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Adultos - CPAD

Comprometidos com a Palavra de Deus

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EDIÇÃO: 451 – 1º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 08 – 21 de fevereiro de 2021

TEXTO ÁUREO

“[…] Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lc 11.28)

VERDADE PRÁTICA

A autoridade divina da Bíblia deriva de sua origem em Deus, e isso por si só encerra a suprema autoridade das Escrituras como plena e total garantia de infalibilidade.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Js 1.8

– A Bíblia é o nosso manual de instrução para a vida

Terça-feira – Mc 7.13

– O Senhor Jesus chama as Escrituras Sagradas de a Palavra de Deus

Quarta-feira – Lc 4.4

– O poder da Palavra de Deus é capaz de vencer o Diabo

Quinta-feira – Ef 6.17

– A Bíblia é chamada de espada do Espírito

Sexta-feira – II Tm 3.14-17

– A Palavra de Deus é divinamente inspirada e apta para nos ensinar

Sábado – Hb 4.12

– A Palavra de Deus é viva e poderosa, capaz de transformar vidas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

II Timóteo 2.14-19

14 – Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.

15 – Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

16 – Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.]

17 – E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto;

18 – os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.

19 – Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.

II Pedro 1.20,21

20 – sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;

21 – porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

INTRODUÇÃO

Nós somos apegados à Palavra e buscamos a orientação do Espírito Santo para nos ajudar na interpretação das Escrituras. Vamos estudar a relação dos pentecostais clássicos e a leitura da Bíblia, a maneira como nós observamos as regras gramaticais e o contexto histórico e literário para compreender melhor o texto sagrado.

I – A AUTORIDADE DA BÍBLIA

Nós herdamos dos reformadores do século 16 o conhecido Sola Scriptura, “somente as Escrituras”, um dos cinco pilares da Reforma Protestante.

1. Sola Scriptura. Cada um dos cinco solae representa a chave de cada doutrina central dos reformadores como Lutero, Zuínglio, entre outros. O brado de Sola Scriptura significa que a Bíblia é a única regra de fé e prática para a vida cristã, e é por meio dela que podemos conhecer a Deus e entender a sua vontade (II Tm 3.14-17).

Os católicos romanos têm a Bíblia e a Tradição; as testemunhas de Jeová tem a Tradução do Novo Mundo, e mais a revista A Sentinela; os mórmons têm a Bíblia e mais o Livro de Mórmon e outras publicações como fonte de autoridade espiritual.

2. Nossos fundamentos. Os pentecostais ainda são vistos por alguns não pentecostais e sensacionistas como um movimento que baseia suas crenças e práticas nas emoções e ensina a crença no Cânon aberto. São interpretações equivocadas a nosso respeito. Nós cremos que a revelação canônica se encerrou com os apóstolos do Novo Testamento (I Co 15.8).

A nossa fonte de autoridade é unicamente a Bíblia, conforme a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática… não necessitamos de uma nova revelação extraordinária ou pretensamente canônica” (II Pe 1.19-21).

3. Não somos deístas. Deísmo é a doutrina que afirma a existência de Deus, mas que Ele está muito longe de nós e não se envolve com os assuntos humanos. É como um relojoeiro que dá corda a um relógio e esquece-se dele. Nós somos teístas, isto é, cremos que Deus “não está longe de cada um de nós” (At 17.27), Ele está interessado no ser humano ( Hb 11.6).

O fechamento do Cânon Sagrado não significa que Deus abandonou suas criaturas e o seu povo. Nós cremos que Deus continua a se comunicar com o seu povo por meio dos dons espirituais (At 2.14-21). Entretanto, essa revelação não se reveste de autoridade canônica para a igreja. Deus se comunica conosco pela leitura de sua Palavra, pelos dons espirituais, sonhos, visões e até pelas coisas simples do dia a dia (At 2.17,18).

II – ZELO PELA DOUTRINA

O zelo pela doutrina tem ligações com a apologética cristã. Desde muito cedo na história, a igreja percebeu que a Bíblia precisa ser interpretada para que os crentes conheçam melhor o pensamento bíblico e a doutrina da igreja. Os credos e as confissões de fé são documentos produzidos pelas igrejas com esse propósito.

1. Ensino ou instrução. A palavra “doutrina” vem do latim doctrina, que literalmente significa “ensino” ou “instrução”. Mas o termo apresenta vários níveis de significado de acordo com o seu contexto. Quando o texto sagrado expressa: “e perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42), isso significa que os discípulos permaneciam seguindo o ensino dos apóstolos. Nesse caso, a palavra “doutrina” significa ensino, instrução (Dt 32.2). Estamos nos referindo aos ensinos bíblicos.

