Adultos - CPAD
Oração, a busca mais sublime de Moisés
LIÇÃO – 151 – 17 de maio de 2015
TEXTO ÁUREO
“Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos júbilo e nos alegremos todos os nossos dias”. Sl 90.14
VERDADE APLICADA
A unção e o chamado são qualidades indispensáveis a um líder, mas a capacidade de ouvir e aprender são imprescindíveis para o avanço ministerial.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Deuteronômio 9.17-20
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Discorrer sobre o significado da oração;
- Apresentar níveis de intercessão e oração;
- Mostrar as descobertas e os benefícios de estar na presença do Senhor.
INTRODUÇÃO
Temos autoridade para mudar o mundo por meio da oração. Quando Deus disse “dominai, sujeitai” (Gn 1.26-28), Ele estava instituindo o governo do mundo para que a associação com o homem fosse essencial para o cumprimento de Seus propósitos.
I. Entendendo a oração.
Semelhante ao modo como o Senhor descia até Adão para instruí-lo e se dar a conhecer Moisés se destaca como um homem de comunhão e de oração. A oração é a comunicação entre o homem e Deus para que Seu propósito seja conhecido e cumprido na Terra.
O princípio da Oração.
Para entender o princípio da oração, é necessário compreender a mente e o propósito do próprio Criador. Orar é dar a Deus uma permissão legal para interferir nos assuntos terrenais. A quem Deus deu a Terra para governar? Ao homem. E qual é o desejo de Deus? Que Seu Reino baixe até a Terra e influencie todos os seres humanos (Mt 6.10). A oração não é uma opção para a humanidade, mas sim, uma necessidade. Se não oramos. O céu não poderá interferir nos assuntos aqui da Terra. Cada um de nós tem a responsabilidade de tornar-se um canal da influência celestial no mundo em que habitamos. O céu depende de cada um de nós para mover-se, e a Terra também. Se não oramos, o céu não se move e, se não se move, a Terra não alcançará sucesso.
Deus trabalha em conjunto com o homem através da oração.
Deus não fez nada na Terra sem a cooperação de pessoas (Mt 18.18). Toda ação tomada por Deus no reino terreno requereu o envolvimento do ser humano. Para resgatar a humanidade do dilúvio, Ele necessitou de Noé; para criar uma nação. Ele necessitou de Abraão; para livrar Israel do cativeiro, Ele necessitou de Moisés para derrotar Jericó, Ele necessitou de Josué; para a preservação dos hebreus, Ele necessitou de Ester; para a salvação da humanidade, foi necessário Ele se tornar homem.
A oração é um exercício secreto, solitário e paciente.
Não é fácil orar. Não há plateias, é um exercício solitário e sem resposta prévia. Uma tarefa que exige paciência, aplicação, fé e muita dedicação. Qualquer outra atividade na igreja é mais fácil de realizar que a oração. Pelo reduzido número de pessoas que assistem as reuniões de oração, podemos medir qual o percentual de cristãos que realmente creem na efetividade da oração. Duas coisas precisamos aprender sobre a oração: a primeira é que devemos orar de acordo com os princípios estabelecidos em Sua Palavra; a segunda, é que a oração não é só uma atividade, um ritual ou uma obrigação. É uma comunhão e uma comunicação que toca o coração de Deus. É simples! Ele tem os projetos e sabe como dar certo e, nós, como estamos interessados em realiza-lo reunimo-nos com Ele, para que possa nos instruir a fazer segundo o Seu projeto e desenho original.
II. MOISÉS, UM HOMEM DE ORAÇÃO.
Existem pessoas que marcaram tanto que, mesmo após sua partida, eles se fazem tão presentes como quando habitavam entre nós. Gerações passaram, mas ainda são lembradas por seus feitos e virtudes. Moisés pertence a essa galeria e se destaca como um homem capaz de acessar o coração de Deus.
Moisés, intercessor e mediador.
Moisés era o típico sacerdote. Ele consultava a Deus para pedir instruções em como administrar os problemas do povo e como instruí-los. Por outro lado, Deus lhe revela a Sua vontade transmitida em Seus mandamentos, estatutos e juízos. Tomando por base a narrativa descrita em Deuteronômio 9, vemo-lo discorrendo sobre o descontentamento e a ira do Senhor em relação a Israel e Arão. Este foi o caso do bezerro de ouro enquanto Moisés estava em Horebe. Moisés esteve humilhado com o rosto no chão num outro prolongado jejum para que Ele não os destruísse. Ele não ficou apenas orando; ao tomar ciência dos fatos, ele agiu, destruindo o bezerro que eles fizeram. Em seguida, Moisés permaneceu humilhado para mudar a sentença divina até que o SENHOR lhe trouxesse uma resposta. Ele não desistiu do povo e Deus ouviu sua oração.
Moisés e a vontade soberana de Deus.
