suas decisões, ações e criações. Seu amor para conosco é de forma profunda, intensa, calorosa e demonstrou isso ao doar o Seu único Filho para morrer em nosso lugar.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel