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Jesus, o Redentor e Perdoador
INTRODUÇÃO
O Senhor providenciou um meio de se relacionar com os pecadores: Jesus Cristo, que justifica a todos os que aceitam seu sacrifício (Rm 3.26). É impossível pensar num cristianismo sem a cruz, sem o sacrifício vicário de Jesus, sem a quitação da dívida humana com Deus através de seu Filho. Nesta lição, veremos mais uma vez o que o Senhor realizou pela humanidade (Jo 3.16). Veremos ainda que a autêntica liberdade consiste em vencer o pecado através do sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 8.36), e por meio do Espírito Santo que em nós habita (Rm 8.2-9).
I. A REALIDADE DO PECADO
Os escritores da Bíblia estavam cientes da realidade do pecado e da força que ele exerce sobre o homem. Paulo colocou de forma clara e didática esta luta diária do cristão contra o pecado, quando escreveu aos gálatas (GI 5.16-21). Embora salvos, nascidos de novo, participantes da natureza divina, estamos no mundo e num corpo humano rendido ao pecado (Rm 6.6). Como filhos de Deus, queremos fazer sua vontade; como humanos, podemos falhar neste propósito (Rm 7.14-25).
A responsabilidade humana. O livre-arbítrio não nos foi dado por Deus para escolhermos o mal, mas o bem. Compartilhando suas experiências, Paulo, pela graça de Deus teve uma vida moral exemplar e foi fiel ao Senhor até o fim (2 Co 6.4-10; 2 Tm 4.6-8). O nosso alvo é a perfeição (Ef 4.13). Manter-se fiel a Cristo até o fim deve ser a decisão de todos os que experimentaram o novo nascimento, mediante o qual tornaram-se participantes da natureza divina, passando a gozar da comunhão com Deus (1 Jo 1.7). É o que se espera de quem se converteu a Cristo e que deixou de ser escravo do pecado, tornando-se servo do Senhor Jesus (Rm 6.1-23).
O ideal cristão (2.1). João adverte-nos contra os males do pecado, com a expressão: “não pequeis” (2.1). Assim devemos todos conduzir-nos fiéis ao Senhor e às Santas Escrituras, determinados a não pecar (1 Jo 2.1 a). Por isso João alerta os irmãos a não pecarem, mostrando-lhes que evitar a transgressão deve ser o propósito de todo crente (Rm 8.13; GI 5.16,17).
E se pecarmos? Embora o nascido de novo tenha recebido uma nova natureza que aspira à santidade e repele o pecado, está sujeito a dar lugar à carne, isto é, à natureza velha, da qual surge o desejo pecaminoso (Rm 7.5; GI 5.17-21). O apóstolo do amor fala da possibilidade de pecarmos quando diz, mas “se alguém pecar” (2.1). Todo o crente é passível de pecar, bastando para isso, não vigiar e negligenciar o hábito de orar (1 Ts 5.17; Lc 22.39,40; ver também 1 Jo 1.8,10; Ec 7.20).
II. O PERDÃO AO NOSSO ALCANCE
Quem pecar deve buscar imediatamente a Cristo Jesus que se compadece das nossas fraquezas e aceita-nos no trono da graça, desde que estejamos arrependidos e dispostos a confessar nossos pecados (1 Jo 1.9).
“Temos um Advogado” (2.1). Ninguém que se diz seguidor de Cristo e da sua Palavra vive contando com o perdão antecipadamente e mantendo uma conduta de vida pecaminosa (Rm 6.1 ,2). Entretanto, todo crente que, pecando, arrepender-se de seus pecados de coração, tem um Advogado junto a Deus que é fiel, justo e o conhece completamente – Jesus Cristo, Filho de Deus (1 Jo 1.9; 2.2). O crente que por fraqueza, falta de vigilância e desobediência, cometeu algum pecado, não pode e nem deve duvidar do amor de Deus e do poder restaurador do Evangelho por meio de Jesus Cristo (Pv 28.13; Rm 1.16).
Porque Jesus pode perdoar. A santidade de Deus requer uma punição para o pecado. Mas Cristo, amorosa e voluntariamente, sofreu em nosso lugar; tomando sobre si a pena do pecado. Assim, toda exigência da lei divina quanto ao culpado, foi satisfeita plenamente na cruz quando Ele efetuou a nossa redenção pelo seu sangue (Ef 1.7). Por esse ato de amor; obtivemos o perdão dos pecados; assim, fomos salvos da perdição eterna (GI 3.13,14).
III. A SATISFAÇÃO DA JUSTIÇA DIVINA
O apóstolo do amor afirma que Jesus, além de Advogado, é também a “propiciação” pelos nossos pecados (1 Jo 2.2; 4.10). Propiciar é satisfazer a lei divina violada pelo transgressor. Jesus, como a nossa propiciação, cumpriu a pena do pecado em nosso lugar e abriu o caminho para a nossa justificação (Rm 3.24,25; 5.1).
Como e por que Cristo se tornou propiciação? Propiciação era uma palavra utilizada para identificar o sacrifício vicário e expiador com derramamento de sangue, aplacando a ira da divindade (Hb 10.10,14; Lv 6.24,25; 7.2). Como o Cordeiro escolhido por Deus desde a fundação do mundo para morrer em nosso lugar (Ap 13.8), Jesus se fez oferta sacrificaI por nós (Ef 5.2b). Isto realça o propósito do Senhor para garantir o nosso perdão.
A abrangência da propiciação. Da mesma maneira, como o pecado abrange o universo (Rm 8.19-23), somente Deus pode alcançar todos os homens de todas as gerações, culturas e circunstâncias (Jo 3.16). O sacrifício de Jesus foi único e por todos, indistintamente (1 Jo 2.2).
IV. LIVRES DO PECADO
A reconciliação com Deus e o fato de sermos participantes de sua natureza, só foi possível por sua misericórdia em enviar o seu Filho para morrer em nosso lugar. Tendo em vista esta verdade, como deve o crente honrar a Deus e ser-lhe sempre grato pela grandiosa dádiva da salvação?
Guardando os mandamentos. O apóstolo do amor afirma que guardar os mandamentos de Deus é uma demonstração de que estamos nEle e igualmente Ele em nós (1 Jo 2.3,4; 3.24; 5.3; 2 Jo v. 6). Essa é uma verdade muito bem relembrada na vida do povo de Deus (Js 1.7,8; Sl 1.1-3; 119.141,166). Para João, guardar os mandamentos não significa escondê-los em algum lugar da memória, mas, sim, vivê-los e fazer com que façam parte do nosso cotidiano, até que chegue o dia em que se possa dizer: “vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (GI 2.20).
Vivenciando a Palavra. João, o apóstolo do amor, de modo enfático e claro, afirma que quem alega que conhece a Deus, e não guarda (coloca em prática) os mandamentos do Senhor, é mentiroso. Quem diz que conhece a Deus, deve deixar claro, no seu viver e no seu agir, que guarda os seus mandamentos e anda de acordo com eles. Pois é nisto mesmo que certificamo-nos de que estamos nEle (l Jo 2.5).
CONCLUSÃO
Cristo morreu pelos nossos pecados, para salvar-nos, santificar-nos e fazer-nos agradáveis a Deus. Não obstante, enquanto estivermos no mundo, estamos sujeitos a pecar. Se isso acontecer, temos um Advogado, perante o Pai e a sua santa lei. Daí, nosso propósito amoroso deve ser o de viver para agradá-lo. Isto é, uma vida pautada pelo querer de Deus, segundo os mandamentos divinos para um santo viver (l Pe 1.16).
Postado por: Pb. Ademilson Braga