Conhecer a vontade soberana de Deus é uma preciosa chave para uma oração eficaz. Não se pode buscar a Deus e orar desrespeitando a soberania divina. Moisés orava a Deus sabendo esse importante princípio. Quando ele orou e disse: “risca-me, peço-te do livro que escreveste”, embora fosse ousado, o SENHOR não o ouviu (Dt 32.33). Muitas orações são ignoradas, porque elas são simplesmente absurdas. Não basta apenas falar: “Senhor, seja feito conforme a Tua vontade”, é necessário conhecer essa vontade e a Bíblia traça tanto o alcance quanto o limite de uma petição.
Moisés: sua devoção e ação.
Orar é falar com Deus, mas não significa passividade. A oração pode ser definida como um discurso seguido de ação. Observamos que Moisés não somente orou para que a transgressão de Israel fosse perdoada, ele imediatamente procurou eliminar o produto de suas transgressões. Ele desceu do monte já sabendo o que causava tão grande tristeza no coração de Deus. É isso que a intimidade com o Senhor produz. Quando oramos a Deus e o Espírito Santo nos revela algo a fazer, devemos rapidamente corrigir esse ponto negativo, retirando-o de nossas vidas. As vezes, é alguma forma idólatra que ainda age em nosso coração. Em outros casos, pode ser uma liberação do perdão ou a reparação alheia de algum dano.
III. MOISÉS E A PRESENÇA DE DEUS.
A vida de Moisés já começou de forma sobrenatural quando foi salvo e cuidado milagrosamente. Moisés cresceu entre os sábios, mas aquele dia na sarça ardente lhe mostrou com quem estava a verdadeira ciência. Desde então, seu anelo por Deus se tornou o seu prazer. Para Ele, a presença de Deus era como sua respiração.
Um abismo chama outro abismo.
O Senhor aparecia com frequência a Moisés para dar-lhe instruções e direção para prosseguir. A cada dia, ele foi se tornando mais íntimo e mais acessível à presença do Senhor, mas isso não preenchia seu coração e ele ousou querer mais de Deus. Ao chegar a Horebe, seu pedido foi: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êx 33.18). Moisés revela a Deus a expressão de uma necessidade que simplesmente tinha que ser preenchida. Jamais observaremos na história de Moisés ele pedir algo material. Jamais! E a resposta de Deus foi tremenda. “…Homem nenhum verá a minha face, e viverá (Êx 33.20). O que Moisés pediu era grande demais. Mesmo assim, o Senhor o protegeu para que não fosse consumido por Sua glória e lhe prometeu realizar terríveis maravilhas no meio de Seu povo (Êx 34.10). Porém, ao descer do monte, Moisés estava impregnado pela glória do Senhor (Êx 34.29-30).
Sem tua presença não iremos.
O bezerro de ouro trouxe graves consequências ao povo israelita. Deus se recusou caminhar com o povo, mas, por misericórdia designou um anjo para acompanha-los. Moisés vai até o Senhor e lhe faz uma súplica com um ousado pedido (Êx 33.15). Moisés estava convencido de que, sem a presença de Deus em sua vida, ser-lhe-ia inútil se empenhar por qualquer coisa. Moisés não queria um anjo e aproveitou seu acesso a Deus para reivindicar Sua presença. E o Senhor assim respondeu à sua ousada declaração: “…A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (Êx 33.14). Que promessa incrível! Em hebraico, a palavra descanso significa: “um repouso confortável, tranquilo”. Deus estava dizendo: “Não importa que tipo de inimigos ou das lutas que tenha de enfrentar, você sempre poderá encontrar descanso tranquilo em mim!”
Entrando na presença.
Embora a Bíblia descreva Abraão como o amigo de Deus, Moisés é apresentado como o único homem a quem o Senhor falou cara a cara. Maior que as vitórias, milagres ou até mesmo maravilhas acontecidas na vida de Moisés, está a sua estreita relação de amizade para com Deus. Essa relação foi a mola propulsora de tudo o que realizou. Moisés se manteve amigo e mesmo o fato de não ter entrado na Terra Prometida o tornou indigno ou maculou sua amizade com o Criador. Muitas coisas lhe foram reveladas através de seu contato direto. O tabernáculo de Êxodo 25 é uma prova de que Deus pode nos dar a planta de toda obra que devemos realizar e ainda os auxiliadores que irão construir ao nosso lado. A presença de Deus é a única segurança que temos para seguir adiante sem falhar.
CONCLUSÃO
Moisés não somente desfrutou daquilo que Deus disse, mas também daquilo que Deus é. Começar o dia de joelhos é ter certeza de encontrar a paz necessária para prosseguir juntamente com a direção do que realizar. Moisés não dava um passo sem antes consultar o Senhor, lição que deveríamos colocar em prática em nossos dias.
Postado por: Pb. Ademilson Braga