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Adultos - CPAD

Uma Aliança Superior

Publicado

em

LIÇÃO – 295 – 25 de fevereiro de 2018

TEXTO ÁUREO

“Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.” (Hb 8.10)

VERDADE PRÁTICA

A Nova Aliança em tudo é superior à Antiga porque se fundamenta em promessas superiores.

INTRODUÇÃO

O capítulo oito da Carta aos Hebreus apresenta uma aliança superior; um santuário superior e também um sumo sacerdote, Cristo Jesus, com um ministério igualmente superior. O antigo santuário terreno, com seu complexo sistema de ritos, dera lugar a um novo santuário, o celestial, onde o próprio Jesus oficia como Sumo Sacerdote. Mas Ele não é apenas um Sumo Sacerdote, Ele é o sumo sacerdote-rei, que está sentado à destra do Pai para interceder pelo seu povo. A Nova Aliança tornou obsoleta a Antiga por ser de natureza espiritual, interior e de se firmar em superiores promessas.

I – UM SANTUÁRIO SUPERIOR

Pertencente a uma dimensão superior. Tanto o judaísmo como o cristianismo estavam familiarizados com a figura do tabernáculo de Moisés. No livro do Êxodo constam as instruções dadas por Deus a Moisés para a construção do Santuário (Êx 25.1-9). As recomendações dadas a Moisés, conforme expõe o registro sagrado, eram destinadas a construção de um santuário, onde Deus habitaria com eles (Êx 25.8). Essa era, portanto, a finalidade terrena do tabernáculo móvel e era nesse tabernáculo que tanto os sacerdotes como o sumo sacerdote exerciam seus ministérios. Todavia, foi no santuário celestial que Cristo entrou para oficiar, como Sumo Sacerdote, em nosso favor. Para o escritor aos Hebreus, esse tabernáculo é o próprio céu que é chamado de “verdadeiro Tabernáculo” por pertencer à dimensão celestial.

Possuidor de uma natureza superior. O santuário terreno, mesmo tendo sido construído com objetos e metais preciosos, não era o verdadeiro tabernáculo, mas apenas um modelo do verdadeiro. Na verdade, o tabernáculo terreno era um tipo que aponta para o santuário celestial: “Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou” (Hb 8.5). Ele era o lado visível de uma realidade invisível. Invisível, mas real! O santuário terreno era por natureza temporal, figura do verdadeiro santuário, que é espiritual e eterno. Foi nesse santuário que Jesus se tornou “ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo” (Hb 8.2).

Possuidor de uma importância superior. É possível vermos a relevância do tabernáculo celeste quando o contrastamos com o terrestre. Certo autor destaca três grandes importâncias do tabernáculo terrestre. Primeiramente o tabernáculo propiciava as condições necessárias para manter comunhão no relacionamento com Deus. No tabernáculo celestial essa condição é plenamente satisfeita. Em segundo lugar, o tabernáculo era a garantia da presença divina no meio do seu povo. Esse fato faz com que o tabernáculo se conforme em cada detalhe ao seu caráter divino, isto é, unidade e santidade. Deus requer um santuário; o Deus santo exige um povo santo (Lv 19.2). No tabernáculo celeste, habita a plenitude da divindade. Em terceiro lugar, o tabernáculo revelava a perfeição e a harmonia do caráter do Senhor vistas na sua arquitetura, tais como as gradações em metais e materiais, os graus de santidade exibidos no átrio, o lugar santo e o santo dos santos. Mas tudo isso era apenas “sombra” da perfeição e harmonia do tabernáculo celeste.

II – UM MINISTÉRIO SUPERIOR

No aspecto posicional. O autor mostra através de seus argumentos que Jesus, de fato, deve ser visto como verdadeiro sumo sacerdote-rei. Já foi destacado em lições anteriores que no Antigo Pacto nenhum rei exerceu de forma legítima a função de rei-sacerdote. Dois exemplos bíblicos de reis que tentaram atuar como sacerdotes, mas que foram reprovados são os de Saul e Uzias. Jesus é o único Sumo Sacerdote-Rei que cumpriu as exigências da profecia bíblica do Salmo 110.4. Por ser de uma ordem superior, a ordem de Melquisedeque, Ele não está sujeito às exigências do sistema levítico. E por ser Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque também não está limitado a um tabernáculo terreno. O seu santuário, onde Ele oficiou, é divino, além de maior e melhor em dois outros aspectos.

