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Adultos - CPAD

Salvação – O Amor e a Misericórdia de Deus

Publicado

em

LIÇÃO – 277 – 22 de outubro de 2017

TEXTO ÁUREO

“Vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.” I Pe 2.10

VERDADE PRÁTICA

A partir de seu amor misericordioso, aprouve a Deus enviar seu Filho para morrer em lugar da humanidade.

INTRODUÇÃO

A salvação é obra do imenso amor de Deus e de sua maravilhosa misericórdia. Essa obra só foi possível porque o Pai amou tanto a humanidade a ponto de dar o seu próprio Filho para morrer no lugar dela. Assim, por intermédio de sua misericórdia, Deus concedeu perdão ao pecador, fazendo deste seu filho por adoção, dando-lhe vida em abundância.

I – O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS

Deus é amor. Se é difícil dimensionar o amor da mãe pelos filhos, imagine o amor de Deus, que é mais profundo e incomensurável (Is 49.15)! Nesse sentido, Deus usou o profeta Oseias para demonstrar o verdadeiro amor pelo seu povo, ainda que os israelitas se apresentassem indiferentes a esse amor (Os 11.1-4). Ora, amar reflete a natureza do próprio Deus, pois Ele é amor (I Jo 4.8,16). Sendo o Pai a própria essência do amor, nós, seus filhos, somos apenas dotados por Ele com a capacidade de amar (I Jo 4.19). Assim, a maior demonstração do amor de Deus pelo mundo foi quando Ele entregou vicariamente o seu amado Filho (Rm 5.8; II Co 5.14; Gl 2.20). Logo, o objeto desse amor vai muito além da Criação, pois tem, na humanidade, seu valor monumental (Jo 3.16).

Um amor que não se pode conter. Deus sempre amou o ser humano. A criação do homem e da mulher, por si mesma, é a prova desse amor divino (Gn 1.26,27). Nesse aspecto, o amor de Deus pela humanidade é incondicional, ou seja, não há nada que o ser humano possa fazer para aumentá-lo ou diminuí-lo (II Pe 3.9; I Tm 2.4). Entretanto, há uma tensão entre o amor de Deus e a sua justiça. Como conciliar isso? As Escrituras mostram que o ser humano escolhe abandonar esse ato de amor, de modo que o Altíssimo, respeitando o livro-arbítrio do homem, o entrega à sua própria condição (Rm 1.18-32). Assim, o amor e a justiça de Deus se conciliam.

A certeza do amor de Deus. As relações humanas, infelizmente, implicam trocas, por isso certa dificuldade de compreendermos a gratuidade do amor de Deus. Pensamos que quando o decepcionamos com nossas atitudes e pecados, Ele vira as costas para nós, como fazem as pessoas as quais frustramos com nossas ações. Ora, havendo quebrantamento de coração (Sl 51.17), verdadeiro arrependimento (Pv 28.13) e atitude de retorno sincero, Deus jamais abandona os seus filhos, ainda que estes o tenham ofendido (Lc 15.11-32). Assim, Ele nos convida a experimentar do seu perdão e a desfrutar do seu amor como filhos mui amados. Isso tudo acontece porque o amor do Altíssimo não se baseia no ser humano, objeto de seu amor, mas nEle mesmo (Dt 7.6,7), a fonte inesgotável de amor.

II – UM DEUS MISERICORDIOSO

O que é misericórdia? É a fidelidade de Deus mediante a aliança de amor estabelecida com a humanidade (Sl 89.28), apesar da infidelidade dela. Por conseguinte, a misericórdia do Pai torna-se favor imerecido para com o pecador, que merecia a condenação eterna, a fim de livrá-lo tanto da morte física quanto da espiritual (Lm 3.22). Quão permeadas de misericórdia são as obras de Deus (Sl 145.9)!

O Pai da misericórdia. A Bíblia afirma que Deus é o Pai da misericórdia (II Co 1.3; Êx 34.6; Jn 4.2). Pelo fato de conhecer a estrutura humana, pois Ele mesmo a criou, o Altíssimo exerce a sua misericórdia, demorando a irar-se e não nos tratando segundo as nossas iniquidades (Sl 103.8-12); pois Deus “conhece a nossa estrutura” e “lembra-se de que somos pó” (Sl 103.14). Baseado na expressão dessa misericórdia, o pecador arrependido pode tranquilizar o seu coração e, no lugar de sentir-se perturbado e aflito, descansar no perdão e na reconciliação de Deus (I Jo 2.1).

