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Adultos - CPAD

Despertemos para a vinda do Grande Rei

Publicado

em

LIÇÃO – 337 – 16 de dezembro de 2018

TEXTO ÁUREO

“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24.42).

VERDADE PRÁTICA

Jesus pode voltar a qualquer momento, por isso temos de estar preparados.

INTRODUÇÃO

A parábola das dez virgens ensina que somos responsáveis, individualmente, pela nossa condição espiritual. Nessa parábola, Jesus declara solenemente a impossibilidade de sabermos o momento da sua volta, por isso, temos de estar preparados para tal acontecimento. Devemos estar prontos para o momento em que Jesus voltar a fim de levar seu povo para o céu. A vinda do Senhor será uma ocasião de grande regozijo para os crentes fiéis, sendo comparada a um banquete de casamento. Desde já a coroa da justiça está guardada para “todos os que amarem a sua vinda” (IITm 4.8). Infelizmente, para muitos será tempo de desengano, julgamento e desespero.

I. INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

O Reino dos céus será semelhante a dez virgens. Essa é uma das parábolas que, ao longo do tempo, já recebeu muitas interpretações por ser um texto importante, porém nada fácil de entender (Mt 25.1-13). Das diversas vezes que encontramos em Mateus a expressão “Reino dos céus” (3.2; 4.17; 5.3; 10.7; 11.12; 13.24,31,33,44; etc.), essa é uma delas em que o sentido não se refere apenas ao Reino trazido por Cristo com a mensagem do Evangelho, mas sim como sinônimo de vida eterna e de Reino plenamente instaurado (5.20; 7.21; 8.11; 11.11; 13.47-50; etc.). A palavra “virgens” significava que eram sábias, irrepreensíveis, simbolizando os crentes cuja vida exterior era sem qualquer mancha, pois os que seguem a Cristo são chamados de “virgens” (Ap 14.4; IICo 11.2).

Duas classes de virgens. A parábola fala que havia duas classes de virgens, ou seja, “prudentes” e “loucas” (v.2). Como já foi dito, as cinco virgens prudentes simbolizam os crentes fiéis, sinceros, constantes e santos. Essas mulheres sinceras carregavam um “estoque” de boas obras, quebrantamento, misericórdia, e isso alimentava a chama espiritual do amor que queimava em seus corações. Elas não andavam na escuridão do pecado, mas brilhavam por onde passavam. Tal postura combina com o que Jesus ensinou sobre os salvos serem a “luz do mundo” (Mt 5.14). Já as outras cinco virgens, apesar de também serem religiosas, foram classificadas como “loucas”, pois diferentemente das primeiras que se aprovisionaram (v.4), confiavam que apenas a sua religiosidade fosse suficiente para levá-las até o lugar onde o noivo estava (v.3). Sentindo-se seguras e autossuficientes em sua “santidade”, acharam que a sua pureza bastava, mas, isso impediu que elas carregassem o óleo da unção, compaixão, amor, etc. As cinco loucas representam os crentes mornos e nominais, sem a vestidura espiritual da justiça de Cristo (Mt 7.21-23). As virgens loucas apenas seguiam uma prática religiosa, no entanto, isso não foi suficiente para manter acesa a chama do Espírito de Deus em seus corações, pois assim como as outras, elas cansaram e adormeceram (v.5), porém, acabaram permanecendo na escuridão da religiosidade vazia (v.11).

O que representa o azeite. O azeite, através da Bíblia, é símbolo do Espírito Santo, posto que sua missão é ungir, iluminar, purificar, separar, etc. (vv.3,4). Nesta parábola, especificamente, representa a presença permanente do Espírito Santo, aliada à fé verdadeira e à santidade necessárias à salvação (Ef 4.30). Portanto, ter azeite, neste caso, vai além do falar em línguas estranhas ou das manifestações de poder, pois indica a necessidade de se evidenciar o fruto do Espírito, sinal de que Ele está conosco (Mt 7.16-20; 12.33; Gl 5.22).

A chegada do Noivo. Os cristãos primitivos viviam na expectativa do retorno de Cristo ainda em sua geração (ITs 5.1-11), e todos os crentes devem assim viver, pois não sabemos em que hora tal acontecimento se dará (Mc 13.32-37). Nesta parábola, Jesus fala a respeito desta “imprevisibilidade” em relação a sua volta (v.6). O Noivo (Jesus) chegará à meia-noite, ou seja, no momento em que a terra estará completamente imersa pelas trevas. Ao afirmar isso, Jesus declara que Ele voltará no momento em que a humanidade estiver envolvida, com maior intensidade, nas trevas do pecado (Mt 4.16; 6.23; Jo 3.19). Será nessa hora que a chama do amor de muitos se apagará, contudo, nesse momento a luz dos fiéis tornar-se-á ainda mais necessária e percebida (Mt 4.12; Jo 1.5).

II. O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE

A importância da vinda de Jesus. A importância da doutrina da segunda vinda do Senhor pode ser percebida pelos números que dão conta de que há mais de 1.500 referências a ela no Antigo Testamento e cerca de 300 em o Novo Testamento, sendo mencionada, apenas pelo apóstolo Paulo, cerca de 50 vezes. Assim, com a parábola das dez virgens, Jesus nos adverte sobre a necessidade de vivermos vigilantes, ou seja, Ele alerta para que não deixemos de amar o próximo, chama a atenção para a obrigação de fazermos o bem, vivermos em santidade e levarmos a mensagem do Evangelho, que fala da reconciliação entre Deus e os homens, através de Cristo (v.13).

