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Ajuda aos Necessitados

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INTRODUÇÃO
Nos capítulos 1-15 da epístola em estudo, Paulo empenhou-se em corrigir erros doutrinários específicos e práticas antibíblicas entre os crentes de Corinto. Na primeira parte do último capítu­lo, ele discorreu com muita ênfase sobre a ação social em forma de socorro aos necessitados da igreja em Jerusalém; tema recorrente na segunda Epístola capítulos 8 e 9.

I. A IMPORTÂNCIA DA AJUDA AOS NECESSITADOS (1 CO 16.1-4)
Naqueles dias, a Judéia enfren­tava tempos difíceis em virtude de uma escassez, que deixou muitos dos santos em grande aflição (At 11.28,29). Conforme a passagem aqui citada, esse flagelo ocorreu nos dias do imperador Cláudio César, que reinara de 41 a 54 d.C., isto é, na época do ministério de Paulo na província da Ásia Menor.
Paulo expôs em deta­lhes o dever da contribuição na igreja. Às vezes, valorizamos ex­cessivamente a pregação, o ensino, e a leitura de temas doutrinários, e não nos incomodamos tanto com assuntos que julgamos triviais ou de somenos importância, como é o caso das dificuldades, carências, perdas e expectativas frustradas dos nossos irmãos em Cristo.
Na igreja, muito mais gente pagaria seus dízimos, contribui­ria com ofertas para a causa do Senhor e para ajuda aos necessi­tados se os pastores e dirigentes, com a graça de Deus, sabedoria e o próprio exemplo, doutrinassem constantemente o povo sobre o dever, o privilégio e as bênçãos da contribuição financeira.
Paulo falou claramente das necessidades dos irmãos. O generoso apóstolo dos gentios pouco falara da própria precisão. Ele trabalhava para supri-la e também para dar o exemplo. Paulo nunca foi mercenário, nem explorador das igrejas. Todavia, nunca relutou em pedir ofertas para atender às necessidades da igreja e dos irmãos carentes. Paulo refere-se a essa necessidade em Romanos 15.26: “Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia faze­rem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém”.
Paulo pedia oferta para os santos (v.1). Era momento de os crentes de Corinto demonstrar simpatia, fraternidade, solidarieda­de e comunhão com os irmãos da Judéia. Eles deveriam ofertar “para os santos”. Percebe-se que esses, não eram preguiçosos, desocu­pados e indolentes que queriam viver sem trabalhar. O preguiçoso complica não só a sua vida, mas também a dos outros (1 Ts 2.9). Era a vez agora de os crentes gentios de Corinto socorrerem os crentes hebreus.

II. PRINCÍPIOS GERAIS ACERCA DA CONTRIBUIÇÃO (1 CO 16.1-4)
Contribuir com regula­ridade.
Os irmãos ofertavam no “primeiro dia da semana” (v.2a). Era o “Dia do Senhor”, dia principal de culto em Corinto e nas igrejas da Galácia. O povo devidamente avisado vinha preparado. Assim deve ser nossas reuniões hoje. Um autêntico cristão deve contribuir sistemática e consistentemente com a obra de Deus. Além do recolhimento dos dízimos e das ofertas nos cultos, toda a igreja tem seus meios e métodos adi­cionais para receber contribuições para a santa causa do Senhor.
Contribuir individual­mente. “Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar’ (v.2b). As crianças, desde pequenas, de­vem ser ensinadas a contribuir com alegria, assim como os novos convertidos e os crentes recebidos por transferência. Não apenas os ricos deviam contribuir, mas tam­bém os que tinham pouco deviam dar alegremente do seu pouco. Na obra de Deus, todos dando pouco, consegue-se mais recursos do que apenas alguns dando muito.
As contribuições con­forme a prosperidade indi­vidual. “(…) conforme a sua prosperidade” (v.2c). Os cristãos de Corinto deviam aumentar sua contribuição conforme Deus os fizesse prosperar. Há crentes que ao serem aumentados em seus salários ou negócios, não contribuem na mesma proporção.
Os recursos do Senhor devem ser bem cuidados (vv. 3,4). Para tratar dos recursos financeiros da igreja, não basta que o obreiro seja competente. Ele tam­bém precisa ser fiel.
Paulo declarou que se neces­sário fosse, ele iria pessoalmente a Jerusalém supervisionar a entrega e a aplicação da oferta arrecadada para os santos.

III. COMO DEVE SER A NOSSA CONTRIBUIÇÃO
Devemos contribuir com abundância. “O que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará” (2 Co 9.6). Certo fa­zendeiro estava a reclamar que sua colheita não produzia tanto quanto a de seus vizinhos. Ao testar o solo descobriu que não havia nenhuma diferença entre suas terras e as de­les. A questão é que ele semeava a metade da quantidade de sementes dos vizinhos. Deus nos recompensa­rá por nossa generosidade amorosa (Pv 11.25; Gl 6.7).
Devemos contribuir com alegria. “Não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7). Deus não se agrada de quem entrega a sua oferta contrariado ou por obri­gação. Cada crente deve decidir o valor que deseja dar e fazê-Io com satisfação e alegria (l Cr 29.17; Ed 1.5-11). De nada adianta contribuir­mos com relutância, constrangi­mento, reclamação, murmuração e legalismo. Temos de ser generosos segundo o propósito do nosso cora­ção, nosso amor e gratidão a Deus; impulsionados e motivados pelo Espírito Santo (Rm 12.8).
Devemos contribuir com fé, renúncia e desprendimento. Tomemos como exemplo o que fez a viúva pobre no templo (Mc 12.41-­44). O importante para Deus não éa quantia da oferta, mas o grau de sacrifício e desprendimento.
Devemos contribuir con­fiantes no Senhor. “Deus é po­deroso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Co 9.8; cf. Rm 8.32). Não precisa­mos temer que nossa generosidade venha nos causar dano, pois Deus conhece nossas necessidades e con­tinuará nos suprindo (2 Pe 1.3).

CONCLUSÃO
Devemos ser fiéis em nossos dízimos, ofertas, contribuições e doações para obra de Deus, pois, tudo pertence ao Senhor. Nosso trabalho, família, saúde, tudo provém de Deus. O fato de não sabermos se estaremos vivos amanhã evidencia, inclusive, que a nossa vida é uma dádiva divina. Somos privilegiados por Deus nos constituir seus mordomos. Que sejamos todos mordomos fiéis (Lc 12.42).

Postado por: Pb. Ademilson Braga

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1 Comentário

1 Comment

  1. ROSA MARIA ERMINIO DE FARIA

    17 de outubro de 2022 at 17:08

    Que palavra abençoada e motivadora.
    Isso alegra tanto o meu coração e põe nele um desejo ardente de continuar ofertando e até de uma forma mais abundante na obra do SENHOR.
    Muito obrigada por trazer essa palavra para os nossos corações!

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