No aspecto funcional. No Antigo Pacto, os sacerdotes adentravam no tabernáculo para oferecer suas ofertas e sacrifícios muitas vezes, e o sumo sacerdote uma vez no ano (Hb 8.3). Cristo, à semelhança do sistema sacerdotal arônico, também deveria ter oferta para oferecer. Contudo, há duas coisas que diferenciam o sacerdócio de Cristo com o do Antigo Pacto: Ele mesmo se deu em sacrifício (I Co 5.7) e este, ao contrário do sacrifício levítico, não mais se repete, foi efetuado de uma vez por todas. Cristo, portanto, não está mais oferecendo sacrifício no céu de forma repetida como fazia os sacerdotes levitas. Agora, Ele intercede por todos os que o invocam.

No aspecto cultual. O autor escreve a partir da perspectiva de que o culto levítico continuava em pleno funcionamento. Havia ainda nos seus dias sacerdotes que ofereciam sacrifícios e ofertas de acordo com a lei (Hb 8.4). A atividade sacerdotal juntamente com as demais funções exercidas pelos sacerdotes estava estritamente relacionada ao culto. Nesse aspecto, o sacerdócio de Cristo era superior porque sua atividade cultual era em tudo superior, visto se realizar no santuário celestial.

III – UMA PROMESSA SUPERIOR

De natureza interior e espiritual. Debaixo da Antiga Aliança, Deus havia chamado os israelitas para ser o seu povo (Êx 19.5,6). Essa Aliança fora escrita em tábuas de pedras, revelando assim o seu lado exterior. Nesse aspecto, a lei agia de fora para dentro (Hb 8.9). Tendo o povo de Deus falhado em cumprir as exigências legais da Antiga Aliança, Deus prometeu fazer uma Nova. Nessa Nova Aliança, a lei divina não mais seria escrita em tábuas de pedras, mas sim no coração. Não mais do lado de fora, mas do lado de dentro (Hb 8.10).

De natureza individual e universal. A Antiga Aliança é contrastada com a Nova também quanto ao seu alcance. Na Antiga Aliança, nem todos conheciam ao Senhor, o que estava reservado somente ao sacerdote, ao escriba e àqueles que se especializavam em minúcias da Lei. Nos dias de Jesus, era comum encontrar os “mestres da lei” que frequentemente eram consultados sobre os detalhes da Torá. Todavia, na Nova Aliança o Senhor prometeu que “todos me conhecerão” (Hb 8.11). Na Nova Aliança o conhecimento do Senhor está à disposição de todos os crentes e não apenas de uma classe privilegiada.

De natureza relacional. O aspecto relacional é posto em evidência na citação deste versículo: “Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais” (v.12). A Nova Aliança é um concerto de misericórdia, graça e perdão. Certo autor destaca que o antigo sistema separava a religião da vida. O homem podia ser reto cerimonialmente e perverso no coração, ou reto no coração e incorreto cerimonialmente. Na Nova Aliança, em vez de uma “recordação de pecados todos os anos” (Hb 10.3 – ARA), como na Antiga Aliança, Deus não mais se lembra dos pecados de seu povo (Hb 10.17).

CONCLUSÃO

O autor já havia mostrado a superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o arônico e levítico quando o coloca como pertencente à ordem de Melquisedeque. Agora, ele mostra que esse sumo sacerdote possui um ministério superior porque ministra em um santuário superior e é o fiador de uma superior aliança. Por pertencerem a essa Nova Aliança, os crentes desfrutam de promessas superiores. Por isso glorificamos a Deus por essas bênçãos.

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

 

 

 

 

 

 

 

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