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Adolescente - CPAD

A manifestação da graça de Deus

Publicado

em

EBD – Adolescentes – EDIÇÃO: 02 – 1º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD

Lição – 02 – 10 de janeiro de 2021

Objetivos

1- Explicar a graça de Deus revelada em Jesus;

2- Analisar a graça no Antigo e em o Novo Testamento;

3- Demonstrar o conceito de graça na epístola aos Romanos.

TEXTO BÍBLICO

Romanos 5.12-21

DESTAQUE

Mas existe uma diferença entre o pecado de Adão e o presente que Deus nos dá. De fato, muitos morreram por causa do pecado de um só homem; mas a graça de Deus é muito maior, e ele dá a salvação gratuitamente a muitos, por meio da graça de um só homem, que é Jesus Cristo. (Rom 5.15.)

LEITURA DEVOCIONAL

Segunda-feira – Tm 1.8,9

Terça-feira – Rm 11.6

Quarta-feira – SI 86.15

Quinta-feira – Êx 33.19

Sexta-feira – Rm 6.23

Sábado – Rm 4.4,5

Domingo – Ef 2.8-10

O QUE É A GRAÇA?

Certamente você já cantou, ouviu pregações, recitou poemas, leu textos bíblicos, postou na rede social, e talvez até falou sobre ela para algum amigo; mas ainda assim persiste em sua mente uma intrigante e desconcertante pergunta: afinal de contas, o que significa mesmo a palavra “graça”? Bem, é exatamente sobre esse assunto que iremos conversar.

Entretanto, para início de conversa, é preciso destacar que não podemos falar sobre a “graça” sem tratar do “pecado”, uma vez que “graça” é o que Deus concede aos pecadores. Assim, somente uma compreensão correta sobre o pecado nos dará o devido sentido do significado da graça de Deus revelada em Jesus Cristo.

O apóstolo Paulo foi enfático ao dizer que “todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus” (Rm 3.23); e radical ao afirmar que: “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Não se engane, pois o pecado mata, destrói e causa separação entre o ser humano e Deus. Logo, não precisa ser inteligente para concluir, que ao invés de amigos, o pecado nos torna inimigos de Deus.

Ou seja, todos nós estávamos espiritualmente mortos por causa de nossa desobediência e alienados em relação a Deus, ao próximo, à natureza e a nós mesmos; condenados a sofrer o castigo eterno de Deus. Entretanto, Ele nos mostrou o quanto nos ama enviando o seu filho Jesus Cristo para morrer pelos nossos pecados na cruz, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8), Assim, a graça nos foi revelada e trouxe salvação (Tt 2.11-14; Ef 2.8-10).

Razão pela qual alguns a definem corretamente não apenas como “favor imerecido” de Deus para nós, mas também como “favor concedido” a pecadores que merecem a ira de Deus. A graça deve ser entendida como algo que vai além de um simples conceito de valor meramente intelectual; ela é uma experiência transformadora, uma presença que comunica vida, é uma pessoa em ação: Jesus Cristo. Como dizia o pastor John Stott, graça “é Deus amando, Deus se humilhando em favor de nós, Deus vindo nos resgatar, Deus se entregando generosamente em Jesus Cristo e por intermédio dele”.

A GRAÇA NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO

Apesar de o Antigo Testamento estar caracterizado pelo tempo da Lei, ou ao que os estudiosos denominam de “dispensação da Lei”, ao folhearmos as páginas tanto do Antigo quanto do Novo Testamento veremos a graça de Deus se manifestando na vida de pessoas, de famílias e de nações. Considerando a graça como uma demonstração da misericórdia e do amor de Deus pelo ser humano pecador que não merece o seu favor, fica evidente sua efetiva presença no Antigo Testamento.