Jesus Cristo, o Filho de Deus, manifestou na prática de seu ministério a divina misericórdia do Pai. A compaixão demonstrada pelo Filho aos pecadores (Mt 15.32; 20.34; Mc 8.2) e o olhar terno de Jesus diante do sofrimento humano (Lc 7.13; 15.20; Jo 8.10,11) expressam a imagem do Pai da misericórdia (Hb 1.1-3).

Misericórdia com o pecador. De nada adiantaria a misericórdia divina se não fosse o seu impacto sobre a vida cotidiana do pecador. Logo, a misericórdia de Deus pode ser experimentada a cada dia, pois ela nunca acaba (Sl 136.1 – ARA). O Altíssimo é longânimo para com o pecador, dando-lhe sempre novas chances de perdão e libertação do poder do pecado (Rm 6.18). Mediante a misericórdia divina somos libertos dos adversários (Ne 9.27), livres da destruição (Ne 9.31), cercados e coroados cuidadosamente pelo Todo-Poderoso (Sl 23.6; 32.10; 103.4). Assim, apesar da situação dramática do pecador, a misericórdia de Deus pode alcançá-lo milagrosamente.

III – AMOR, BONDADE E COMPAIXÃO NA VIDA DO SALVO

Amor como adoração a Deus. O pecador não alcançado pela graça divina, por natureza, é inimigo de Deus (Rm 5.10), chegando até mesmo a odiá-lo (Lc 19.14). Mas, por intermédio da reconciliação que Cristo operou na cruz, o próprio Deus tomou a iniciativa e capacitou o salvo a amá-lo (I Jo 4.11,19). Por isso, o mandamento bíblico convida o ser humano a amar o Senhor Deus acima de todas as coisas (Dt 6.5; Mc 12.29,30). Isso não é apenas uma lei moral, mas um sentimento de profunda devoção de coração; uma necessidade concedida pelo Altíssimo ao homem para que este desfrute do deleite de sua presença (Dt 30.6). Logo, mediante o amor divino, o salvo em Cristo é levado a demonstrar, em atitudes e palavras, o quanto ele ama a Deus, sabendo que isso só foi possível porque o Pai amou-o primeiro (I Jo 4.19).

Amar ao próximo. “Porque o amor de Cristo nos constrange” (II Co 5.14), escreveu o apóstolo Paulo. Essa é a razão de o crente amar o seu irmão. Esse amor nos constrange a amar o próximo (Mt 5.43-45; Ef 5.2; 1 Jo 4.11) porque Cristo morreu por ele igualmente (Rm 14.15; I Co 8.11) e quando fazemos o bem a quem precisa fazemos ao próprio Senhor (Mt 25.40). De acordo com a parábola do Bom Samaritano, devemos amar o nosso próximo, não a quem escolhemos, mas a quem aparece diante de nós durante a caminhada da vida. Embora as relações sociais estejam precárias no contexto moderno, devemos amar o outro sem esperar algo em troca (Mt 22.39). Assim, evitaremos a frustração, o rancor e a exigência além do que se pode dar. O nosso desafio é simplesmente amar!

Amor como serviço diaconal. Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele ensinou, na prática, um estilo de vida que deveria caracterizar seus discípulos (Jo 13.14), ou seja, o de um servir ao outro. O serviço em favor do próximo, uma vida sacrifical em favor de quem está perto de nós, demonstra, na prática, a grandeza do amor de Deus. Os que estão em nossa volta reconhecem isso (At 2.46,47). “Amar uns aos outros” é a maneira mais eficaz de demonstrar ao mundo que somos seguidores de Jesus (Jo 13.35). A Palavra de Deus nos ensina que expressar afeto de misericórdia é um estado de bem-aventurança que o Pai nos concede, pois igualmente podemos ser objeto dessa mesma misericórdia (Mt 5.7).

CONCLUSÃO

O amor e a misericórdia de Deus extrapolam a compreensão humana, pois ainda que se usem os melhores recursos linguísticos, estes não seriam capazes de descrever quão incomensuráveis são essas virtudes divinas. Nem mesmo o amor de uma mãe pelo seu filho é capaz de sobrepor o amor e a misericórdia de nosso Deus. Por isso, resta-nos expressar esse amor em nossa relação com cada criatura.

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

 

 

 

 

 

 

 

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