2. O conteúdo da fé. A palavra doutrina se aplica também a um corpo básico e coerente do ensino cristão, como os credos. Trata-se de um ensino sistemático sobre os dados da revelação. A fonte do conteúdo doutrinário é a própria Palavra de Deus auxiliada pela experiência cristã e com ajuda do intelecto humano (I Tm 4.16; II Tm 3.16). Isso se faz por meio do ensino, da instrução.

Quando o apóstolo Paulo diz: “Traze estas coisas à memória” (v.14), ele está se referindo à sã doutrina, contrapondo “os falatórios profanos” (v.16). Os credos e as confissões de fé são dois tipos distintos de documentos eclesiásticos, mas com o mesmo propósito, interpretar as Escrituras para sintetizar o ensino da igreja. Os credos são genéricos e as confissões de fé são mais elaboradas e específicas.

3. A nossa confissão de fé e a Bíblia. A nossa confissão de fé não é de autoria particular, pois expressa o pensamento e a vida da igreja. Esse documento é submetido às Escrituras e estão em conformidade com elas. A nossa Declaração de Fé ocupa extraordinária importância na vida da igreja como sumário doutrinário da Bíblia e ajuda para sua compreensão, além de servir como proteção contra as falsas doutrinas.

Entretanto, a Palavra final é a Bíblia, a Declaração de Fé expressa a doutrina oficial da Igreja. Há no Novo Testamento embriões de credos e confissões de fé (Mt 16.16 ; Fp 2.8-11; I Tm 6.13) que foram desenvolvidos ao longo da história da Igreja.

III – CUIDADO QUANTO AOS MODISMOS

O nosso cuidado com a doutrina deve ir além do combate aos modismos e servir para defender a nossa fé das seitas e heresias, refutar os erros que se opõem aos ensinos bíblicos e persuadir os contradizentes para que eles se convertam ao Evangelho.

1. Modismo. Essa palavra traz a ideia do que está na moda. Isso se aplica também no campo teológico. São os ventos de doutrina que vêm e se vão (Ef 4.14), que tem caráter efêmero, passageiro, “que para nada aproveitam”. Em outras palavras, são inúteis e inaproveitáveis.

Quem não se lembra do “dente de ouro”? Do dom da unção “cai-cai”, do sopro santo, do G-12, a febre dos anjos e de outras aberrações doutrinárias? Onde estão os seus promotores e expoentes? Não há como combater esses abusos e essas práticas exóticas sem o conhecimento adequado da Palavra de Deus (Tt 1.9).

2. “Procura apresentar-te a Deus aprovado”. Essa qualificação vem do Espírito de Deus. Apresentar-se a Deus aprovado significa estar disponível, testado e aprovado por Deus e reconhecido pela igreja (II Co 10.18). Desde muito cedo na história do cristianismo que a igreja precisou enfrentar uma avalanche de heresias e aberrações doutrinárias ensinadas pelos falsos mestres (I Tm 1.4,6,7; 4.7; Tt 1.9). Os maus obreiros e os obreiros fraudulentos (II Co 11.13; Fp 3.2) serão desmascarados e reprovados (Mt 7.21-23).

3. “… como obreiro que não tem de que se envergonhar”. O termo “obreiro”, tanto em grego quanto em português, vem de “obra, trabalho” e tem significado amplo no Novo Testamento. No sentido literal, refere-se ao trabalhador do campo (Mt 20.1); no sentido metafórico, a todos os que se dedicam à obra de Deus (Mt 9.37,38) e de maneira geral aos apóstolos e demais oficiais da igreja (Lc 10.7; I Tm 5.18). A nossa Declaração de fé afirma: “O termo ‘obreiro’ é genérico e usamos praticamente para todos os cargos e funções na Igreja”.

4. “… que maneja bem a palavra da verdade. O verbo grego para “manejar bem” é orthotoméo, literalmente, “cortar reto”, cuja ideia é cortar em linha reta. A ideia é “manter o curso correto”. É uma palavra rara, aparece uma só vez no Novo Testamento e duas vezes na Septuaginta (Pv 3.6; 11.5).

O emprego paulino dessa palavra é metafórico, e muitas interpretações já foram apresentadas ao longo dos séculos. A preocupação de Paulo é com o ensino correto da Palavra de Deus, com base numa exegese sólida com a aplicação para a edificação espiritual da igreja. Isso significa também não fazer uso da Palavra no púlpito para atacar algum desafeto entre os irmãos por meio de indiretas. Púlpito não é lugar de desabafo.

CONCLUSÃO

Nós temos compromisso com a Palavra de Deus e cremos que ela é a única revelação de Deus escrita para a humanidade. Diante disso, fica claro que nenhuma outra literatura exerce autoridade sobre a nossa vida.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

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