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Adultos - CPAD

Fidelidade no ministério

Publicado

em

LIÇÃO – 139  –  22 de fevereiro de 2015

TEXTO ÁUREO

“Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância”. (Tt 1.7).

VERDADE APLICADA

A principal virtude no ministério do obreiro é a fidelidade.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Tt 1.6-9

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1.   Apresentar a fidelidade como característica primária do ministério cristão;

2.   Compreender como se processa a fidelidade à Igreja e à família;

3.   Analisar as principais credenciais exigidas no ingresso ao ministério.

INTRODUÇÃO

Ao estudarmos as cartas pastorais, observamos que o ministério da casa de Deus precisa de homens que sejam chamados, talentosos e cheios do Espírito Santo. Além disso, aprendemos com a leitura da carta que Paulo escreve a Tito que todo líder, cuja característica principal é a fidelidade, deve pautar-se por uma vida ética e equilibrada.

I. AS EXIGÊNCIAS DO MINISTÉRIO.

Aquele que deseja e tem vocação ministerial deve compreender que há várias exigências para o ingresso e permanência no ministério. As principais condições são: fidelidade à família, fidelidade à Igreja e fidelidade à sua vocação.

Fidelidade a família

A fidelidade e o cuidado com a família estão no centro da preocupação de Paulo. O apóstolo adverte os obreiros a cuidarem de sua própria família. Chega, inclusive, a afirmar que se alguém não cuida dos seus e, principalmente, dos da sua família, este negou a fé e é pior que os incrédulos (I Tm 5,8). De acordo com Donald Guthrie, o lar é considerado o local onde se faz o treinamento dos líderes cristãos. A vida e os serviços cristãos devem começar na família. Sendo assim, os obreiros devem ser irrepreensíveis em sua vida e no seu casamento, de modo a amar sua esposa e a trata-la com carinho e respeito. Paulo diz que a conduta dos filhos é de responsabilidade dos pais (Tt 1.6). John Stott defende seriamente o pensamento de que os pais são os responsáveis pela crença e pelo comportamento de seus filhos (Pv 22.6). Vale ressaltar que, infelizmente, para os pais cristãos cujos filhos se desviam na fé ou dos princípios morais, a dor é bem mais intensa.

Fidelidade a Igreja

A Igreja é o corpo espiritual de Cristo e que também tem sua perspectiva institucional, que funciona através da vivência comunitária. Somos todos membros do mesmo corpo, buscamos a unidade e vivemos a mesma esperança cristã (I Co 12.26,27). De modo que desejamos o aperfeiçoamento dos santos para Deus, devemos responder com fidelidade à Igreja. Essa fidelidade envolve várias dimensões: fidelidade à liderança, fidelidade nas relações institucionais, fidelidade nas contribuições (dízimos e ofertas), fidelidade na participação da vida diária da Igreja, conforme Paulo escreve aos Coríntios: “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (I Co 4.2).

Fidelidade a vocação ministerial

O ministro deve atender fielmente às recomendações bíblicas (Tt 1.5-9).Ele deve estar consciente de que sua vocação ministerial, quanto à sua função, responsabilidade, atuação na sociedade e relacionamentos com sua liderança e liderados, deve ser pautada pela fidelidade. É necessário que cada obreiro seja transparente e sincero tanto no ministério da igreja local quanto em sua vida particular, ou seja, seu lar. Essa fidelidade inclui compromisso com reuniões ministeriais, pontualidade, assiduidade nos cultos e programações da igreja.

II. AS CREDENCIAIS PARA O MINISTÉRIO

A Bíblia apresenta muitas exigências para aqueles que estão ingressando ou já desenvolvem seu ministério. Dentre muitas credenciais requeridas ao obreiro, destaca-se a necessidade de uma vida ética, piedosa e equilibrada.

Ético

Entende-se por ética cristã um conjunto de normas e regras fundamentadas na Palavra de Deus que norteiam a vida do cristão. Nessa perspectiva, Paulo recomenda que os presbíteros precisam ser irrepreensíveis em seu caráter e em sua conduta (Tt 1.7, 8). Desse modo, cada obreiro deve apresentar uma clara evidência, pelo seu comportamento ético, de ter sido regenerado pelo Espírito Santo e de que seu novo nascimento o tenha levado a uma nova vida (II Co 5.17). Com isso o apóstolo nos ensina que a vida do líder é a vida da sua liderança, isto é, que cada ministro deve buscar ter uma vida de relacionamento ético com Deus, consigo mesmo e com seu ministério. Entende-se ainda que essa ética deve estar presente nas relações com seus pastores e amigos de ministério.