O significado do Arrebatamento. Dentre as muitas promessas feitas por Jesus, destaca-se a do Arrebatamento da Igreja (Mt 24.40,41; Jo 14.3). A expressão “arrebatamento” significa tirado rapidamente e com força. Já a palavra harpazo, do grego, significa arrebatado (At 10.28,29). A segunda vinda de Jesus a este mundo será um evento que se dará em duas etapas distintas. Na primeira fase, Jesus virá secretamente para arrebatar sua Igreja, composta pelos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos serão imediatamente trasladados para o céu por Jesus (Jo 10.28,29; ITs 4.16,17). O arrebatamento terá Lugar nas nuvens e somente os salvos o perceberão (ICo 15.51,52; ITs 4.13-17). Na segunda fase, Jesus voltará com a sua Igreja glorificada, rodeado de glória e poder, descendo sobre o Monte das Oliveiras, ou seja, virá publicamente, pois todo o mundo o verá (Mt 25.31-46; Jd vers.14,15; Ap 19).

Quando se dará o Arrebatamento. Entre as duas fases da segunda vinda de Cristo, haverá um período de sete anos conhecido como a Grande Tribulação (Dn 9.25-27; Mt 24.21,22; Ap 7.13,14). A Igreja será arrebatada antes deste período que antecederá a ira de Deus (Ap 3.10). A esse ensino bíblico-escatológico, dá-se o nome de Pré-Tribulacionismo. De acordo com o que foi ensinado na parábola das dez virgens, é inconcebível que Deus permita que os redimidos passem pela Grande Tribulação, que culminará com o derramamento da ira santa sobre a civilização pecadora (Ap 15.1). Vimos que todas as dez virgens (as prudentes e as loucas) foram surpreendidas com a chegada inesperada do noivo (vers.5-7), indicando que a parábola das dez virgens refere-se a crentes vivos — fiéis e infiéis —, antes da Grande Tribulação. A chegada do noivo se deu repentinamente, assim como Jesus também voltará de forma inesperada (Mt 24.36,44; Ap 22.12a). Por essa razão, devemos estar preparados, com vestes brancas, porque a volta do Senhor ocorrerá na hora em que menos imaginamos.

III. UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE

Prontidão e santificação. A parábola das dez virgens ressalta o valor de cada cristão estar pronto e com a vida santificada, isto é, vivendo de forma separada das coisas profanas, consagrando a vida a uma única coisa — agradar ao seu Noivo, o Senhor Jesus (Ap 19.7). Os principais conceitos relacionados à santificação são a separação daquilo que é pecaminoso por um lado, e, por outro, a consagração àquilo que é justo e que está de acordo com a vontade de Deus (Lv 19.2; Rm 6.19,22; IICo 6.14; Ef 5.3; ITs 5.23; IPe 1.15).

Estar cheio do Espírito Santo é um estilo de vida. Viver na plenitude do Espírito Santo é a maior necessidade para a nossa vida hoje, mas ninguém pode ser cheio do Espírito Santo de Deus se não adotar um estilo de vida santo. Santidade é o caminho para receber o poder do Espírito Santo (Lc 1.28,30). A santificação, em contraste com a justificação, que ocorre no momento da conversão a Cristo (Rm 6.4-23), é um processo progressivo que perdura por toda a nossa vida, pois enquanto aqui estivermos, somos pecadores regenerados que precisamos do trabalho diuturno do Espírito (Rm 8.1-17; IICo 3.18; IIPe 3.18). Deus tem grande alegria em ver que os seus filhos procuram viver em santidade, cheios do Espírito Santo, abundantes nos dons visando edificar a Igreja, fazendo discípulos e cuidando bem de cada pessoa. Por isso, cabe a cada um a seguinte reflexão: O meu estilo de vida agrada a Deus?

Andando em santidade para com todos. No intuito de vivermos uma vida santa e cheia do Espírito Santo, devemos quebrantar o coração, tornando-o completamente consagrado, dedicando-o a Deus e ao seu trabalho (Rm 8.14; Ef 5.18). Nosso compromisso é agradar ao Senhor, andando em santidade, de maneira fiel e leal a Deus, à família, à igreja, ao nosso pastor, aos irmãos de fé (Hb 12.14). Não podemos perder de vista que a promessa de uma vida plena e cheia do Espírito Santo é para todos os filhos de Deus, portanto, para todos nós hoje (At 2.38,39).

CONCLUSÃO

Assim como as virgens prudentes, devemos estar com nossas lâmpadas cheias para irmos ao encontro do noivo! Que nossas lâmpadas possam estar sempre acesas. Para isso, elas devem estar cheias de azeite. Devemos estar vigilantes contra toda a ação de Satanás que tentará por todos os meios desviar a nossa atenção da realidade do arrebatamento da Igreja (Ef 5.14). Que possamos estar de prontidão para a vinda do nosso Noivo. Não é tempo de ficarmos prostrados e sim atentos para ouvir a voz de Deus (Mt 26.41).

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

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