Afinal de contas, Israel merecia ser escolhida como a nação da promessa, mesmo demonstrando ingratidão, infidelidade e desobediência? O que dizer do mentiroso, enganador e usurpador Jacó? Por acaso ele merecia ser perdoado? E Elias? O profeta do fogo que após a vitória sobre os profetas de Baal e Aserá, no Carmelo, foge e se esconde em uma caverna com medo de uma mulher. Você acha que ele era digno da visitação de Deus para encorajá-lo? Que tal Moisés, o homem que assassinou um egípcio? E o jovem Davi? E Gomer, a esposa infiel de Oseias? Merecia mesmo ser resgatada tantas vezes?

Esses e outros exemplos servem como provo de que o Deus misericordioso atua com graça na vida e na história de pecadores para salvá-los (Ex 33.19; SI 86.15; 14.5.8; Jr 31.2,3). Foi a graça que fez Deus escolher a Israel, a preservar Noé, a perdoar Jacó, a visitar Elias, a convocar Moisés e a oferecer outra chance a uma mulher adúltera.

Apesar de tudo isso, não há como negar que o Novo Testamento, por intermédio da pessoa de Jesus, apresenta a graça de Deus de uma forma mais clara e contundente. Ele representa o que os estudiosos denominam de a “Dispensação da Graça”.

O tempo divino onde o Filho de Deus morreu na Cruz do Calvário a fim de pagar e perdoar os nossos pecados. Razão pela qual o próprio apóstolo Paulo diz que “pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus” (Ef 2.8).

A GRAÇA DE DEUS APRESENTADA EM ROMANOS

A carta de Paulo à igreja que está situada em Roma é a mais longa e doutrinária de todas as cartas do Novo Testamento. Não por acaso, o reformador alemão, Martinho Lutero, a chamava de “a verdadeira obra prima do Novo Testamento”. Nela, o apóstolo trata de questões relacionadas à justiça de Deus, à justificação pela fé, o pecado, à graça de Deus, à influência de grupos judaizantes na igreja, à questão entre alguns crentes gentios e judeus em relação à dieta de alimentos, à posição de Israel diante de Deus considerando sua rejeição ao Messias.

Ao iniciar sua carta, nos três primeiros capítulos, o apóstolo argumenta de forma doutrinária que a humanidade precisa desesperadamente da graça de Deus para viver, caso contrário, ela será alvo do justo juízo do Deus eterno. Ele anuncia a má notícia de que o ser humano está separado de Deus por causa do pecado, que segundo o escritor Max Lucado “não somos suficientemente fortes para removê-lo, e não somos bons o bastante para apagá-lo”.

Embora distantes de Deus, ainda assim os pecadores não pedem sua ajuda nem seu auxílio, demonstrando então, dureza de coração. Por isso, Paulo diz que eles buscam satisfazer suas próprias paixões (1.21-25); vivem monitorando o próximo, como se fossem juízes (2.1-6); e se acham dignos de algo devido aos seus próprios méritos (2.17-24). Não tem jeito, todos pecaram!

Em meio ao caos descrito acima, o apóstolo faz ecoar o grito da graça, a boa notícia de Deus aos pecadores: “agora Deus já mostrou que o meio pelo qual ele aceita as pessoas […] [é pela] fé que elas têm em Jesus” (3.21,22). Essa boa notícia nos diz que podemos ser aceitos pelo Pai e tornados justos pela fé em Cristo; tendo paz com Deus e uma nova vida de lealdade e serviço ao Senhor, pois se por um homem (Adão) entrou o pecado e a morte no mundo, por outro homem (Jesus) entrou a graça e a vida.

RECAPITULANDO

É maravilhoso estudar e aprender um pouco mais sobre a graça de Deus, pois ela é a fonte de nossa salvação. Sem a graça nossa vida seria uma eterna desgraça. Como foi possível observar, a graça tem deixado sua assinatura na história da humanidade; alcançou e continua a alcançar pecadores que mereciam nada além da justa punição pelos seus pecados.

O tempo não diminuiu sua Força, o pecado não a invalidou, peto contrário, onde ele aumentou, a graça abundou muito mais. Ela não é restrita ao presente, nem tão pouco condenada ao passado; ela é sempre atual, contagiante, viva e operante. Que o Deus da graça faça aumentar sua graça em nós. Pense nisso!

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

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