Piedoso

Assim como na primeira carta a Timóteo, a piedade é um conceito relevante na carta de Tito (Tt 1.1). NA VISÃO DE Warrem Wiersbe, a verdade do Evangelho transforma uma vida de impiedade em uma vida de santidade (Tt 2.12). Infelizmente, muitos dos que frequentavam a igreja de Creta, assim como alguns membros das congregações de hoje, professavam ser salvos, mas levavam uma vida que negava essa profissão de fé. O obreiro piedoso sempre busca pureza e santidade na vida (I Pe 1.16). O homem piedoso reverencia a decência fundamental da vida e conserva o temor ao Senhor. É importantíssimo lembrar que Deus se agrada de homens piedosos, como disse E. M. Bounds: “Deus não unge plano, não unge métodos, Ele unge homens”.

Equilibrado

O apóstolo adverte Tito quanto ao orgulho, temperamento, bebida, violência e dinheiro (Tt 1.8). Com isso, o apóstolo indica a necessidade de uma vida ministerial equilibrada (II Tm 1.7; 4.5). Segundo Hernandes Dias Lopes, é válido compreender que ninguém está apto para liderar os outros se não tiver domínio de si mesmo. Aquele que domina a si mesmo é mais forte do que aquele que domina uma cidade (Pv 16.32; 25.28). O autocontrole da vida do obreiro é essencial, pois faz parte da lista de virtudes cristãs e é uma das dimensões do fruto do Espírito (Gl 5.22). É certo que aqueles que não têm domínio próprio, que se desequilibram facilmente, acabam perdendo o respeito da família, da Igreja e da sociedade.

III. COMPROMISSO NO EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO

Quem é obreiro e participa ativamente no ministério cristão sabe que há muitos quesitos a serem considerados quanto ao seu desenvolvimento. O conhecimento das Escrituras é um dos principais requisitos, pois é essencial conhecer, amar e ensinar a Palavra de Deus.

Conhecer a Palavra de Deus

Desde o jardim do Éden até os nossos dias, um dos focos do Diabo para provocar o homem a cair em tentação é suscitar dúvidas acerca da Palavra de Deus (Mt 4.1-10). Então, é mais do que necessário que conheçamos a Palavra (Mt 4.4; Sl 119.105). Jesus, ao se dirigir aos saduceus, afirma que o erro surge em função do fato de não conhecermos as Escrituras (Mt 22.29; Os 4.6). Em outro momento, Cristo nos diz que, ao conhecermos a Palavra, seguramente ela nos libertará (Jo 8.32).

Amar a Palavra de Deus

Amar a Palavra de Deus está explicito em toda a Bíblia. O livro de Salmos expressa bem essa verdade (Sl 1.1, 2). Davi declara: “Como amo a tua lei! Penso nela o dia todo” (Sl 119.97). É importante observarmos que todo o Salmo 119 nos convida a amá-la, estuda-la, compreendê-la e praticá-la. É evidente que muitos conhecem a Palavra de Deus, mas não a praticam. Possuem apenas um conhecimento teórico e especulativo. São apenas ouvintes, mas não praticam diariamente a Palavra do Senhor (Tg 1.22). Além de ser homem íntegro na sua relação com a igreja, o obreiro deve ter intimidade e conhecimento das Escrituras (Tt 1.9). Deve ser um obreiro aprovado e que maneja bem a Palavra da verdade (II Tm 2.15). Vivemos em uma época que as pessoas, inclusive os cristãos (no caso, os evangélicos) desprezam a Palavra. Salomão declara que quem despreza a Palavra nunca prosperará (Pv 13.13). A Igreja sem o propósito de buscar maturidade na Palavra fica extremamente vulnerável e volúvel (Hb 5.11, 12). Muitos líderes e igrejas, deixando-se seduzir pela tentação dos números, se tornam superficiais quanto ao ensino da Palavra de Deus. Há uma verdade que nós, cristãos, servos do Deus Altíssimo, não podemos deixar de observar: obreiros fracos na Palavra geram membros fracos em conhecimento, igrejas fracas em ensino, suscetíveis às seitas e heresias (II Tm 4.2-5), sujeitas à rebelião e à contemplação do completo esvaziamento em seus cultos.

Ensinar a Palavra de Deus

Nas palavras de Paulo, os presbíteros (ou bispos) são chamados essencialmente, para um ministério de mestre, que necessita tanto do dom de ensino como de ser leal à mensagem que ensina (Tt 1.9). Em 1 Timóteo 1.15; 4.9; e Tito 3.8, é declarado que a Palavra é fiel e os que ensinam e pregam a Palavra também devem ser fiéis. O obreiro deve demonstrar capacidade para o ensino, deve exortar com poder, se ocupar do conhecimento da verdade para aplicar corretamente a s Escrituras.

CONCLUSÃO

Nessa lição, tivemos a oportunidade de aprender a respeito da nossa fidelidade ao ministério. Ministério esse que implica em sermos fieis a Deus, a família, à nossa chamada e vocação ministerial. Que Deus nos capacite a cumprir com fé e total dedicação o nosso chamado ministerial.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

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